sábado, 24 de fevereiro de 2007




Dorita de Castel’Branco na Galeria de Arte do Casino Estoril



Foi inaugurada no passado dia 14 de Fevereiro às 21 horas, na Galeria de Arte do Casino Estoril, uma exposição da escultora Dorita de Castel’Branco.


Nesta exposição, a primeira que se realiza depois da sua morte, em Setembro de 1996, são apresentados trabalhos bem representativos da sua inconfundível e qualificada obra, de escultura, pintura, medalhística e desenho, muitos dos quais executados no ano do seu falecimento.

A obra desta artista é de uma dimensão inimaginável.


Realizou 25 exposições individuais e participou em mais de uma centena de colectivas.


A sua obra pública, na área da escultura e tapeçaria, está espalhada por todo o País, sobretudo em Lisboa, sendo por exemplo de sua autoria o conjunto escultórico dedicado aos Emigrantes, no largo fronteiro à estação de Santa Apolónia e a escultura em granito “Homem e Mulher Símbolos do Amor”, na Avenida das Descobertas no Restelo. Também no Brasil (em Brasília e Rio de Janeiro) e na Venezuela (Caracas) se encontram esculturas de sua autoria. Em Macau construiu um grande monumento na ilha de Taipa, inaugurado em 1981.
Foi titular de numerosos prémios, de entre os quais realçamos o 1º Prémio da II Bienal Internacional del Deport, em Barcelona (1969) e também o 1º Prémio EDINFOR de Escultura, na Galeria de Arte do Casino Estoril em 1993. Executou bustos e retratos de mais de quatro dezenas de figuras públicas e foi autora de cerca de uma centena de medalhas e troféus.
Escolheu para a escultura e o desenho, uma linguagem muito pessoal de formas rectilíneas e geométricas, utilizando no seu trabalho escultórico a pedra, embora também o ferro, o bronze e outros materiais.
Mulher aparentemente frágil, mas com uma vontade férrea, vencia todas as dificuldades com a mesma decisão e força com que removia as pesadas estruturas de madeira do seu atelier nos Coruchéus e até os blocos de mármore das suas esculturas, no seu atelier dos Coruchéus.
Além do seu trabalho artístico, Dorita de Castel’Branco foi durante 34 anos professora, inicialmente nos liceus D. Leonor, D. João de Castro e Maria Amália Vaz de Carvalho e depois nas Escolas Secundárias Patrício Prazeres e António Arroio, contando-se por muitas centenas, os jovens que pelas suas mãos entraram no mundo das Artes, justificando-se, por isso, que esta exposição seja dedicada aos seus antigos alunos e, também, aos seus muitos amigos.



Esta exposição foi inaugurada no dia 14 de Fevereiro, (quarta-feira), às 21 horas e ficará patente ao público todos os dias, até 07 do próximo mês de Março, entre as 15h e 24 h.

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