Fotojornalismo no C.A.E.da Figueira
Uma região, três olhares, dezasseis fotos
Nada de equívocos: não se trata de um resumo da região Centro (falta-lhe o interior, para começar, as beiras Alta e Baixa), não é um portfólio, não é um panfleto.
São, simplesmente, fotografias de dezasseis reportagens de jornalistas da Agência Lusa tiradas com o exclusivo propósito de noticiar, de mostrar ao maior número possível de pessoas coisas relevantes que em determinado momento ocorreram, para o bem e para o mal.
Boas fotos, em todo o caso. A sua selecção ajuda a compor o imaginário de uma região singular, de uma rede de cidades e de lugares com um peso muito forte na identidade nacional.
As fotos de Paulo Novais, Sérgio Azenha e Paulo Cunha dão-nos uma imagem da região Centro muito curiosa, um território atravessado por festas universitárias, campeonatos da Europa e do Mundo de futebol e de ginástica, inundações, fogos, crimes e desastres.
Vêem-se dois chefes de Estado com capas de estudante sobre os ombros, famílias que fugiram da pobreza brasileira para o “El Dorado” da zona do Pinhal (valha-nos Deus…), a fé tremenda do Santuário de Fátima e a entrada na última morada de Lúcia, a vidente.
Bem perto, numa penitenciária, os reclusos precipitam-se no canto barroco e nos mistérios do amor com D. Giovanni (D. Juan), o sedutor.
E há, enfim, a beleza inexplicável da Serra da Boa Viagem entrando em cunha pelo Atlântico dentro, tocada naquele domingo improvável de Janeiro pela unção de um manto de neve.
São instantes únicos captados para noticiar, para reportar, para fornecer aos órgãos de comunicação do país inteiro e de mais uns quantos que se editam fora de Portugal.
A foto, escreveu um jornalista da Lusa, “é um instante verdadeiro, um relâmpago sobre a verdade – e o que ela nos traz não é um discurso, é uma emoção”.
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