terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Orquestra Metropolitana de Lisboa no Casino Estoril

Em concerto agendado para o próximo Sábado, a Orquestra Metropolitana de Lisboa regressa ao Salão Preto e Prata, pelas 17 horas, para redescobrir algumas das melhores obras de Weber, Elgar e Schubert. São três compositores, cujas peças asseguram um final de tarde muito especial no Casino Estoril.




Dirigida pela maestrina Romely Pfund, a Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta:

  • “Abertura de Oberon” (Weber)

  • “Concerto para Violoncelo em Mi menor, op.85” (Elgar)

  • “Sinfonia nº 4 em Dó menor, D. 417, Trágica” (Schubert)

Recorde-se que, Romely Pfund, de nacionalidade alemã, é a maestrina titular da Orquestra Sinfónica de Solingen e Remscheid, aliás, a única orquestra sinfónica alemã dirigida por uma mulher.

O programa inicia-se com a “Abertura de Oberon”, a última ópera do pioneiro do drama musical alemão, Carl Maria von Weber.

Como se fosse o primeiro andamento de uma sinfonia – uma forma sonata com uma introdução lenta – é nela evocado o exotismo do libreto, num delicado compromisso entre música absoluta e expressão dramática.



A actuação de Natália Gutman, é aguardada, também, com expectativa, nomeadamente no concerto para violoncelo em Mi menor, de Edward Elgar, uma das derradeiras obras deste compositor.

Considerado o maior pianista do século XX, Sviatoslav Richter definiu a prestigiada violoncelista russa como “a encarnação da verdade na música”. Por entre os muitos concertos assinalados na sua agenda de 2007, que a conduzirão a vários países europeus, Natália Gutman regressa, este fim-de-semana, a Portugal para se apresentar, pela primeira vez, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.



A concluir o programa, a OML interpreta a quarta sinfonia de Franz Schubert, baptizada como Trágica pelo próprio compositor, depois de terminada a obra. Apesar disso, o sentimento que nela predomina não é o de tragédia. As afectações emocionais predominantes referenciam-se, mormente, no extremo lirismo do segundo andamento e no clima agitado do seu final.


O grande mestre da melodia e dos movimentos harmónicos revela-nos nesta obra a influência que o modelo sinfónico instituído por Haydn e Mozart teve nas suas primeiras sinfonias. Também aqui permanecem a forma e as dimensões do modelo clássico. Porém, regista-se um carácter emocional intenso que vai ao encontro das propostas mais ousadas dos outros dois compositores da cidade de Viena.

A Orquestra Metropolitana de Lisboa actua no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, no próximo Sábado, dia 3 de Fevereiro, pelas 17 horas. Os ingressos para os concertos deste ciclo dedicado à música clássica serão de 15 euros por pessoa.

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