Vida da Condessa D'Edla, mulher de D. Fernando II, revelada em livro
Hoje pelas 19h no Teatro Nacional de S. Carlos é lançado o livro de Teresa Rebelo, Condessa D'Edla - A cantora de ópera quasi Rainha de Portugal e Espanha, com apresentação do musicologo Rui Vieira Nery.
A obra, de autoria de Teresa Rebelo, traça a vida de Elise desde o seu nascimento em La-Chaux-de-Fonds, na cordilheira suíça do Jura, até à sua morte em Lisboa, em 1929.
"A condessa foi um mulher injustiçada pela sociedade portuguesa da sua época e foi injustamente esquecido o seu papel ao lado do rei", explicou a autora à agência Lusa, acrescentando ser "inexplicável a forma um pouco depreciativa como ainda hoje se fala da condessa nos círculos monárquicos" e lembrando que Elise Hensler "desempenhou um papel importante no movimento oitocentista do romantismo português".
Segundo a autora, Elise Hensler que foi cantora de ópera "era uma mulher ambiciosa, mas amou verdadeiramente e foi dedicada a D.Fernando II", quando o rei já era viúvo da rainha D.Maria II, tendo desempenhado "um papel de peso quando, na década de 1860, se discutiu a União Ibérica".
O título "Condessa d'Edla - A cantora de ópera quasi Rainha de Portugal e de Espanha (1836-1929)" resulta de cerca de três anos de investigação de Teresa Rebelo por vários arquivos, particulares e públicos, em Portugal e nos Estados Unidos.
Em declarações à Lusa, Teresa Rebelo afirmou que "apaixonou- se" pela figura da condessa quando o seu pai lhe ofereceu uma pasta com vários manuscritos, cartas e pedaços de papel soltos "que eram na realidade pedaços de memória".
Daí partiu para a investigação e reconhece que o livro, hoje apresentado num teatro onde Elise chegou a actuar, "procura de certa forma fazer justiça a uma mulher, reabilitando a sua memória e o papel importante que teve ao lado do rei português com quem esteve casada durante 25 anos".
Fonte: Lusa
1 comentário:
Os monárquicos ficarão em alvoroço, a condessa ainda hoje não agrada a ninguém, ou antes mostra-se inconviniente. Foi um dos alvos das críticas dos republicamos à condessa e da sua condição de cantora lírica menor que não agardava em nada a a alguns súbditos, não lhe cabe responsabilidade na queda da Monarquia em Portugal.
Pode ser que esta biografia - em boa hora editada e aí está a importância das "pequenas" empresas editoras - não só reabilite a figuira da condessa como a traga á luz do dia, até parece que ela não existiu.
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