Colégio Militar comemora 204 anos
Uma exposição fotográfica que expõe a história e o dia-a-dia de um dos colégios com maior prestígio no sistema educativo português, com participação de alunos numa demonstração gímnica que terá lugar no dia 24 de Fevereiro pelas 12h, na Praça Central do Centro Colombo.
Com início a 23 de Fevereiro, o Centro Colombo recebe na sua Praça Central (piso 0) uma exposição de fotografia comemorativa dos 204 anos de existência do Colégio Militar, bem como demonstrações gímnicas dos próprios alunos.
Numa retrospectiva dos seus dois séculos de vida, a exposição apresenta também fotografias do dia-a-dia do Colégio, bem como manequins e vitrinas exibindo materiais e fardas dos alunos que frequentam a instituição, fundada no dia 3 de Março de 1803 por iniciativa do Marechal António Teixeira Rebelo.
Com a presença de antigos e actuais alunos do Colégio Militar, a exibição das actividades gímnicas decorre no sábado, dia 24, pelas 12h.
Esta demonstração contempla diversas actuações, entre as quais, uma demonstração de Esgrima, uma apresentação Militar, a actuação do Orfeão Colegial, da Classe Especial de Mesa Alemã e da Classe de Ginástica de Iniciação.
A Exposição Fotográfica estará patente a partir do dia 23 de Fevereiro, podendo ser visitada até dia 28 de Fevereiro, num espaço dedicado à história e vida do Colégio Militar, constituindo desta forma uma homenagem à instituição distinguida pelos altos serviços prestados à Nação através da atribuição do Estandarte Nacional, em 1888, e de inúmeras e valiosas condecorações nacionais e estrangeiras.
Criado há mais de dois séculos, numa conturbada época da vida nacional, o Colégio Militar surgiu não por força de qualquer decreto friamente concebido numa secretaria, mas por iniciativa de um homem cuja vida constitui aliciante exemplo de dádiva total ao serviço da Pátria, desde o dia em que, com 14 anos incompletos, sai da sua aldeia transmontana para se alistar voluntariamente nas fileiras do Exército: o Marechal António Teixeira Rebelo ( 1750 - 1825 ).
Evocá-lo é trazer à lembrança o perfil moral de uma grande figura de soldado e educador.
Filho de modestos lavradores, nasceu em 17 de Dezembro de 1750, em Cumieira, humilde aldeia transmontana.
Deu-lhe ensejo para isso o ser nomeado em 1802, comandante do Regimento de Artilharia da Corte, unidade militar aquartelada no Forte da Feitoria, a par de S. Julião da Barra. Era então coronel.
Preocupado com a ocupação e educação das crianças e jovens familiares da sua guarnição e de civis da região, cria, na Feitoria anexa, uma escola cujos agentes de ensino seriam os próprios militares do seu Regimento.
Nasce assim, o Colégio da Feitoria em data que se consagrou ser o dia 3 de Março de 1803.
Os primeiros alunos ali educados distinguem-se pelos seus conhecimentos militares, pelo seu comportamento e bravura nas campanhas contra as tropas invasoras de Napoleão.
Desde o seu nascimento o Colégio esteve instalado em diversos locais ao longo de toda a sua vida. Inicialmente, foi seu berço a Feitoria, de 1803 a 1813.
Desde o seu nascimento o Colégio esteve instalado em diversos locais ao longo de toda a sua vida. Inicialmente, foi seu berço a Feitoria, de 1803 a 1813.
Por portaria de 1814 o Colégio é transferido para o edifício do Hospital de Nossa Senhora dos Prazeres, na Luz, com a designação de Real Colégio Militar, onde permanece até 1835.
Depois passa para a extinta Congregação dos Missionários, denominada de Rilhafóles (o efectivo havia sofrido um aumento substancial, nesta altura), onde esteve de 1835 a 1848. Em 1848 é transferido para Mafra onde fica até 1859.
Novamente na Luz até 1870, volta a Mafra até 1873, ano em que regressa para a Luz, onde se tem mantido até aos nossos dias.
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