sábado, 24 de fevereiro de 2007

ONP toca " Pedro e o Lobo" de Prokofiev

ONP
Mark Stephenson direcção musical
21h00 Sala Suggia 15 €


Programa

I
Nuno Malo Suite de The Celestine Prophecy
Bernard Herrmann Suites de The Man Who Knew Too Much, Psycho e Marnie

II
Sergei Prokofiev Pedro e o Lobo
Com projecção do filme de Suzie Templeton

Os instrumentos da ONP assumem uma vida nova nos dois concertos a 24 de Fevereiro, em que a orquestra residente da Casa da Música interpreta a obra “Pedro e o Lobo”, de Sergei Prokofiev, e assegura o acompanhamento sonoro do filme, com o mesmo nome, de Suzy Templeton que é projectado, em estreia ibérica, na tela da Sala Suggia.

Dando voz às personagens do filme, a flauta da ONP faz de pássaro, o oboé e o seu som nasalado de pato, o clarinete com a sua melodia astuta é o gato, o fagote com a sua voz grave é o avô, as ferozes trompas o lobo, e os caçadores são representados pelas madeiras, ficando o naipe das cordas com a honra de apresentar o herói, Pedro.
“Pedro e o Lobo” é um conto musical escrito por Sergei Prokofiev (1891-1953) que se destinava a ser apresentado em projectos educativos, com o objectivo de dar conhecer às crianças os instrumentos que compõem uma orquestra.
Na sua primeira versão, preparada para ser contada sem imagens, um narrador apresentava os instrumentos e atribuía-lhes personagens, fazendo uma pequena introdução da história.
Realizado por Suzie Templeton, e com estreia ibérica neste dia, o filme “Pedro e o Lobo” foi apresentado pela primeira vez no final do ano passado, no Royal Albert Hall, em Londres, num concerto pela Philharmonia Orchestra, sob direcção de Mark Stephenson.

Bandas sonoras de filmes de Hitchcock

Às 18h00 a obra de Prokofiev e o filme de Suzie Templeton são apresentados enquanto concerto para toda a família, beneficiando os jovens com menos de 18 anos de um desconto de 50 por cento sobre o preço do bilhete.
As duas obras regressam pelas 21h00, no âmbito da 27ª edição do Fantasporto, integradas num programa mais alargado que acolhe, na primeira parte, criações de Nuno Malo e de Bernard Herrmann, considerado o maior compositor de bandas sonoras para cinema.
Criadas por Bernard Herrmann, as bandas sonoras dos filmes de Alfred Hitchcock “The Man Who Knew Too Much” (“O Homem que sabia demais”), “Psycho” e “Marnie” vão estar em evidência na primeira parte deste concerto da ONP.
A partitura da banda sonora de “Psycho” (estreado em 1960 e considerado um dos melhores filmes do realizador) foi eleita em 2005, pelo American Film Institute, como a quarta melhor banda sonora do cinema americano.
Em 12º lugar ficou a banda sonora de “Vertigo” (Hitchcock) também da autoria de Herrmann.
O som e o ambiente psicótico, típico dos filmes de Alfred Hitchcock, contrastam com a partitura de Nuno Malo para “The Celestine Prophecy” (“A Profecia Celestina”) que a ONP executa na primeira parte do concerto.
Oriundo de uma família russa judaica, Bernard Herrmann desde muito cedo revelou um grande talento que foi fomentado pelos pais.
Com apenas 13 anos, ganhou o seu primeiro prémio de composição e aos 20 formou a New Chamber Orchestra de Nova Iorque.
Três anos mais tarde juntou-se à CBS e, pouco depois, assumia a direcção da sua orquestra.

Natural da Madeira, onde nasceu em 1977, Nuno Malo fez os seus estudos superiores em Londres, vindo a formar-se em instrumentação e composição para filmes e televisão na Universidade de Southern Califórnia.
Em 2006 foi escolhido, através de audições, para compor a banda sonora para “The Celestine Prophecy”.

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