Casa da Imprensa - 100 anos de história

A Casa da Imprensa vai apresentar publicamente, hoje, pelas 18 horas, no Salão Nobre da sua sede, o livro "Casa da Imprensa - 100 anos de história", da autoria dos jornalistas Mário Branco e Afonso Serra.

A apresentação será feita pelo padre Vítor Melícias.

O livro, editado em conjunto pela Casa da Imprensa e pela editora Campo das Letras para assinalar o primeiro centenário da associação mutualista, regista os momentos mais significativos da história da instituição, que se confunde, em numerosas ocasiões, com a história do jornalismo português.

Esta edição, que assinala o centenário da Casa da Imprensa, representa a nossa homenagem aos que fundaram e aos que, ao longo de gerações de jornalistas, souberam garantir esta obra de solidariedade que é exemplo de mutualismo moderno.

Aos autores queremos deixar uma palavra de agradecimento por mais este acto de amor à sua Casa de sempre.

Afonso Serra, que, com o Dr. Boavida Portugal, é o único sobrevivente de um grupo de notáveis que, há cinquenta anos, ergueram o nosso edifício-sede, escreveu parte deste livro.

Provou, com os seus noventa anos, que o seu entusiasmo de sempre não tem idade.

Mário Branco, a quem muito se deve na revitalização da Casa da Imprensa nas últimas décadas, é o co-autor da obra que muito nos honra e orgulha.

A história de instituições como a nossa merece ser recordada aos jovens jornalistas para que não se esqueçam desta obra exemplar e para que, num futuro próximo, a possam continuar com o mesmo vigor, a mesma dedicação dos que hoje estão à frente dos seus destinos, garantindo, assim, o futuro.
(Fialho de Oliveira, 23 de Dezembro de 2005)

Mário Branco escreve, no prefácio, que «o discurso do Centenário da Casa da Imprensa é, antes de mais, o da luta da memória colectiva contra o esquecimento, a indiferença e a ignorância», mas «também é, como não podia deixar de ser, o da celebração, quase mística, de um legado espiritual e dos seus testemunhos culturais, sociais e materiais».

Legado e testemunhos que o livro agora publicado materializou e que o tornam uma obra incontornável para o estudo da evolução do mutualismo e do jornalismo em Portugal.