sexta-feira, 31 de março de 2006

Cartoon Xira 2005

Dia 18 de Março, foi inaugurada a exposição "Cartoon Xira 2005", que consiste numa exposição de Banda Desenhada satírica , feita anualmente em Vila Franca de Xira.


Assim este ano encontra-se no espaço simbólico do Celeiro da Patriarcal, um conjunto de trabalhos cuja qualidade é reconhecida a nível nacional e internacional.

Os Cartoonistas em destaque são três contemporâneos e um Cartoonista dos anos 80 que apesar de já ter falecido, é-lhe aqui prestada homenagem.




Os três Cartoonistas contemporâneos são António Antunes, Augusto Cid e António Maia, que embora tenham linguagens expressivas muito diferentes unem-se através da representação de temas idênticos.

O Cartoonista dos anos 80 é José de Lemos, que apesar de não ter uma linguagem rigorosamente actual, é um bom Cartoonista, pois toda a sua obra tem que ser analisada de acordo com a cultura socio-económica da sua época.


Esta exposição contou também com algumas figuras públicas do Concelho, dentre as quais destacamos a Vereadora da Cultura, Conceição Santos, que desde logo se disponibilizou, a responder a qualquer questão inerente.

quinta-feira, 30 de março de 2006

João Dixo na 9arte

Teve lugar, no passado dia 23 de Abril, a inauguração da exposição “Sítios de misturar tintas” do pintor João Dixo na galeria 9arte.
A essência do conjunto de obras apresentadas resume-se do que é expresso pelo título: uma série de pequenas tábuas que os alunos do artista utilizavam para misturar tintas e que o artista, atraído pela sua beleza quase acidental, adultera para que possa colocar a sua assinatura, segundo as suas próprias palavras. Só.
Em todas as molduras, uma inscrição repete-se: Pintura. Afirmação expressa de que as pequenas tábuas não pretendem ser mais do que isso, pintura, uma vez que, para João Dixo, só com o impressionismo a pintura deixou de incluir a vertente design, segundo o autor, desde as primeiras pinturas rupestres que é o design que predomina sobre a pintura.
João Dixo pretende mostrar pintura. Apenas. Sem ideologias ou conceitos que incomodem a pintura, ou mesmo o observador e o próprio artista.
A exposição estará patente na galeria até dia 5 de Maio.



João Dixo nasceu em Vila Real, em 1941. Licenciou-se em Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1966.Desenvolveu uma longa carreira docente na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (1973/1997), na ARCA/ETAC, de Coimbra, de que foi director e onde coordena a licenciatura em Pintura, e no Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde foi responsável pelo grupo de desenho (1986/98).
Foi membro fundador do Grupo Puzzle (1974/79) e membro de La Jeune Peinture (Paris, 1974/80). Integrou o núcleo de fundadores da Bienal de Cerveira.
A sua primeira exposição individual data de 1963. Desde então a sua participação em exposições tanto individuais como colectivas multiplicou-se, quer individualmente como enquanto membro do Grupo Puzzle.

Mário Viegas em Santarém

O Centro Cultural e Regional de Santarém - Fórum Actor Mário Viegas em Santarém, vai ser palco, amnhã pelas 18 horas, do lançamento nacional da colecção MÁRIO VIEGAS - DISCOGRAFIA COMPLETA, uma edição de 12 livros mais CD de poesia, escritos e organizados por José Niza, com design gráfico de José Santa-Bárbara.

A sessão de apresentação desta obra será efectuada por José Niza, e contará com a participação de personalidades ligadas à carreira artística de MÁRIO VIEGAS, como Carlos Avilez (Teatro), Francisco Moita Flores (Escritor), Jorge Leitão Ramos (Crítico de Cinema e Televisão - Jornal Expresso), José Carlos Alvarez (Director do Museu do Teatro), José Jorge Letria (Poeta-Escritor - Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores), José Fonseca e Costa (Realizador), José Manuel Mendes (Poeta-Escritor - Presidente da Associação Portuguesa de Escritores), José Mário Branco (Compositor - Produtor Discográfico), José Niza (Autor dos 12 livros da colecção), José Santa-Bárbara (Pintor-Escultor - Design Gráfico dos Livros), Manuel Freire (Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores) e Nuno Teixeira (Realizador de Televisão), sendo Júlio Isidro (Rádio-Televisão) o moderador das intervenções.

Actor e declamador. Nasceu a 10 de Novembro de 1948, em Santarém e morreu a 1 de Abril de 1996, vítima de SIDA.
Iniciou a sua carreira em 1965, no teatro Círculo Cultural Scalabitano, estreando-se com a peça Trágico à Força, de Tchekov.
Em 1966, mudou-se para Lisboa, onde frequentou o Conservatório Nacional e a Faculdade de Letras.
Em 1967, integrado no teatro universitário de Lisboa, encenou e interpretou O Meu Caso, de José Régio.
Em 1968, estreou-se como actor profissional no Teatro Experimental de Cascais (TEC), em O Comissário de Polícia, sob a direcção de Carlos Avilez.
Em 1969, partiu para o Porto onde se matriculou na Faculdade de Letras, passando a integrar o teatro universitário daquela cidade, onde actuou em várias peças, das quais se destacam Fonteovejuna, de Lope de Vega, A Excepção e a Regra, de Brecht e Oração, de Arrabal.
Ainda em 1969, gravou o seu primeiro disco como declamador, Mário Viegas Diz Poemas.

Entre 1971 e 1975 cumpriu o serviço militar e, apesar de ter interrompido a sua vida profissional, continuou a desenvolver projectos, nomeadamente na área da poesia, como declamador, gravando quatro discos: Palavras Ditas (1972), A Invenção do Amor (1973), País de Abril (1974) e O Operário em Construção (1975), para além de ter participado no programa televisivo Disto e Daquilo, onde, sob várias figuras humorísticas, partia inúmeros discos do nacional-cançonetismo.

Estreou-se no cinema em 1975, no filme O Funeral do Patrão, de Eduardo Geada.
Ainda em 1975, fundou o teatro A Barraca, mas em 1976 já estava no Grupo de Teatro Hoje, onde fez Os Amantes Pueris, de Cromelynk, e O Equívoco, de Albert Camus, trabalhando igualmente na rádio como declamador.
Entre 1976 e 1977, foi co-autor e intérprete dos programas televisivos Ninguém e Peço a Palavra.
Ainda em 1977, frequentou o curso de actores e dramaturgia, ministrado por Augusto Boal, e começou a trabalhar no teatro A Barraca.

Seguiu-se um período de grande notoriedade pública, interpretando diversas peças, com enorme sucesso, em diversos grupos e companhias de teatro.
Entretanto, iniciou, em 1978, um programa de divulgação da poesia portuguesa, Palavras Ditas, que manteve até 1982.
Nesse mesmo ano, foi um dos fundadores do Novo Grupo, sediado no Teatro Aberto, onde interpretou O Suicidário (1983), A Última Gravação (1984) e Ubu Português (1984), entre outros trabalhos.
Em 1985 assumiu a direcção do Teatro Experimental do Porto (TEP), onde encenou cinco espectáculos, até 1987.
De regresso a Lisboa, assumiu a direcção da Sala-Estúdio do Teatro de São Luiz, onde funciona actualmente a Companhia Teatral do Chiado, fundada por si.
Nesse Teatro, apresentou a pré-candidatura à Presidência da República, numa encenação intitulada «Europa Não, Portugal Nunca», que constituiu um dos seus últimos trabalhos em teatro.

Distinguiu-se também como actor de cinema. A sua filmografia inclui Kilas, o Mau da Fita (1980), Sem Sombra de Pecado (1982), A Mulher do Próximo (1988), Os Cornos de Cronos (1990), A Divina Comédia (1991) e Afirma Pereira (1995). Da sua discografia como declamador, para além da já citada, destacam-se: Pretextos Para Dizer (1978), Humores (1980) e O Guardador de Rebanhos (1983).

A Câmara Municipal de Lisboa homenageou o actor pouco tempo antes da sua morte, dando o seu nome à Sala-Estúdio da Companhia Teatral do Chiado, sediada no Teatro São Luiz.

Mário Viegas foi um dos principais declamadores do séc. XX, rompendo com a tradição de João Villaret e impondo-se como o grande diseur, nos anos 70.

Como actor, diferenciou-se pela sua atitude insubmissa e provocadora, que desenvolveu em interpretações vigorosas e geniais, frequentemente pontuadas pelo humor inteligente, surrealista e negro.

Maria Antonieta – Vida e Morte da Última Grande Rainha de França

No próximo dia 3 pelas 18.30h na Livraria Bulhosa do Campo Grande, em Lisboa, ocorrerá o lançamento do livro "Maria Antonieta – Vida e Morte da Última Grande Rainha de França" de Catalina de Habsburgo-Lorena.

Um dia depois do terrível terramoto que abalou a cidade de Lisboa, nascia em Viena, a 2 de Novembro de 1755, a arquiduquesa Maria Antonieta de Habsburgo-Lorena.

Os seus padrinhos de baptismo foram os seus tios, José I e Mariana Vitória, reis de Portugal, representados na cerimónia por dois irmãos da recém-nascida.

Em 1770 Maria Antonieta casou, por procuração, com o delfim Luís, futuro Luís XVI, e foi viver para a corte francesa onde fervilhava a intriga e as disputas políticas.

À falta da consumação do matrimónio, Maria Antonieta dedica-se a organizar festas e a escolher roupas sumptuosas e acessórios ricos.
Assegurada a sucessão, a já rainha de França tenta guiar-se pelo sentido de responsabilidade dos seus antepassados, mas, odiada pelos franceses, a sua reputação ficará manchada por infames calúnias.
Foi acusada de ser uma meretriz, uma espia, uma delapidadora do erário público.
Com a Revolução Francesa, foi presa, julgada em tribunal revolucionário e guilhotinada a 16 de Outubro de 1793.

Catalina de Habsburgo-Lorena, arquiduquesa de Áustria, apresenta os feitos que marcaram a vida da sua antepassada, com um ágil ritmo narrativo.
À pergunta, em que medida foi Maria Antonieta responsável pelos acontecimentos que determinaram o destino da Europa, a autora responde, oferecendo ao debate histórico um novo ponto de vista, pertencente a uma nova geração de realeza europeia.

Catalina de Habsburgo, arquiduquesa de Áustria, descendente directa de Carlos V e neta do último imperador da Áustria é licenciada em Ciências Políticas e especializou-se em direito pela Universidade de Lovaina, na Bélgica.
É autora de uma obra sobre a realpolitik de Napoleão, Bismarck e Margaret Thatcher, em comparação à política de Franco. Foi directora do departamento de Relações Internacionais da Universidade de Segóvia e jornalista na Rádio Espanha.
Actualmente vive perto de Milão com o seu marido, o conde Massimiliano Secco d’Áragona, e os seus dois filhos.

quarta-feira, 29 de março de 2006

Termometro Unplugged 2006

Um dos maiores acontecimentos musicais do ano está prestes a chegar, a Final do "Termoetro Unplugged".

No próximo dia 1 de Abril pelas 23.00h no Teatro Sá da Bandeira, no Porto subirão ao palco as seis bandas finalistas desta edição.

A festa será apresentada por Rui Reininho e Marta Ren (finalista da edição de 1997).




As bandas finalistas são:


- Olivetree, vencedores da eleminatória do Porto no bar Eflat

É uma combinação pura de emoções fortes provocadas pela elevação dos batimentos cardíacos neste som cheio de “speed” do didgeridoo.
A viagem é garantida em plena alegria e bem-estar predispondo o ouvinte a uma incapacidade total de manter o corpo parado.

Esta ligação é expressa na fórmula mais orgânica que a musica dança pode assistir.
Bateria e didgeridoo – é um novo projecto no mercado nacional criado em 2003 por Renato Oliveira (elemento do colectivo ROOTSCARAVAN) em Liverpool, Inglaterra.


Vem dar ênfase à música de dança produzida apenas com Instrumentos acústicos.

É uma ideia simples de contextos rítmicos complexos.

Usando apenas instrumentos reais sem qualquer efeito ou sample, OLIVETREE é um trio de grande energia que mistura as influências latinas e afro-brasileiras com os sons anciãos do didgeridoo e os ritmos contemporâneos da tecnolândia para criar uma vibrante e fresca “dancemusic” caracterizada por tempos irregulares recheados de ataque e por saborosos grooves.


- Yestarday, vencerdores da elminatória de Lisboa no bar Santiago Alquimista

O projecto a solo YESTERDAY surge em 2001, pelas mãos de Pedro Augusto, como resultado de uma busca sonora para melhor representar uma fusão entre o antigo e o novo, entre o mais tradicional e uma linguagem mais universalmente aceite.

Esta busca acaba por ser um retrocesso ao passado, às origens: não à música propriamente dita, mas aos costumes. A consequente tentativa de musicalização dos mesmos por parte deste projecto cria-lhe ambientes oscilatórios entre o cru acapella e o épico.

De momento a trabalhar em músicas para filmes, é sua ambição chegar cada vez mais a uma "síntese sonora que expresse da maneira mais fiel e emotiva (o uso do silêncio, o recurso aos instrumentos tradicionais, o não usar instrumentos de todo) esta espécie de mistério atmosférico que reside não em nós, mas na Natureza".


- Sérpia, vencedores da eliminatória da Maia no bar Tertulia Castlense

Os Sepia surgiram como projecto em 2003, partindo inicialmente da interpretação de “covers”, para se aventurarem, mais tarde, na criação de temas originais.
Foram beber as suas influências ao Soul, Funky, Blues e Jazz. A sua música reflecte todas essas matrizes da música negra norte-americana, mas revela também, um talento inato dos três jovens que constituem a banda.
Formada por Isabel Milheiro, voz, uma cantora que herdou da família a tradição do canto, mas que também estudou piano e formação musical, preparação que lhe foi útil na sua passagem por outras bandas e projectos que integrou antes dos Sepia.
David Cid, baixo, teclado e vozes, iniciou os seus estudos musicais, tendo aulas particulares de piano durante cinco anos, período após o qual, ingressa no Conservatório de Música do Porto, onde foi aluno de piano na classe da Prof.ª Manuela Araújo e de formação musical, do Prof. António Diogo.

Após a frequência do Conservatório, continuou a tocar piano, mas estendeu o seu interesse musical à guitarra e ao baixo, instrumentos com os quais participou em diversas formações.
Pedro Barbosa, bateria, foi um D.J. experiente que soube utilizar os seus conhecimentos e o elevado sentido de ritmo para descobrir a sua vocação como baterista e encontrar nos Sepia, o lugar ideal para se realizar como músico.


- Born a Lion, vencedores da eliminatória de Leiria no bar Blá Blá

O início da banda remonta a Abril de 2005. Rodrigo Cassiano, vocalista e baterista, termina com um projecto onde desempenhava as funções de baixista.

Interessado em fazer algo que "fosse beber às raízes do "country", do "blues" e do "rock n' roll", inicia uma nova etapa.

O parceiro ideal para o projecto já havia sido encontrado.

A pizzaria onde Rodrigo Cassiano trabalha serviu de palco para as primeiras conversas com Bruno Cantanhede, guitarrista da banda.

Apesar da diferença de idades - Rodrigo tem 30 anos, enquanto Bruno se fica pelos 17 -, existia uma grande empatia entre os dois.

Os gostos e influências musicais eram muito semelhantes. Daí até o primeiro ensaio foi um pequeno passo.


"Break Down the Line" vê a luz do dia após algumas sessões de trabalho.

A composição não pára. Ao fim de dois meses, o colectivo da Marinha Grande consegue "coleccionar" um punhado de temas.

O entendimento entre o duo é perfeito.

O "blues" é uma realidade, mas o ritmo frenético da bateria de Rodrigo Cassiano, aliada à guitarra vibrante de Bruno Cantanhede, transforma-o num discurso próprio.

Os traços de personalidade começavam a definir-se. Era o momento de registar os temas. Para o fazer, o colectivo chama aquele que agora é o terceiro elemento de "Born a Lion", Zé Cariano (também vocalista e guitarrista de "8' Rockin' Shoes").

Durante as gravações, Zé Cariano propõe a Rodrigo Cassiano e a Bruno Cantanhede a colocação de linhas de viola baixo em alguns dos temas. O próprio Zé Cariano encarrega-se dessa função.

Os temas ganham uma nova vida. O resultado é de tal forma interessante para os dois elementos fundadores, que estes convidam o músico para fazer parte de "Born a Lion".

Poucos dias depois, o trio estreia-se ao vivo.

Estávamos em Junho de 2005, quando Rodrigo Cassiano, Bruno Cantanhede e Zé Cariano fazem a primeira parte de "8 Rockin' Shoes", num bar da Praia da Vieira, Marinha Grande.

A energia das músicas do colectivo "tocam" a assistência. Seguem-se outros concertos e pouco a pouco, a banda conseguia angariar um número considerável de fãs para o curto tempo de vida.

As abordagens líricas são muitas vezes baseadas em contos fictícios que o autor, Rodrigo Cassiano (voz e bateria), tende a desenvolver.

Relatos de situações onde personagens de sonhos ganham vida e ali são alvo de representações.
“Born a Lion” tem uma imagem cuidada e devidamente preparada para as actuações em questão.

Atingem o virtuosismo máximo no frente a frente com o público.

A aceitação tem sido bastante positiva. As pessoas aparecem nos concertos com a certeza de que encontram atitude e energia suficientes que os contagie.
Assim é... mais que falar num rock fortemente influenciado pelo blues, é falar da espontaneidade dos momentos, as prestações ao vivo têm garra, são livres de preconceitos e apelam à total boa disposição e liberdade de movimentos...

Surgem com uma postura que faz transparecer o culto pelo meio urbano.

O suor, a intensidade com que se movimentam e se expõem, a forma como abordam o público tornam o espectáculo da banda bastante interactivo, alegre e despreocupante.

"Um género de... Desfrutem o momento, nós ajudamos".

Nas músicas de "Born a Lion" o blues encontra-se com sonoridades mais sónicas e a estrutura clássica do "rock n' roll" funde-se com o discurso negro e algo anárquico de Rodrigo Cassiano.

É assim que nascem temas que transbordam de energia e onde se contam histórias "amargas" do quotidiano.

Histórias em que qualquer um se revê...


- Cooltura, vencedores da eliminatória de Coimbra no bar A-de-Rato

Os COOLtura, anteriormente designados por bSide, têm já uma longa história.

Esta banda, fortemente enraizada na zona centro (Figueira da Foz e Coimbra), tem vindo a alterar o seu estilo e formação numa pesquisa incessante do que efectivamente pretendem a nível musical e sonoro.

Estas várias iteracções acabaram por tornar os COOLtura numa banda muito objectiva e com um sentido de orientação muito próprio.

A simplicidade dos temas em conjunto com a harmonia transcendente, a mistura de um som forte com a melancolia que ressalta em várias músicas, acrescenta um clima próprio à banda.

A recente aquisição de condições ao nível de ensaio excepcionais, permitiu elevar o grupo a um novo patamar que culminou com a gravação do primeiro álbum em edição de autor.
A estreia do grupo com a sua formação mais recente foi feita na Figueira da Foz, no dia 18 de Fevereiro de 2005.

A banda decidiu partir para novos voos com outros concertos promocionais ou a convite de entidades assim como com candidaturas aos concursos que melhor projectam a imagem dos novos grupos de música portuguesa.

Em consequência disso, os COOLtura foram seleccionados dentre cerca de 160 maquetes para fazer as 1.ªs partes da tournée "Três Desejos" dos Xutos & Pontapés, aonde durante o mês de Julho do mesmo ano, onde tocaram nos concertos da Expo Mealhada e da Expofacic em Cantanhede.


- Inflow, 2º Lugar na Eliminatória de Coimbra no bar A-de-Rato

Os inflow nasceram na cidade de Coimbra em inícios de 2005.

Foi aí que se encontraram Francisco Alves e Hugo Filipe, voz e guitarra, e começaram a pensar neste projecto.

Um voltar atrás no tempo, e tentar encontrar de novo toda a simplicidade da música, das melodias e toda a essência que está por detrás de uma banda Rock.

Juntaram-se depois Marco Ivo e Álvaro Ferreira, baixo e bateria. Ao vivo toda a banda dá tudo por tudo para que seja um espectáculo único e marcante.



A juntar-se a esta festa temos Manuel Cruz, ex vocalista da Banda Ornatos Violeta e actualmente com os "Pluto" e "Super Nada" e que pela primeira vez se vai a presentar a solo.

A encerrar podemos contar ainda com 2 Dj's que , segundo a organização, prometem uma sessão épica que tão cedo ninguém irá esquecer.

Os bilhetes estão à venda nos locais habituais desde sábado ao preço único de €10.

III Ciclo de Cinema LGBT

O 3º CICLO DE CINEMA LGBT realiza-se nos dias 30, 31 de Março e 1 e 2 de Abril na Videoteca Municipal de Lisboa, ao Calvário.

Actividade organizada em colaboração com a rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes.
A iniciativa que se integra na Semana da Juventude da CML, tem por objectivo sensibilizar os jovens portugueses para as questões da homossexualidade, bissexualidade e trangenderismo.

Dia 30, quinta-feira, às 21h30

EDGE OF SEVENTEEN, David Moreton, 99', EUA, 1998; VO: inglês (G)

Sinopse: Sandusky, Ohio, 1984. Eric e a sua melhor amiga Maggie passam os dias comovendo-se com o estilo do Boy George e brincando com a ideia de virem a formar um casal - até que Rod capta o olhar de Eric.
Uma ternurenta história de adolescentes sobre estar à beira dos dezassete anos na América.

Dia 31, sexta-feira, às 21h30

THE INCREDIBLE TRUE ADVENTURE OF TWO GIRLS IN LOVE, Maria Maggenti, 94', EUA, 1995; VO: inglês (L)

Sinopse: Um filme sobre a primeira paixão de duas adolescentes, com um registo tocante e cómico. Randy Dean, uma rapariga lésbica de ar arapazado apaixona-se por Evie Roy, uma das raparigas mais populares do liceu, até aí aparentemente heterossexual e aparentemente em tudo diferente de Randy...

Dia 1 , sábado, às 18h00

ORANGES ARE NOT THE ONLY FRUIT, Beeban Kidron, 165', Reino Unido, 1990; VO: inglês (L)

Sinopse: Adaptado para a BBC-TV por Jeanette Winterson a partir da sua novela com o mesmo nome, este filme é a crónica de uma jovem lésbica britânica prestes a atingir a maioridade, Jess. Na sua luta turbulenta com a sua mãe evangelista dominante, Jess cresce tornando-se numa jovem mulher ferozmente independente.

Dia 1 , sábado, às 21h30

PORQUOI PAS MOI? Stéphane Giusti, 95', França/Espanha/Suíça, 1999 (GL) Legendas em inglês

Sinopse: O filme apresenta-nos um grupo de jovens amigos homossexuais: Camille, Eva, Ariane e Nico.
Camille e sua mãe, Josepha, decidem organizar um jantar para que os pais dos restantes fiquem a saber da orientação sexual dos seus filhos.
Esse fim de semana especial vai incendiar paixões , mas não exactamente como cada um tinha previsto.
Uma comédia romântica com personagens insólitas, entusiasmantes, em suma, inesquecíveis.

Dia 2, domingo, 16h00

THE IRON LADIES, Youngyooth Thongkonthun, 104 ', Tailândia, 2001; legendas em inglês (T; GL)

Sinopse: O filme conta a história real da equipa campeã nacional de voleibol da Tailândia em 1996, uma equipa composta por gays, drag queens, transexuais e um heterossexual.
Quando a treinadora Bee é convidada para fazer uma equipa e todos os restantes jogadores se demitem em protesto por terem de jogar com Mon e Jung, que para além de jogadores talentosos são homossexuais, abre-se a oportunidade para outras aquisições.

Dia 2, domingo, 18h00

THE BROKEN HEARTS CLUB, Greg Berlanti, 94', EUA, 2001, VO: inglês; (G)

Sinopse: O ex-argumentista da conhecida série "Dawson's Creek" descreve neste filme o atribulado quotidiano de um grupo de amigos homossexuais, na casa dos vinte anos, que se importunam uns aos outros, mas também se apoiam mutuamente tentando superar preconceitos e estereótipos.

Legenda: G - Gay L - Lésbico T - Transgénero

Os filmes não são legendados em português!



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"É A CULTURA, ESTÚPIDO"

Sempre nas últimas quartas-feiras de cada mês, no Jardim de Inverno do São Luiz.

Hoje pelas 18.30h "O FUTURO DA MÚSICA POP".

O tema em debate está a marcar a agenda do país: O Futuro da Música Pop.


Convidados:

Mário Lopes (crítico do público);
Nuno Galopim (crítico do Diário de Notícias);
João Lisboa (crítico do Expresso).
Pedro Mexia é o moderardor e Nuno Costa Santos cumprirá a função de agente provocador.

Acompanhe tudo em http://cultura-estupido.blogspot.com .

Egoísta propõe nova leitura sobre a Cidade

Num estimulante exercício de reflexão, a “Egoísta” regressa, em 2006, com a sua segunda edição dedicada à “Cidade”.

A revista da Estoril Sol, propõe, desta vez, outros ângulos de análise, explorando a utopia da cidade de uma forma mais plástica, mais sensorial.

O mundo inteiro cabe numa cidade e, por isso a “Egoísta”, de Março, dedica um segundo volume a esta temática.
António Mega Ferreira, Clara Ferreira Alves, Filipa Melo, Sandra Nobre ou João Gobern elaboram memórias e ficções sobre a cidade, a par de elementos iconográficos de Adriana Molder, Amy Yoes, João Vilhena, José Luís Neto ou Cláudio Garrudo.

Além dos exercícios de enorme qualidade literária, a “Egoísta” apresenta, ainda, um portofólio fotográfico inédito das obras do futuro Casino Lisboa, com inauguração marcada para 19 de Abril.

Como escreve Mário Assis Ferreira, director da publicação, “Subitamente, ao olhar a capa desta edição da “Egoísta”, ocorreu-me que aquele painel, com os destinos de voo de um aeroporto, era a evocação de um desafio.
E, investido no personagem de turista virtual, resolvi propor um exercício-fantasia a quem ainda consiga fechar os olhos e voar nas asas da imaginação”.

Lançada em 2000, a revista “Egoísta” apresenta, agora, a 26ª edição.

É mais uma proposta para ler, reler e guardar.

Em Junho a “Egoísta” regressa com outras leituras novas, podendo ser adquirida por assinatura ou em vários pontos de venda seleccionados.

"Orgia" na Culturgeste

Hoje às 21h30, no Palco do Grande Auditório da Culturgest, será apresentada a peça "Orgia", de Pier Paolo Pasolini, com encenação de Pedro Marques e interpretação de José Airosa, Sylvie Rocha e Sofia Correia. Orgia, uma co-produção A&M, Artistas Unidos e Culturgest, estará em cena até 6 de Abril, às 21h30.

Após os espectáculos dos dias 31 de Março, 4 e 6 de Abril haverá conversas com o público.

"Orgia" é a crónica das pobres emoções sado-masoquistas de dois cônjuges pequeno-burgueses no calor de uma desoladora Páscoa, da fuga-suicídio de uma esposa-amante-escrava, da devastação do marido ao encontrar-se com uma pequena prostitutazinha de passagem, do seu extremo delírio fetichista e transsexual até ao seu suicídio por enforcamento.

O autor, Pier Paolo Pasolini, desde cedo revelou uma profunda consciência da sua própria diversidade, tendo sido marginalizado e processado diversas vezes durante a sua juventude. Torna-se num rebelde cuja personalidade é espelhada tanto na sua poesia como nos seus romances, filmes e críticas em vários diários e revistas. A sua produção teatral conta com seis tragédias: Calderón, Affabulazione, Pilade, Porcile, Bestia da Stile e Orgia.

O Teatro da Palavra

No “Manifesto por um novo teatro” que lançou em 1968, Pasolini defende uma terceira via entre o teatro burguês convencional e o teatro experimental, “do gesto e do grito”.
O teatro que esperamos, mesmo o mais absolutamente novo, não poderá ser o teatro que esperamos.
De facto se esperamos um novo teatro, esperamos necessariamente dentro das ideias que já temos, além disso, aquilo que esperamos, de alguma forma já existe.


A quem se destina

Os destinatários desse novo teatro não serão os burgueses (que vão ao teatro para divertir-se e que, às vezes, se escandalizam) mas sim, os grupos avançados da burguesia constituídos pelos poucos intelectuais realmente interessados em cultura: progressistas de esquerda, sobreviventes do laicismo liberal e radicais. Esses grupos avançados não se divertirão nem se escandalizarão já que são semelhantes em tudo ao seu autor.
Esta classificação é e pretende ser esquemática.
Aconselha-se calorosamente a uma senhora que frequente os teatros da cidade que não assista às representações do novo teatro.
Ou, caso se apresente com o seu simbólico, patético, casaco de vison encontrará na entrada um cartaz a explicar que as senhoras com casacos de vison deverão pagar um preço trinta vezes mais alto que o preço normal.
Nesse mesmo cartaz, pelo contrário, estará escrito que os jovens fascistas de vinte e cinco anos poderão entrar de graça. Além disso, pediremos também que não aplaudam. Vaias e outras formas de desaprovação serão admitidas.

O teatro da palavra

O novo teatro quer definir-se como Teatro da Palavra.
Incompatibiliza-se tanto com o teatro tradicional como com todo o tipo de contestação ao teatro tradicional.
Remete explicitamente para o teatro da democracia ateniense, saltando completamente toda a tradição do teatro burguês, e porque não dizer a inteira tradição moderna do teatro renascentista e de Shakespeare.
Espera-se que o espectador oiça mais do que veja.
As personagens são ideias a serem ouvidas.

Destinatários e espectadores

É um teatro possibilitado, solicitado e desfrutado no círculo cultural dos grupos avançados de cultura.
É o único que pode chegar, não por determinação ou retórica, à classe operária. Já que esta se encontra unida por uma relação directa aos intelectuais.
O Teatro da Palavra opõe-se ao teatro da conversa (tradicional) e ao teatro do gesto e do grito (não tradicional).
Desta dupla posição nasce uma das principais características do Teatro da Palavra: a ausência quase total de acção cénica, desaparecendo quase totalmente a encenação.
Reduzindo todos os seus elementos (luz, cenário, figurinos, etc...) ao indispensável.
Não deixará de ser uma forma de rito (ainda que jamais experimentada).
O seu rito não pode ser definido de outro modo que não seja um Rito Cultural.

O actor do teatro da palavra

O actor do Teatro da Palavra não terá que apoiar as suas faculdades numa especial atracção pessoal (teatro tradicional), ou numa espécie de força histérica messiânica (teatro não tradicional), explorando demagogicamente o desejo de espectáculo do espectador (teatro tradicional), ou enganando o espectador através da implícita imposição de fazê-lo participar num rito sagrado (teatro não tradicional).
Terá que sustentar as suas faculdades na sua capacidade para compreender realmente o texto e ser, assim, veículo vivo do próprio texto.
Será melhor actor quanto mais o espectador, ao ouvi-lo dizer o texto, compreenda que o actor compreendeu.
O actor do Teatro da Palavra terá de ser simplesmente um homem de cultura.

Epílogo

O Teatro da Palavra é um teatro completamente novo porque se dirige a um novo tipo de público.
O teatro da Palavra não tem nenhum interesse espectacular, mundano, etc.
O seu único interesse é cultural, comum ao autor, aos actores e aos espectadores, que portanto, quando se reúnem, cumprem um Rito Cultural.
Pier Paolo Pasolini

O teatro de Pasolini
Para o Teatro e não para o Espectáculo

O texto de "Orgia", juntamente com Pocilga, será editado nos Livrinhos de Teatro Artistas Unidos/Livros Cotovia.

terça-feira, 28 de março de 2006

ExpoSub Portugal 2006 – Sessão de Divulgação

A uma semana do início do evento, o ExpoSub Portugal 2006 conclui o programa de Sessões de Divulgação subordinado ao tema “o saber do mar”, com uma apresentação na Sala VIP do OCEANÁRIO DE LISBOA, no Parque das Nações, no próximo dia 30 ás 18:30h.

Para além de uma breve apresentação do que vai ser o Salão ExpoSub Portugal 2006, esta Sessão de Divulgação será animada com a apresentação do filme “Os Tubarões e as Raias” de João Sá Pinto.

Mergulhador desde 1968, João Sá Pinto é hoje um dos mais conceituados realizadores nacionais de documentários subaquáticos.

No seu curriculum, conta com diversos trabalhos de fotografia de peixes para livros de índole científica e comercial como “Guia dos Peixes de Cabo Verde” de Francisco Reiner e “Peixes de valor comercial de Cabo Verde” de Vanda Monteiro.
Enquanto realizador de documentários vídeo João Sá Pinto, e para além do filme “Os Tubarões e as Raias” produzido para o programa Bombordo da :2, assina entre outros, os trabalhos “São Tomé e Príncipe, um jardim subaquático”, “Ilhéu das Rolas, Novo Destino”, “Áreas Protegidas de Portugal” e “O Naufrágio do River Gurara”.

Natural de Angola e actualmente a trabalhar num documentário sobre a “Corrente Fria de Benguela”, João Sá Pinto estará presente nesta última Sessão de Divulgação do ExpoSub Portugal 2006 para dialogar com todos quantos quiserem mais saber do mar.

segunda-feira, 27 de março de 2006

Dia Mundial do Teatro

Mensagem do Dia Mundial do Teatro, para Portugal, escrita pelo encenador Carlos Avilez a convite da Sociedade Portuguesa de Autores.

Neste Dia Mundial do Teatro quero manifestar a minha admiração por todos aqueles que ao longo dos tempos dignificaram e fizeram desta arte e profissão um exemplo de vida, de manifestação artística e de mensagem política.
Quem suportou a violência da censura de antes do 25 de Abril e recebeu a missão de comunicar e criar em liberdade, não pode ignorar a sua responsabilidade.

A todos aqueles que neste momento são gente de teatro, uma palavra de amizade, de solidariedade e confiança num futuro que estamos a criar.

Posso dizer que ser de teatro é ser maior, é ser diferente, é ser responsável.
Vivemos numa época de preocupação com a guerra do Iraque, com a fome, com as desigualdades sociais, com a prostituição, o racismo e o flagelo da droga.
Trabalhamos para um público que partilha das nossas preocupações.

Tenho o maior orgulho nos meus colegas e nos meus amigos.
O egoísmo de que nos acusam é resultado da paixão que temos pela nossa profissão.
Um profissional vive, ri, sofre e ama profundamente o teatro.
É estranho quando nos deparamos com situações que pensamos que sabemos resolver.
Quanto mais sabemos, mais temos a noção de que ainda há muito para aprender.

Aos mais novos, àqueles que por vezes terminam os seus cursos e depois ficam à espera de uma oportunidade, àqueles em quem eu acredito que serão o teatro do futuro, que serão os responsáveis por esta profissão maravilhosa, única.
Garanto que vale a pena!

O teatro não esquece aqueles que o amam e o servem sem se servirem dele.
A vossa oportunidade chegará.

Por último, uma palavra muito especial, um aplauso diferente para Isabel de Castro e Canto e Castro.

Assim se faz o Teatro.

Carlos Avilez
27 de Março de 2006

sexta-feira, 24 de março de 2006

O Contador de Histórias no Convento de Cristo


O livro "Este pão não é de trigo, é de papoilas", do escritor tomarense Nuno Garcia Lopes, vai ser o mote para o próximo jogo integrado na iniciativa Pais ao Convento, a realizar dia 26 de Março, domingo, a partir das 11 horas, no Convento de Cristo, em Tomar.

A iniciativa, da responsabilidade dos Serviços Educativos do Convento, realiza-se no último domingo de cada mês, proporcionando a entrada gratuita naquele monumento Património da Humanidade, e dando às famílias a oportunidade de viverem uma manhã diferente, descobrindo os magníficos espaços do templo através de um jogo que fornece pistas para a sua demanda.
Além das pistas, que incluem excertos do livro cujo tema é Tomar, os participantes vão ainda encontrar-se com o escritor nalguns dos locais, ouvindo pela sua própria voz poemas alusivos. No final, terão oportunidade de ouvir alguns alunos das Escolas Gualdim Pais e Nuno Álvares Pereira, bem como o próprio autor, dizerem alguns dos poemas do livro.
Haverá ainda tempo para os participantes poderem conversar com o escritor.

A iniciativa permitirá não só a descoberta do Convento mas servirá igualmente para abrir o apetite para a Festa dos Tabuleiros, a realizar em 2007.

Nascido em Linhaceira, concelho de Tomar, em 1965, Nuno Garcia Lopes é um dos fundadores do grupo O Contador de Histórias, dividindo actualmente a sua vida artística entre a escrita e a realização de sessões de contos e de poesia.

"Este pão não é de trigo, é de papoilas" é o seu terceiro livro de poesia.
Publicado em 2001, parte de títulos de precisão fotográfica, sempre situados em Tomar, para textos que frequentemente extrapolam a mera ambiência local ganhando uma universalidade que sempre foi também característica desta cidade.

Editor, tradutor e revisor, Nuno Garcia Lopes tem vindo mais recentemente a ser reconhecido pelo seu papel na promoção do livro junto das crianças e jovens.
Através do grupo O Contador de Histórias realizou centenas de actividades com estes grupos etários, entre as quais "A História do Senhor Verde", um conto inédito de carácter pedagógico relacionado com o ciclo da vida vegetal, a estrear dia 1 de Abril no Parque Ambiental de Santa Iria de Azóia.

Enquanto autor, destaquem-se os livros da colecção Lua do Mar, cujos dois volumes até agora publicados já venderam mais de três mil exemplares, e que, pela sua qualidade literária e características pedagógicas, têm vindo a ser a ser adquiridos por autarquias e outras entidades ou a dar lugar a actividades de promoção da escrita e do ambiente.

Publi Fordoc em Tomar

Ana Maria Botelho expõe no Museu da Água


A artista plástica Ana Maria Botelho, de 69 anos, inaugurou ontem, a sua mais recente exposição, "Um olhar com muita gente dentro" no Museu da Água - Reservatório da Patriarcal, em Lisboa, divulgando assim uma nova fase na sua pintura.

A pintora, que esteve retirada por motivo de doença, vai inaugurar "Um olhar com muita gente dentro", onde os trabalhos "primam pela ausência do detalhe" e se destacam "através da cor, expressão e carga gestual", segundo fonte do Museu da Água.

Nasceu em Lisboa no ano de 1936, Ana Maria Botelho licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior do Louvre em Paris, frequentou ainda a Escola Superior de Belas Artes de Roma, tendo exposto pela primeira vez, individualmente, em Lisboa, em 1963.

Seguiram-se muitas mais mostras individuais em Portugal e no estrangeiro e ainda participações em exposições colectivas na Europa, Estados Unidos, Austrália e Brasil.

A pintota está representada no Museu de Arte Moderna de Famalicão, Museu do Caramulo, Museu Malhoa nas Caldas da Rainha, Museu de Arte Contemporânea da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Mário Soares, entre outros.

No estrangeiro, tem a sua obra nos museus de Arte Moderna de Sidney, São Paulo, Paris, Bruxelas, Lille, Amesterdão, Copenhaga, São Francisco e Banguecoque, no Museu dos Artistas Europeus em Miami, na Fundação Rockfeller em Washington, no Museu Hermitage em São Petesburgo e no Museu Gugenheim de Nova Iorque.

A Câmara Municipal de Loures, por mérito cultural, atribuiu o nome da pintora à rua onde mora, tendo a artista recebido também a medalha de ouro e de cidadã honorária de Alcochete, lugar onde existe a "Casa de Arte Ana Maria Botelho".

Ana Maria Botelho escreveu também de livros de poesia, participou em diversos programas de televisão, palestras e colóquios sobre arte e teve uma rúbrica dedicada às artes relacionadas com adolescentes e jovens num programa feminino da RTP.

Com mais de meio século dedicado às artes, a pintora e poetisa escreve no seu site :
"Estou em posição de descoberta
O rosto levantado para o fim do risco
e no fim do risco a porta aberta".

A exposição vai estar patente até ao próximo dia 15 de Abril.

quinta-feira, 23 de março de 2006

Os A Naifa em digressão pelo país

No seguimento da digressão do Grupo A Naifa, estará presente para apresentação do seu espectáculo no Auditório do Forum Cultural José Manuel Figueiredo, amanhã pelas 22.00h.


No âmbito da Quinzena da Juventude do concelho da Moita, o grupo irá apresentar músicas do seu mais recente disco "3 minutos antes da maré encher", estreado em Fevereiro no Teatro da Trindade, conforme o Hardmusica.com noticiou.

O projecto "A Naifa" constituído por Luís Varatojo (guitarra portuguesa, João Aguardela (baixo) e Maria Antónia Mendes (voz) é considerado pelo Ministério da Cultura um "projecto de interesse cultural".

O álbum "3 minutos antes de a maré encher", editado no princípio de Março, sucede a "Canções subterrâneas".

O novo trabalho é constituído por dez canções com poemas de Adília Lopes, Ana Paula Inácio, João Miguel Queiroz, José Luis Peixoto, Nuno Marques, Nuno Moura, Pedro Sena-Lino, Rui Lage e Tiago Gomes.
Em declarações à Lusa, Luís Varatojo afirmou que este "é um disco mais tocado, na medida em que antes de irmos para estúdio já o tínhamos interpretado em público o que não aconteceu com o de estreia".

"Há neste segundo trabalho um maior conhecimento entre nós, até porque a Maria Antónia entrou a meio do primeiro disco, e neste já participou desde o princípio, e por outro lado fizemos uma maior incursão na música tradicional", disse Varatojo.

Mantivemos a matriz musical mas uma referência maior da música tradicional, e não tanto só do fado", sublinhou.

Dia 30 as canções de "A Naifa" fazem-se ouvir em Leiria, no Auditório Miguel Franco e no dia seguinte em Santarém, no Teatro Sá da Bandeira.

A escolha poética insere-se, segundo Luís Varatojo, na"construção de uma personalidade musical-artística", alguns poemas foram escritos para o projecto ou "procurou-se enquadrar musicalmente os poemas".

Os A Naifa abrem o mês de Abril, logo no sábado dia 01, em Torres Vedras, onde actuam no Teatro Cine local, dia 06 actuam na Guarda no Teatro Municipal e no dia seguinte Auditório da ACERT emTondela, seguindo dia 08 para Alcobaça.
Dia 13 de Abril actuam no Fórum Luísa Todi, em Setúbal e no dia seguinte no Auditório Municipal de Sines.
Dia 15 continuam para Sul e actuam no Cine Teatro Louletano,em Loulé.
Dia 20, os A Naifa mostram "as novas fórmulas musicais" que encontraram, na capital baixo-alentejana, no Pax Julia, e no dia seguinte no Conservatório Gulbenkian, em Braga.
Dia 28 de Abril continuam por terras minhotas para actuarem Teatro Sá de Miranda, em Viana do Castelo, para dia 30 actuarem na Horta, no Cine Teatro Faialense.

Para Varatojo "este é um trabalho que surpreende pelas novas soluções encontradas e um ambiente criado que é cada vez mais a nossa marca identitária".
No mês de Maio têm agendado apenas dois concertos, dia 04 no Rivoli, no Porto e dia 13, encerram a digressão no Fórum Lisboa.

"3 minutos antes de a maré encher" é, segundo Varatojo, um disco "cuja solução se encontra em quem o escuta e o lê".

O álbum editado pela Zona Música, inclui, no livrete que acompanha o disco, três poemas que não estão no alinhamento musicado, mas que, afirmou Varatojo, "se assumem como estímulos adicionais ao resultado final".

quarta-feira, 22 de março de 2006

Mestre Gepeto de António Torrado em Sines

Nos próximos dias 24 e 25 pelas 22.00h no Auditório das Artes de Sines sobe ao palco Mestre Gepeto. De salientar que o Autor estará presente nas exibições da peça.

Mestre Gepeto reflecte sobre várias questões: o conflito geracional, a procura da individualidade e da afirmação pessoal, a busca do afecto e a projecção do amor, as questões da vida e da morte, a ousadia da criatura que se pretende Criador…

O espaço cénico coloca-nos num universo uterino, escuro, frágil, aquático, suspenso no tempo. Mistura de despojos e de laboratório científico; aos olhos de Pinóquio, Gepeto surge como um pai, um criador, um deus…

Pinóquio, já um jovem adulto, cansado de andar perdido pelo mundo, procura um regresso às raízes e o seu pai desaparecido.
Encontra Gepeto na barriga de uma baleia, mas, para sua admiração, o pai é apenas uma sombra do que foi.
Revela-se um Gepeto conformado, afastado do mundo, desistente, um homem que já nem parece reconhecer o seu próprio filho e que afirma ter encontrado o seu lugar na solidão daquele ventre húmido e escuro.
Animado por ter encontrado o pai e contrariando a vontade do mesmo, apesar de tudo e também porque não consegue arrancar Gepeto daquele lugar, Pinóquio decide ficar a viver na baleia.
Mas, ao longo dessa estadia, descobre que o pai tinha vindo a construir outros Pinóquios idênticos a ele.
Encontra por entre os escombros pedaços de corpos, alguns já carbonizados, mãos, pernas, cabeças, rostos que são a cópia perfeita do seu.
Chocado com esta revelação, Pinóquio sente-se rejeitado e substituído, o que vem a dar origem ao crescendo de um ódio mortal contra o próprio pai...

O espectáculo Mestre Gepeto, de António Torrado, é a 57.ª Produção do Teatro do Mar e é a primeira vez que o texto é levado à cena.

Informações: Tel. / Fax 269 634 511
producao@teatrodomar.com

Ensaios para Rádio de Samuel Beckett


No próximo dia 25 pelas 22.00h no Centro Cultural Olga Cadaval - Auditório Acácio Barreiros, apresenta-se ao vivo a emissão radiofónica de “Ensaios para Rádio” de Samuel Beckett.
Nesta emissão vão ser apresentadas as peças Brasas (Embers) e Esboço Radiofónico I e II (Rough for Radio I e II).

A apresentação destas peças integra-se num programa de comemoração do centenário do nascimento de Samuel Beckett que o grupo OS CRÓNICOS vai realizar durante este ano.

O intuito desta iniciativa é dar a conhecer alguns aspectos menos divulgados da obra do Nobel Irlandês, nomeadamente: a relação de proximidade que sempre manteve com a pintura e a música; a atenção constante às vanguardas artísticas do século XX; o minucioso trabalho de tradução e adaptação a que permanentemente foi sujeitando os seus próprios textos.

Peças para Rádio de Samuel Beckett são um importante momento na evolução da escrita dramática do autor.

Beckett, um conhecedor de música, ele próprio pianista amador, sempre deu uma grande importância ao som e ao ritmo nos seus escritos.

As peças radiofónicas constituem grosso modo um momento de passagem entre as peças iniciais (Godot, Endgame, Happy Days) e as peças mais curtas da última fase em que é frequente a utilização da voz off.

Esta peças inserem-se numa tradição bastante frequente na dramaturgia inglesa, em que poucos serão os grandes autores que não tenham trabalhado este meio.
São para além disso experiências profundamente pessoais de Beckett sobre a memória, o som e a música.

Ficha Artística

Crónicos Associação Cultural

Direcção Gonçalo Waddington e João Lagarto
Direcção Musical Fernando Mota
Tradução Luís Fonseca
Interpretação Afonso Lagarto, Carla Maciel, Gonçalo Waddington, João Lagarto e Valerie Braddell

Informações pelo telefone 21 910 71 18

domingo, 19 de março de 2006

Festa da Francofonia

Os países que falam francês têm por hábito celebrar a “Francofonia” todos os anos em fins de Março através de espectáculos, projecção de filmes, exposições, encontros... em língua francesa.
Trata-se de participar na diversidade cultural que diz respeito também outras língua como o português, em particular.
Diversas manifestações terão lugar no Instituto Franco-Português com vários países como: Senegal, Suiça, Marrocos, Tunísia, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Canadá e Principado do Mónaco.

SEGUNDA-FEIRA 20 de Março

Inauguração e Homenagem a Senghor
Senghor em destaque na Nova Livraria Francesa: livros e CDroms

19h00 – Filme no Auditório

“Léopold Sédar Senghor, un long poème rythmé” de Béatrice Soulé, apresentado por António Loja Neves (presença a confirmar)
(documentário– 1996 - 50 mn)

"Moi, le Maître-de- langus,
ma tache est d'éveiller mon peuple aux futurs flamboyants
Ma joie de créer des images pour le nourrir, oh lumières rythmées de ma parole".

« Et d'abord du rythme. C'est de lui qu'il faut partir, qui engendre non seulement la mélodie, mais aussi l'image par son élan itératif et, partant, suggestif, créatif".

Béatrice Soulé confiou a um jovem rapper a palavra de Senghor cuja natureza e vitalidade iluminam uma deambulação em imagens por lugares da memória africana.
O filme tem a forma de um longo poema ritmado, no qual o espectador é conduzido musicalmente, do princípio ao fim, a um ritmo visual e sonoro ininterrupto.
Quer se trate de vozes de crianças cadenciando, desde a escola primária, “La belle histoire de Leuk le lièvre », de poemas acompanhados, segundo as indicações de Senghor, à flauta e ao kora, de discursos políticos ou de documentos de arquivo evocando, por exemplo, através dos atiradores senegales, os seus períodos de guerra e de cativeiro. Aqui, com efeito, não há comentários mas evocações sonoras, traduzindo elementos biográficos e artísticos pelas palavras de Senghor ou por poemas salmodiados de prisioneiros senegaleses gravados durante a guerra.


21h00 – Jantar musical africano na Cafetaria
organizado pela Associação Agenova com a presença do kora e da voz do músico guineense José Braima Galissá.

Mestre José Galissá nasceu, cresceu e vive com um kora. “Djidiu” é o seu apelido de rua;Kora o seu instrumento de 22 cordas. Em Portugal Galissá defende a cultura musical Mandinga como Salif Keita, Mory Kant´ou Toumani Diabaté.

Preço: 15€ Reservas pelo telefone: 213111400.
A receita reverte a favor das associações sociais Agenova e Alas.

TERÇA-FEIRA - 21 de Março

DIA DA SUÍÇA

Destaque para Ramuz na Nova Livraria Francesa
Exposição sobre Ramuz na Mediateca

17h00 – Filme no Auditório

“Passage d’un poète” de Alain Tanner apresentado por Roger Francillon
(Documentário, 1961, 6mn,p/b, v.o. em francês)
No livro de C.F. Ramuz, à passagem de um cesteiro, imagem do poeta, as pessoas acabam por juntar-se ao descobrir a poesia e reconciliam-se com elas próprias, com os seus semelhantes e com a sua condição. A evocação de Tanner é ao mesmo tempo homenagem, reconhecimento e biografia.

Seguido da Conferência –
Ramuz precursor, à procura de um estilo para exprimir o país por Roger Francillon Charles Ferdinand Ramuz (1878-1947) é, sem dúvida, o mais importante escritor suíço de língua francesa da primeira metade do Século XX. Apesar de ter situado todos os seus romances nos Cantões de Vaud e Valais, sempre recusou ser considerado como um escritor regionalista. Grande admirador de Cézanne, seguiu o seu exemplo descrevendo o elementar para atingir o universal. Foi no trabalho sobre a língua e a procura de um estilo original que se revelou um precursor, admirado por autores franceses tão diferentes como Claudel e Céline.

Roger Francillon nasceu em 1938. De 1979 a 1985 foi Professor de literatura francesa na Universidade de Zurich. Delegado do Governo suíço para a Fundação Ramuz e, desde 2002, Presidente da mesma. Dirigiu a “Histoire de la Littérature en Suisse Romande” (quatro volumes, Payot, Lausanne, 1996-1999), sendo ainda co-Director do Comité científico para a edição das obras completas de Ramuz. Colaborou na edição dos romances de Ramuz, na “La Pléïade”.

19h00 – Filme no Auditório

“Si le soleil ne revenait pas” filme de Claude Goretta a partir de um romance de Ramuz(1937)
(1987, 112mn, v.o. em francês,legendado em português)
Aninhado na cova de um vale, uma pequena aldeia do Cantão do Valais, de Outubro a Abril, nunca vê directamente o sol. Em 1937, enquanto o rádio recentemente instalado no café difunde notícias alarmantes sobre a guerra civil de Espanha, os habitantes da comunidade acreditam cada vez mais nas vaticínios de Anzévui. Este homem idoso, curandeiro, lê os livros antigos e apregoa que este ano o sol desaparecido não voltará na primavera. Só a resplandecente Isabelle resiste e recusa-se a acreditar na fatalidade.


Quarta-feira dia 22 de Março

Dia do Magrebe

MARROCOS

17h30 – Inauguração da Exposição

CONSTRUIR EM TERRA EM MARROCOS E PORTUGAL por Elie Mouyal, José Alegria
Nos espaços do hall da entrada e do Auditório do IFP, é apresentada, com a colaboração da Embaixada do Reino de Marrocos em Portugal, uma exposição de obras recentes de dois arquitectos que foram pioneiros da renovação das Arquitecturas de Terra em Marrocos e em Portugal - Elie Mouyal e José Alegria.
Utilizando as técnicas ancestrais do adobe e da taipa, valorizando-as com o virtuosismo das artes decorativas do Maghreb e do al Andalus, estes criadores, que estão na vanguarda da geo-arquitectura mediterrânica, utilizam uma linguagem arquitectónica comum valorizada por dialectos bem perceptíveis.

18h00 – Conferência no Auditório

“Arquitectura em terra em Marrocos e Portugal:língua e dialectos” por José Alegria (arquitecto)
Numa época em que os imperativos da globalização determinam uma nova visão do espaço mediterrânico, o exemplo da revivificação das arquitecturas vernaculares de terra em Marrocos e Portugal pode servir como reflexão e estímulo para novas modalidades de cooperação efectiva e inovadora.
A geo-arquitectura constitui, na diversidade das suas tipologias e soluções estéticas, um importante elemento do Património Cultural comum a Portugal e ao Reino de Marrocos.
Nas regiões meridionais de Marrocos e de Portugal, desde há mais de vinte anos, estão a ser concebidas e realizadas obras de renovação e de (re)criação deste Património cuja importância, reconhecida já internacionalmente, reforça a especificidade de uma expressão arquitectónica que utiliza uma língua comum feita de saberes antigos.(José Alberto Alegria, arquitecto)

19h00 – FILME no Auditório

« Les siestes grenadines » filme de Mahmoud Ben Mahmoud,
(2000,França-Tunísia-Bélgica,90 min,35mm,v.o. em árabe,legendado em português)

Wahid Haydar e a sua filha Soufiya regressam à Tunísia depois de uma longa estadia na África Ocidental. De mãe francesa, da qual está separada há seis anos na sequência de um rapto paterno, a jovem Soufiya chega a Tunis muito impregnada da sua herança africana o que já não é do agrado do pai que quer fazer dela uma “criança do país” Mas o país mudou muito na sua ausência. Wahid confronta-se rapidamente com as negociatas e a traição, enquanto Soufiya sentindo que caíu numa armadilha reclama a presença da mãe. Ela trava uma luta difícil para reconciliar os seus pais e impôr a sua diferença numa sociedade tunisina que está muito longe de ter afastado os seus velhos preconceitos face aos negros e aos romis.


23 e 24 Dias da Bélgica

Quinta-feira 23

14h00–17h00 SEMINÁRIO

Apprendre et enseigner avec TV5
TV5 para o ensino,Sala 4 – 3ºandar
Seminário dirigido aos professores de francês tendo como base o programa “7 jours sur la planète”, uma emissão que a TV5 difunde aos sábados de manhã e que dedica, em especial, aos professores e alunos de língua francesa no mundo.

19h00 Filme no Auditório

Rosetta, realização e argumento de Jean-Pierre e Luc Dardenne
(Drama,1999,Bélgica-França-EUA,côr,90mn,v.o. em francês,legendado em português)
Com Emilie Dequenne, Fabrizio Rongione, Bernard Marbaix, Olivier Gourmet, Anne Yernaux
Palma de Ouro Cannes, 1999, Prémio ex-aequo para a melhor interpretação feminina

Rosetta, 18 anos, mãe alcoólica, vive num lugar miserável, um parque de campismo à beira da autoestrada. Diariamente ela parte para a terrível frente de batalha por um emprego. Ela bate-se com a violência e a energia do desespero para conseguir um qualquer lugar. Encontra-o, perde-o, rencontra-o, tiram-lho, retoma-o, sempre obcecada pelo medo de desaparecer, pela vergonha de ser uma deslocada. Ela gostaria de ter uma « vida normal » para existir como ser humano. Este combate quotidiano é filmado de uma forma muito directa e dinâmica, num estilo de semi-documentário.

SEXTA-FEIRA 24 de Março

10h00 – 18h00 SEMINÁRIO
“Le Français parlé” é o tema do Seminário que será animado pela professora da Universidade de Liège, Laurence Wéry

19h00 – FILME no Auditório

Le fils Realização e argumento de Jean-Pierre e Luc Dardenne
Prémio de Interpretação Masculina, Cannes 2002 para Olivier Gourmet
(Drama, Bélgica-França, 2001, 103mn, v.o. em francês,legendado em português)
Com Olivier Gourmet, Morgan Marinne, Isabella Soupart, Rémy Renaud.

Olivier é formador em serralharia num centro de reinserção social. Um dia a directora pede-lhe que acolha Francis, um adolescente desejoso de aprender o ofício. Olivier recusa sob o pretexto de que já tem muitos aprendizes. Olivier integra então o atelier de soldadura. Quem é Francis? Porque é que Olivier o segue e vigia nos corredores do Centro, nas ruas da cidade, no prédio? Porque parece receá-lo? Porquê essa fixação?


Segunda-feira 27 de Março

DIA DA ROMÉNIA

19h00 – FILME no Auditório

Ocidente de Cristian Mungiu
(Comédia, Roménia,2002, 105mn,v.o. em romeno,legendado em francês)
Com Alexandru Papadol

Os pequenos desgostos de todos os dias parecem às vezes muito engraçados.
Só quando acontecem aos outros.
Ocidente é uma comédia sobre nós, sobre o que nos acontece, um olhar irónico-amargo sobre as situações às vezes engraçadas, às vezes ridículas e a maioria das vezes sem solução, em que a vida nos lança na Roménia de hoje. Igualmente, Ocidente é uma história sobre acontecimentos, sobre coincidências, sobre surpresas e sobre o tempo.
Ocidente entrelaça três histórias diferentes que se passam na mesma semana, com personagens cujos trajectos na vida se cruzam, se sobrepõem e se condicionam.

21h00-MÚSICA no Auditório

Recital de Piano e fagote
ILINCA DUMITRESCU(piano) e VASILE MACOVEI (fagote)
No programa : F. Chopin, P. I. Tchaikowsky, S. Prokofiev, George Enescu, Ion Dumitrescu e Paul Constantinesco.

28 e 29 de Março – DIAS DO CANADÁ

O Canadá escolheu dois filmes do realizador canadiano Denys Arcand interpretados pelos mesmos actores com alguns anos de intervalo, para assinalar a sua presença nesta Festa.

Terça-feira 28

19h00 FILME no Auditório

O Declínio do Império Americano Realização e Argumento DENYS ARCAND. Director de Fotografia GUY DUFAUX
Música François Dompierre (baseada em temas de Haendel)
Com Dominique Michel, Rémy Girard, Dorothee Berryman, Louise Portal, Pierre Curzi, Yves Jacques, Genevieve Rioux, Daniel Briere, Gabriel Arcand
[Canadá, 1986, Cor, 101’]

O que pensam realmente as mulheres dos homens?
De que é que falam quando eles não estão presentes?
E os homens, de que falam?
Enquanto Rémy, Pierre, Claude e Alain, professores na faculdade de História, preparam um jantar requintado, as suas companheiras, Dominique, Louise, Diane e Danielle, treinam-se num ginásio de musculação. Os homens falam sobre as mulheres, as mulheres sobre os homens. Destas duas conversas sobressai a mentira de uma época e a busca de cada um deles pela felicidade individual a qualquer preço.
Fantasias, tentação, desejo, indiscrições, infidelidade, confissões, acrobacias e tudo o resto que faz do sexo único assunto sobre que vale a pena falar.
Todos os tabus são hilariantemente expostos neste clássico inesquecível sobre as relações modernas.

Quarta-feira 29

19h00 FILME no Auditório

As Invasões Bárbaras Realização e Argumento de DENYS ARCAND. Director de Fotografia Guy Dufaux. Música Pierre Aviat
Com Remy Girard, Stephane Rousseau, Dorothee Berryman, Louise Portal, Dominique Michel, Yves Jacques, Pierre Curzi, Marie-Josee Croze, Marina Hands, Toni Cecchinato, Johanne Marie Tremblay
[Canadá/ França, 2003, scope,99’, v.o. em francês, legendado em português]
Rémy, divorciado e na casa dos cinquenta, é hospitalizado. A sua ex-mulher, Louise, pede ao seu filho Sébastien que saia quanto antes de Londres, onde ele agora vive. Sébastien hesita; ele e o pai não se tem falado muito desde há alguns anos. Por fim, decide voltar a Montreal para ajudar a mãe e apoiar o pai.
Assim que chega, Sébastien faz tudo o que está ao seu alcance, põe os seus contactos a funcionar e mexe com o sistema de todas as formas possíveis para aligeirar o sofrimento pelo qual Rémy irá ter que passar. Reúne também, à beira da cama do pai, a pandilha que marcou o passado de Rémy: familiares, amigos e antigas amantes.
Em que transformaram nesta era das “invasões bárbaras”? A irreverência, a amizade e a truculência ainda estarão vivas? O humor, o hedonismo, e o desejo ainda povoarão os seus sonhos?
No momento das invasões bárbaras, o declínio do império americano continua…

QUINTA-FEIRA 30 de MARÇO

DIA DA ROMÉNIA

21h00 – TEATRO no Auditório

“Les Chaises” de Eugène Ionesco pela Companhia romena Teatro Daya. Encenação de Chris Simion, representada em francês.
A encenação rompe com as regras do espectáculo clássico e propõe-nos um espectáculo vivo, dinâmico, centrado sobre a imagem, o visual.e não sobre o texto, as palavras. A tónica é posta sobre a expressão corporal dos actores, a coreografia, a pantomima, sem contudo traír o espírito e o humor de Ionesco.
mediante uma compensação financeira. Mas Arthur apaixona-se e já não quer morrer…

SEXTA-FEIRA 31 de MARÇO – ENCERRAMENTO e Início do Ciclo de Cinema Africano

19h00 – Filme no Auditório
O Herói de Zézé Gamboa, apresentado pelo realizador,seguido de debate
Prémio Melhor Primeira Obra, Cartago 2004, Prémio Melhor Filme Estrangeiro,Festival de Sundance 2005,Prémio Melhor Fotografia, Fespaco 2005,Prémio do Público,Festival dos 3 Continestes-Nantes 2004,
O Herói é a primeira longa-metragem rodada em Luanda após a guerra civil e conta a história de várias pessoas que tentam recomeçar a vida num país devastado pelo conflito.

21h00 – Bufete francófono

Para o encerramento o países envolvidos oferecem uma festa gastronómica.
Para degustar: especialidades belgas, canadianas, francesas, luxemburguesas, marroquinas, romenas, suiças e tunisinas.
Estão todos convidados!

Segue a minha Voz de Gonçalo Salgueiro

Em entrevista ao semanário Expresso, o fadista Gonçalo Salgueiro regressa com um novo álbum intitulado «Segue a Minha Voz».
O músico português apresenta um disco com canções inéditas, com algumas referências a escritores conhecidos, entre os quais Pablo Neruda e Florbela Espanca.
E, como não podia deixar de ser, canta um fado feito em homenagem a Amália Rodrigues, fadista já homenageada no seu primeiro álbum.

Qual a corrente de fado em que se integra?

Eu não gosto de categorizar o fado, não me integro em nenhuma corrente e integro-me em todas.
Desde que seja por respeito à arte que é o fado no seu geral, no seu todo, desde que respeite os sentimentos, os poemas, é nesse fado que eu me insiro.

Acha que canta o fado de forma clássica ou renovadora?

Eu canto o fado à minha maneira, agora se é clássico ou renovador, não sei [risos], isso vão ter que ser as outras pessoas a julgar, porque eu não tenho capacidade para isso.
Canto o fado à minha maneira, como posso, como o sinto.

O que traz este disco de novo em relação ao primeiro álbum?

O que tem de novo para já são os vários temas inéditos.
A grande diferença é que o primeiro foi um álbum de homenagem a Amália.
Portanto, foi um álbum que tratava da recriação de temas da Amália.

Neste disco, a maior parte do temas foi feita expressamente para mim, temas que, na sua maioria, são inéditos, sendo uma afirmação pessoal enquanto homem, enquanto artista.

Qual foi o critério de selecção dos temas para este novo trabalho?
Seguiu um critério pessoal?

Completamente pessoal.
A escolha dos temas é toda da minha responsabilidade.

A maior parte dos poetas que escolhi são nomes sonantes, mas não foi isso que me levou à escolha.
O facto de serem poemas que me fazem chorar e o facto de serem poemas que me fazem sonhar - foi esse o meu critério de escolha dos fados que canto neste álbum.

Porque aceitou musicar um poema de Florbela Espanca?

Eu pedi para que me musicassem, entre outros, um poema da Florbela Espanca porque são quadras muito bonitas, de que eu gosto muito. Aliás, como de toda a obra dela.
Sou um fã de Florbela Espanca.

Também colocou em pauta um texto de Pablo Neruda. Porquê?
O que significa ele para si?

Quanto ao Pablo Neruda, esse poema tem uma história, porque foi um soneto que o Neruda escreveu enquanto via Amália cantar em Paris e entregou-lho para ela cantar.
Pediu para que ela o cantasse como um fado e disse que o tinha escrito para ela.
Acho que o poema ficou perdido durante muito tempo, perderam-se as duas cópias.
Mas há muito pouco tempo o poema apareceu e foi entregue a outra fadista, cá em Portugal, para gravar, a D. Fernanda Maria.
E uma vez, por brincadeira, ela estava em ensaios e eu comecei a cantar o fado e ela gostou e portanto deu-mo para gravar [risos].

Cantar é Rezar de Frei Hermano da Câmara

O novo disco de Frei Hermano da Câmara, "Cantar é Rezar" estará a partir de amanhã disponivel para venda, em qualquer discoteca do país.

Frei Hermano da Câmara é um dos principais nomes da música tradicional-religiosa.

Com uma carreira bastante vasta, será, porventura, um dos raros cantores da actualidade que vai buscar às raízes do fado e aos textos religiosos a base sonora das suas canções.

As orquestrações e direcção musical de "Cantar é Rezar" ficaram a cargo do maestro José Marinho.

Participa neste disco, como compositor, Paco Bandeira nos temas "Poetas Sonhadores" e "Sina Cigana".

O Coração dos Homens de Hugo Gonçalves

Será lançado no próximo dia 21, em Lisboa, o mais recente trabalho de Hugo Gonçalves- "O Coração dos Homens".

Todas as mulheres são expulsas de uma Cidade-Estado, as suas memórias apagadas.
Um grupo de amigos - Ele, Mau e Grande - cresce nesse universo exclusivo de homens em que o pugilismo se tornou no desporto nacional, a força física uma qualidade e as emoções um sinal de fraqueza.
Eles atravessam a decadência da Cidade nas suas motos, procurando o perigo e as lutas de rua. Mas um dia enfrentarão o resto do mundo, as mulheres, e terão de confrontar-se com a brutalidade da sua própria natureza.
O coração dos homens vai ao fundo da amizade masculina, fala da contenção dos sentimentos, da solidão, dos impulsos sexuais e do corpo como único instrumento de prazer.

Hugo Gonçalves integrou as equipas que fundaram a revista Focus, Sábado e Atlântico. Colaborou, em Nova Iorque e Lisboa, com o Diário Económico, Diário de Notícias, Egoísta, Elle, Jornal de Notícias, Maxmen e Visão.
Recebeu o Prémio Revelação do Clube Português de Imprensa.
Em 2004 publicou O Maior Espectáculo do Mundo, o seu primeiro romance.
Vive em Madrid onde continua a escrever para diversas publicações portuguesas.

Feira do Livro Manuseado de Lisboa



Trata-se de um evento cultural de promoção do livro e da leitura com milhares de obras das diversas áreas temáticas e géneros literários dos fundos editoriais das editoras, livros para todas as idades e gostos a preços muito reduzidos.

A Feira do Livro Manuseado é organizada desde a sua primeira edição com a Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa.
Trata-se de uma realização com características inéditas onde os editores aproveitam para promover preços de saldos livros com pequenas mazelas mas de conteúdo intocável, edições antigas, fins de edição e edições antigas e por vezes já raras.
Um mar de livros ao alcance de todos e onde se perdem os que gostam da leitura.

Esta iniciativa tem início dia 20 de Março, na Rua Augusta em Lisboa, terminado a 2 de Abril.

quinta-feira, 16 de março de 2006

"Love Affair" - Exposição de Isabel Garcia

Dia 11 de Março, foi inaugurada a Exposição “Love Affair”, de Isabel Garcia, no Convento dos Capuchos em Almada.
Este concelho aposta sobretudo na área da Cultura e das Artes, sendo de destacar o crescente empenho na divulgação destas áreas na comunidade. Estiveram presentes algumas figuras publicas, das quais se destacam a Presidente de Câmara, Maria Emília Neto Sousa, o Vereador da Cultura, António de Matos, entre outras.
Esta exposição trata sobretudo o tema da mulher e a sua relação com a sociedade.
Nesta obra a autora faz um exercício já experimentada por muitos pintores que consiste numa reflexão plástica ligada á mulher e á sua beleza feminina.
Esta exposição tem três momentos essenciais, que apesar de poderem, cada um por si, ter vida própria, mantêm-se e sustentam-se através de várias faces de um mesmo discurso.
Os diferentes espaços ficam assim repletos de certezas e de incertezas, criando uma expressão temporal de construção, gesto a gesto, dando assim origem a diferentes objectos.
Isabel Garcia tem como ideal o investimento do corpo e as mãos construtoras como extensão do pensamento, dando asas á sua imaginação.