segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Jornalista da RTP é "por acidente um poeta"


A apresentação de “O Aparo do Demónio” foi motivo para deliciosos momentos de poesia saboreados na noite de ontem, na Feira do Livro.

Alberto Serra assumiu ser “por acidente, um poeta”, identificando-se, fundamentalmente, com um leitor. Atribui uma função terapêutica à poesia, aconselhando-a como um tratamento apaziguador para o espírito. Deste modo, conjuga no seu livro várias emoções interpelando os sentidos de um modo soberbo.

A sua escrita é marcada pela quase ausência de pontuação de modo a permitir ao leitor a sua própria interpretação. Esta deliberação de pontuar o texto para quem o lê, concede liberdade ao leitor para criar a sua leitura. Como refere o autor, “a poesia é tanto de quem a faz, como de quem a lê”.

A concepção gráfica desta obra tem características muito particulares, marcadas pela sensualidade e tentação das fotografias de Fernando Veludo. A maçã, metáfora do fruto proibido e saboroso, é um símbolo presente no “Aparo do Demónio”.

Poesia, alimento do corpo e da alma… marcou presença na Feira do Livro.

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