sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Festival Rota dos Monumentos nas Ruinas do Carmo

O próximo evento integrado no Festival Rota dos Monumentos realiza-se dias 4 e 5 de Agosto, pelas 22.00h nas Ruínas do Convento do Carmo.

Subordinados ao tema "Fado e Guitarra" estes dois concertos contam, entre outros, com a participação do fadista Camané, do guitarrista Ricardo Rocha e ainda dos bailarinos Patrícia Henriques e Gustavo Oliveira que interpretam duas coreografias de Vasco Wellenkamp.

Nestes dois espectáculos o Festival Rota dos Monumentos homenageia a guitarra portuguesa (com repertório próprio) e o fado(com a participação de Camané).

No final será feita uma homenagem a Amália Rodrigues, através de "Barco Negro" e "Prece", duas coreografias de Vasco Wellenkamp,interpretadas por Patrícia Henriques e Gustavo Oliveira.

Ricardo Rocha nasceu em Lisboa em 1974 e é neto do guitarrista Fontes Rocha. Desde jovem que iniciou os seus estudos de guitarra e piano. Apesar do seu interesse pelo Fado, compôs primeiramente obras para cravo,guitarra , violino e viola e, só mais tarde começou a compor as suas próprias obras e duetos com João Paulo Esteves da Silva.

O guitarrista revela como principais influências as de Glenn Gould, Steve Reich, Schonberg, Keith Jarrett e muito em especial Bach.

“Voluptuária”é o seu primeiro trabalho discográfico a solo,lançado em Maio de 2003. Em Setembro deste ano foi convidado a apresentá-lo no New Jersey Performing Arts Center.

Em 2004 recebeu o Prémio Carlos Paredes por “Voluptuária”e o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte para jovens compositores.

Para o início de 2000 estava reservado um novo passo na carreira de Camané: a edição em simultâneo na Bélgica, Holanda e Portugal do terceiro trabalho discográfico de Camané - "Esta Coisa da Alma". Produzido uma vez mais por José Mário Branco, "Esta Coisa da Alma" contou com a participação de um trio de músicos de luxo: José Manuel Neto na guitarra portuguesa; Carlos Manuel Proença na viola; e o contrabaixista Carlos Bica.

A edição deste trabalho na Holanda e na Bélgica foi acompanhada por uma tournée por algumas das mais importantes salas destes países, destacando-se duas noites esgotadas no Concertgebouw de Amesterdão ou ainda a participação no Festival de Brugges, seguindo-se concertos em Espanha, Suíça, Alemanha e França. Em Portugal, "Esta Coisa da Alma" foi apresentado em diversas localidades do país sendo um dos pontos mais altos o espectáculo realizado em Outubro, no Centro Cultural de Belém.

Em Novembro foi lançado o seu 4º CD "Pelo Dia Dentro", uma vez mais com produção de José Mário Branco e com a participação dos músicos José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola) e Carlos Bica (contrabaixo) que alcançou apenas três semanas depois do seu lançamento o disco de prata.

O arranque dos espectáculos referentes a este disco deu-se em duas das mais prestigiantes salas do país: dois dias no Rivoli (Porto) e um dia no Grande Auditório do CCB, em ambos os casos com lugares esgotados.

No início de 2003 foi editado um CD, resultado da participação de Camané nos espectáculos em formato acústico que o grupo rock Xutos & Pontapés realizou no final de 2002, em Lisboa.

Ainda nos primeiros meses deste ano foi publicada uma compilação integrada na colecção "The Art Of" do catálogo Hemisphere com a particularidade de incluir regravações de temas de "Uma Noite de Fados", o primeiro CD de Camané, efectuadas no final de 2002. Este ano foi também dedicado à realização de apresentações em Portugal e estrangeiro, bem como à edição do primeiro CD ao vivo - "Camané - Como Sempre... Como Dantes", com o galardão de "disco de ouro" que originou uma tournée durante o ano de 2004, com início no C.C. Olga Cadaval em Sintra, passando por cidades como Famalicão, Coimbra, Faro, Évora, Porto e Lisboa, entre outras.

No final do ano, foi editado o CD "Humanos" do projecto com o mesmo nome do qual Camané fez parte ao lado de Manuela Azevedo e David Fonseca bem como dos músicos Nuno Rafael, João Cardoso e Hélder Gonçalves.

Vasco Wellenkamp iniciou os estudos de bailado em 1961 com Margarida de Abreu e Fernando Lima, no Grupo Verde Gaio. Em 1968, ingressou no Ballet Gulbenkian. De 1973 a 1975 foi bolseiro do Ministério da Educação em Nova Iorque, na Escola de Dança Contemporânea de Martha Graham, onde se formou em Dança Moderna. Ainda em Nova Iorque, frequentou um curso de composição coreográfica com Merce Cunningham e trabalhou com Valentina Pereyslavec no American Ballet Theatre. Em 1978, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, frequentou o curso para coreógrafos e compositores na Universidade de Surrey em Inglaterra. De 1977 a 1996 desempenhou as funções de coreógrafo residente, professor de Dança Moderna e ensaiador do Ballet Gulbenkian. Em 1975 foi nomeado professor de Dança Moderna da Escola de Dança do Conservatório Nacional e em 1983, professor coordenador da Escola Superior de Dança de Lisboa. Vasco Wellenkamp tem sido convidado, por várias companhias estrangeiras, a criar novas obras coreográficas, nomeadamente no Brasil com o Ballet do Teatro Municipal de São Paulo, o Ballet de Niterói, a CIA Cisne Negro e o Ballet Guaíra, na Argentina com o Ballet Contemporâneo do Teatro San Martin, na Inglaterra com o Extemporary Dance Theater, o Dance Theater Comune e a Companhia Focus On, na Suiça com o Ballet du Grand Theatre de Gèneve, em Itália com o Balleto di Toscana, na Croácia com a Companhia de Bailado do Teatro de Zagreb, entre outras. Em Janeiro de 1999 criou a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo com o apoio das Câmaras Municipais de Lisboa e de Cascais e o Ministério da Cultura. Foi nomeado Director Artístico do Festival de Sintra em Setembro de 2003.

Vasco Wellenkamp foi galardoado por duas vezes com o Prémio de Imprensa (1974 e 1981). Foram-lhe ainda atribuídos os Prémios do Semanário Sete (1982), da Revista Nova Gente (1985 e 1987) e da Rádio Antena 1 (1982). Em 1996, foi galardoado com a medalha de ouro e o prémio para o melhor coreógrafo, no II Concurso Internacional de Dança do Japão, com a obra A Voz e a Paixão. Em 1994, a 10 de Junho, dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, por sua Excelência o Senhor Presidente da República, Dr. Mário Soares.

Sem comentários: