sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Do Rio para Portugal com Ponto de Equilibrio


A banda Ponto de Equilíbrio, actua pela primeira vez em Portugal, surgiu no final de 1999, no Rio de Janeiro, com a proposta de conscientização através da linguagem do autêntica reggae rastáfari.

No ano seguinte, o grupo gravou o primeiro CD, contendo as músicas “Árvore do Reggae”, “Lágrimas de Jah”, “Rastafará”, “Odisséia na Balilônia” e uma versão própria de “Soul Rebel”, de Bob Marley.

O segundo CD foi gravado em 2003 e contou com 10 faixas, sendo este o embrião do álbum “Reggae a Vida com Amor”, que a Deckdisc lança e distribui para todo o Brasil.

As músicas “Aonde vai Chegar? (Coisa Feia)”, “Ponto de Equilíbrio”, “Poder da Palavra” e “Só Quero o que é Meu” agradou em cheio os fãs de reggae e popularizou a banda em escala nacional.

Nos últimos 10 anos, o Brasil conheceu um alicerceamento do reggaeenquanto música popular.

Não falo do reggae tocado aqui ou acolá, dentro do repertório de alguns expoentes da música brasileira como Gilberto Gil, Caetano Veloso ou Alceu Valença, mas quero citar a música Reggae feita por defensores muito mais enraizados nas suas possibilidades sonoras e culturais.

Neste bojo, vimos chegar Natiruts, Cidade Negra e até mesmo o Skank.

Mas com o tempo, tanto o público quanto a maneira de tocar de alguns músicos foram se especializando no género e é por isto que o Ponto de Equilíbrio, banda de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, merece realmente um destaque. Os seus músicos, conseguem, através de uma paixão cada vez mais próxima à cultura jamaicana, transcender ao lugar-comum das bandas do género que se espalham pelo mundo fora.

Hoje, o Ponto de Equilíbrio atinge uma sonoridade ao vivo e nos discos equivalente às melhores bandas dos anos 70, com influências de dub, nyabinghi e até mesmo de samba, o ritmo mais pulsante do bairro onde a banda se baseia.

Nos textos, a banda passeia pelo rastafarinismo para se aproximar de outras filosofias da cultura negra, que a diáspora africana acrescentoutão fortemente para diversas etnias e culturas ocidentais.

Logo, Reggae a Vida com Amor, óptimo álbum de estreia, abre os trabalhos com um dos maiores hits do reggae brasileiro, “Jah Jah MeLeve”.

Quem ainda não ouviu nos shows vai ouvir o CD e sair cantando o refrão, quase impossível de não memorizar.

Outra faixa que eu destacaria, já um hit entre os fãs e primeira música de trabalho, chama-se “Aonde vai Chegar? (Coisa Feia)”.

Para mim,tem uma métrica e um desenrolar de história muito parecida comalgumas canções e crônicas do partido-alto (samba), como o clássico“Falador Passa Mal”, do Originais do Samba.

Isso mostra que o samba influenciou o Ponto de Equilíbrio não só em algumas passagens rítmicas, mas também na configuração temática.

A canção “A Nossa História” se destaca pelo arranjo criativo que começa com um nyabinghi bem melodioso e deságua num rocksteady. A música que dá nome à banda ou vice-versa é um Reggae Roots bem melódico, com uma frase que vale a pena ser lembrada: “Do que valem os dreads se as palavras são em vão?”.

Em uma época de“Freak Dreads” esta letra é no mínimo curiosa.

Para finalizar, a música“Ame sua Missão”, com uma letra consciente e um reggae bem arrastado, com uma tendência para o dub feito por quem conhece. Vale a pena conferir este novo trabalho, que já é uma referência do reggae brasileiro. Marcelo Yuka

Em Abril de 2004, o Ponto de Equilíbrio alcançou o CD de Ouro com este segundo álbum, um dos discos independentes mais vendidos no Brasil (50 mil cópias).

Em cada show, o grupo foi conquistando um público cada vez maior e mais fiel.

O conteúdo das letras denuncia as desigualdades sociais geradas pelo sistema capitalista, alerta para um chamado espiritual de amor, verdade e justiça e mobiliza o povo na luta por seus direitos.

O nome Ponto de Equilíbrio resume o objetivo dos integrantes do grupo: o equilíbrio entre o céu e a terra, o positivo e o negativo, o bem e o mal; todos são faces da mesma moeda e estão opostos porque assim se harmonizam.

“Esse é o ponto que todos nós buscamos e para onde todos retornaremos, quando for terminada nossa missão nessa vida”, explica a banda.

Veja algumas actuações da banda clicando aqui.

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Ondas Invisiveis estreia em exclusivo no King




Ondas Invisíveis é um melancólico e violento thriller, que retrata a fuga do desesperado Kyoji depois de matar a amante, Seiko.

Seiko era também a mulher do chefe de Kyoji, Wiwat, que ao descobrir o romance, contrata Kyoji para a matar.

Num cruzeiro para a Tailândia, onde Kyoji planeia ir para se esconder, conhece a bela e misteriosa Noi.
Ela cativa de imediato Kyoji, mas as suas vidas já se encontram entrelaçadas de uma maneira que ele nunca imaginará.

Kyoji é dominado pela culpa dos seus actos e parece que até o seu ambiente o está a castigar.

Não só a sua viagem para Phuket é apimentada por um silêncio ameaçador, mas quando chega à Tailândia os seus problemas tornam-se ainda mais mortíferos.

Kyoji cedo descobre a verdade sobre Noi, enquanto luta para sobreviver ao homem que o seu chefe enviou para o matar, bem como à culpa que originou esta viagem.

Kyoji eventualmente regressa a casa… irritado, magoado, vivo e à procura de vingança.


Um filme de: Pen-Ek Ratanaruang
Com: Asan O Tadanobu e GANG Hye Jung


O que a imprensa internacional escreveu:

“Um trabalho que vangloriza as fantásticas imagens e, um extra e lacónico estilo de realização…” Dan Fainaru, Screen Daily

“Uma maravilhosa volta pelo humor absurdista e pela comédia física existencial”.
Kirk Honeycutt, The Hollywood Reporter

As Vacas que invadiram Lisboa vão a leilão

World Press Photo e Prémio de Fotojornalismo

O Centro Cultural de Belém volta a acolher a World Press Photo 2006 e o Prémio Fotojornalismo VISÃOBanco Espírito Santo numa exposição única, onde dezenas de imagens retratam os momentos mais marcantes de 2005 e o que de melhor se faz em fotografia para imprensa a nível internacional e nacional.

O júri internacional do 49º concurso anual da World Press Photo elegeu a fotografia a cores do fotógrafo canadiano Finbarr O'Reilly, da Agência Reuters, como a imagem World Press Photo do ano 2005.

Tirada em Tahoua, a 1 de Agosto de 2005, a fotografia mostra os dedos emaciados de uma criança de encontro aos lábios da sua mãe num centro de alimentação de emergência no noroeste do Níger.

Uma praga devastadora de gafanhotos e a pior seca das últimas décadas deixaram milhões de pessoas sem alimentos naquele estado africano.

O presidente do júri, James Colton, descreve assim a imagem vencedora: "Esta fotografia persegue-me desde que a vi pela primeira vez. Permaneceu na minha cabeça, constante, mesmo após ter visto os milhares de outras fotografias a concurso. Esta imagem tem tudo - beleza, horror e desespero. É simples, elegante e comovente."

Este ano, 4.448 fotógrafos profissionais de 122 países submeteram 83.044 imagens a concurso. As sessões do júri decorreram em Amesterdão de 28 de Janeiro a 9 de Fevereiro e foram totalmente digitais.

Nesta 6ª edição, o Prémio Fotojornalismo VISÃO/Banco Espírito Santo foi atribuído a Pedro Correia do Jornal de Notícias, na categoria de Reportagem, com uma imagem que retrata a tristeza e comoção durante o funeral de um agente da PSP, morto na Amadora, a 20 de Março de 2005.

Os outros vencedores por categoria foram Luís Ramos em "Vida Quotidiana", Leonel de Castro em "Notícias", Bruno Simões em "Retrato", Paulo Cordeiro em "Desporto", Mário Príncipe em "Espectáculo", e Joel Santos em "Natureza".

Os premiados foram anunciados a 31 de Março por um júri presidido pelo fotojornalista James Nachtwey (colaborador regular da revista "Time" e fundador da agência de fotografia VII), que teve a seu cargo escolher os melhores trabalhos portugueses de fotojornalismo, entre as mais de 5.500 imagens a concurso e os 204 fotojornalistas inscritos - números que demonstram que este Prémio constitui o maior galardão nacional nesta área.

Estas exposições inauguram no dia 28 de Setembro às 22h00 e abrem ao público no dia seguinte, a partir das 10h00, no Centro de Exposições do CCB.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Fonzie a 30 de Setembro em Sesimbra

O Homem que desenhava na Cabeça dos outros


Uma Novidade a não perder.

Fat Freddy com novo disco



Novo disco de Fat Freddy nas lojas dia 30 de Outubro


Eles provaram do veneno, mudaram de pele, embarcaram numa viagem espacial e regressaram como duo machine - um ataque hipnótico em tons ancient sci-fi rock.


Encerrado o capítulo «Fanfarras de Ópio», de 2003, os Fat Freddy partilham agora episódios de uma incursão por planetas inóspitos.

Surf sem prancha, rock n' roll com suor, electrónica maquinal, uma guitarra tresloucada e uma bateria extasiada.

Poderá ser a banda-sonora de uma vida de filmes de ficção científica manhosa, pré-histórica, de série Z.

Ou então, não...

Entre a Terra e uma outra galáxia, os Fat Freddy estão de volta, agora com o terror, o fantástico e o erótico!

O segundo longa-duração dos Fat Freddy, sem título, tem 9 temas originais, igualmente sem título, e uma versão de «The Model», dos Kraftwerk.

A editar pela Cobra Discos dia 30 de Outubro.

Chico Buarque apresenta Carioca no Casino Espinho

A 28 de Outubro o Casino Espinho recebe Chico Buarque, um dos maiores ícones da música brasileira que, num jantar-concerto repleto de sons e de registos da MPB, "veste de cores quentes" aquele espaço.

Assim, depois de oito anos afastado dos palcos, o autor de "Sinhazinha","Você vai me seguir" e "Olhos nos olhos" vem a Portugal apresentar o últimotrabalho.

"Carioca" dá o mote para uma noite animada no Salão Atlântico ao bom estilo do cantor brasileiro.

O álbum integra 12 canções inéditas, entre as quais "Imagina", uma homenagem ao amigo Tom Jobim e conta com aparticipação de Edu Lobo e Ivan Lins.

Compositor, intérprete, poeta e escritor, Chico Buarque é uma referência do panorama musical das últimas quatro décadas pelo requinte melódico, harmónico e poético das obras que compõe e interpreta.

O desejado regresso à composição é assinalado num registo diferente do habitual, que retrata igualmente as vivências da "cidade maravilhosa".

ChicoBuarque é um exímio declamador da beleza brasileira e apresenta "Carioca" no Casino Espinho como um relato das origens

Schostakovich Desconhecido no CCB

CICLO SCHOSTAKOVICH:
THE UNKNOWN SHOSTAKOVICH (Schostakovich Desconhecido) –
Documentário
Realizado por PETER ROBERTSON
Autoria e produção de LEWIS OWENS
28 SET. 5ª FEIRA 21H
SALA LUÍS DE FREITAS BRANCO CCB


Duração aproximada: 1h30 s/intervalo
Legendado em português

Produzido para estreia em televisão no ano do centenário, este documentário, com uma duração de 50 minutos, foi realizado por Peter Robertson e escrito e produzido por Lewis Owens, presidente da Sociedade Schostakovich na Grã-Bretanha.

O filme esclarece-nos sobre a dimensão privada do grande compositor russo, nascido em 1906 e falecido em 1975.

Filmado em São Petersburgo, Moscovo, Paris, Viena, Londres, Lucerna e Milão, contém entrevistas com intérpretes da sua música, membros do seu círculo de amigos e com o seu filho Maxim.

Participam no filme, entre outros, o maestro Valery Gergiev, o pianista Vladimir Ashkenazy e o poeta Yevgeny Yevtushenko.

O documentário apresenta também detalhes sobre o diário pessoal de Schostakovich – no qual ficamos a conhecer a sua paixão pelo futebol – e primeiras execuções de obras como a transcrição da 4.ª Sinfonia para dois pianos e excertos de um quarteto inacabado.

A apresentação do documentário será feita pelo seu autor, Lewis Owens, que no final discutirá com o público aspectos da vida e da obra de Schostakovich.


LEWIS OWENS estudou no Queen’s College, Universidade de Cambridge onde, entre 1993 e 1996 obteve o B. A. (Bachelor of Arts) em Filosofia e Teologia.
Foi galardoado com Distinção Máxima em Dissertação. Entre 1996 e 2000 concluiu o doutoramento em Filosofia/Literatura.
Em Outubro de 2003 assumiu o cargo de presidente da UK Shostakovich Society e trabalhou de perto com os centros Schostakovich em Paris e Moscovo, bem como com a família de Schostakovich e os mais prestigiados músicos e orquestras.
Juntamente com Maxim Schostakovich, irá abrir no próximo mês o novo Arquivo Schostakovich no Centro de Música Russa do Goldsmiths College, Universidade de Londres.

Na sequência do seu doutoramento começou a leccionar no Queens’ College, Universidade de Cambridge. É membro do Centro de Música Russa do Goldsmiths College, Universidade de Londres, e já editou inúmeras publicações e apresentou conferências sobre Filosofia e Arte.


PETER MURDAY ROBERTSON nasceu em 12 de Julho de 1944 em Blyth, Inglaterra. Estudou Química na Universidade de Newcastle upon Tyne, entre 1965 e 1969, onde concluiu o bacharelato e o doutoramento.

Após doze anos de trabalho no Swiss Federal Institute of Technology, dedicou-se à indústria e liderou inúmeras empresas, tais como R+D na ATMI, FPM Analytics, Zellweger Analytics and Philips.
Fundou a sua própria companhia, Chemro AG, em 1991. Fez consultoria para a Soudronic, Shell, Amsterdam Hofmann-LaRoche, Basel.
Foi membro de diversas comissões científicas como Swiss Sensor Society, UNESCO e European Federation of Chemical.
Foi autor e co-autor de mais de 40 publicações científicas e de dez patentes.

Paralelamente, dedicou-se aos seus dois passatempo favoritos: o cinema e a música.

Em 1960 a fotografia tornou-se um hobbie muito frequente e venceu concursos fotográficos na escola. Em 1962 começou a filmar com uma câmara de oito milímetros.

Foi em 1961 que descobriu a música de Schostakovich. Daí em diante o seu interesse pelo cinema e pela música foi sendo cada vez maior.
Em 1966 foi secretário da Newcastle University Film Society e cameraman em algumas produções de estudantes.
Em 1967 obteve o 1º prémio como realizador atribuído pela Northern Arts Association, pelo seu filme Trio-KDF9.
Em 1987 começou a trabalhar em vídeo e em 1999 em computador.
Em 2001 adquiriu uma DVCAM camcorder especificamente para o projecto Schostakovich e, em 2005, iniciou uma colaboração com Lewis Owens, que teve como resultado o documentário “The Unknown Shostakovich”, apresentado pela primeira vez em 2006 na televisão sueca.


DMITRI SCHOSTAKOVICH nasceu em São Petersburgo, no dia 25 de Setembro de 1906. Mostrou uma precoce aptidão musical e estudou no Conservatório com Steinberg, Nikolaev e Glazunov.

A Revolução Russa de 1917 inspirou as suas primeiras tentativas sérias de composição que incluíram uma Marcha Fúnebre para as Vítimas da Revolução de Outubro.

Com a sua 1.ª Sinfonia – que obteve grande sucesso internacional seduzindo maestros como Toscanini, Bruno Walter e Klemperer – Schostakovich foi reconhecido na União Soviética como o compositor mais importante da sua geração e seguiu-se rapidamente um pedido para compor uma 2.ª Sinfonia, a fim de assinalar o 10.º aniversário da Revolução de Outubro. O jovem Schostakovich provou a sua versátil criatividade no teatro, no cinema e nas salas de concerto, identificando-se com as tendências mais progressivas da sua época.
Foi a sua 2.ª ópera, Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk (e não O Nariz, a sua primeira ópera, radicalmente mais moderna), que levou à primeira crise da sua carreira quando, em 1936, o jornal Pravda (órgão oficial do Partido Comunista da União Soviética) a classificou como “Cacofonia em vez de Música”.

Depois da Segunda Grande Guerra, na companhia de outros distintos colegas, entre eles Prokofiev, Schostakovich encontrou-se com a segunda reprimenda do Partido que denunciou o seu recente trabalho como “formalismo burguês” (música sem conteúdo).

A liberalização anexa às políticas de Kruschev trouxe a sua reabilitação e o reconhecimento estatal.
As suas obras do último período são uma confrontação pessoal com a morte.
Pouco tempo após completar a sua elegíaca Sonata para Viola e Piano, o compositor sucumbiu a um ataque cardíaco em Moscovo, no dia 9 de Agosto de 1975.
[…]
Filipe Pinto-Ribeiro
Excerto do texto publicado no Jornal Schostakovich
CCB, Setembro de 2006

Ciclo Internacional de Jazz 2006 em Oeiras

GRANDES NOMES DO JAZZ EM OEIRAS


O Trio Mário Laginha, o Carolyn Leonhart Quintet e o Jeremy Pelt Quartet vão actuar em Oeiras no Ciclo Internacional de Jazz 2006, que pretende fazer ouvir músicos/compositores das mais jovens gerações com trabalho reconhecido pela crítica e pelo público.
Os espectáculos terão lugar, de 28 a 30 de Setembro, às 22H00, no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, localizado no Centro Cívico de Carnaxide.

Os primeiros a subirem ao palco, no dia 28, são os portugueses Mário Laginha (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria) que constituem o Trio Mário Laginha.

Mário Laginha, pianista e compositor, é por muitos considerado como sendo um dos músicos portugueses mais talentosos e inovadores. Tocou e gravou com Maria João, Wayne Shorter, Ralph Turner, Django Bates, Trilok Gurtu e Julian Arguelles, entre outros. O seu estilo único, fora do vulgar, reflecte-se no seu CD “Hoje”.

Ao longo da sua carreira já teve a oportunidade de compor para a NDR Big Band, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Sinfónica do Porto, a Orquestra Filarmónica de Hannover e para o Grupo de Percussão Drumming. Enquanto pianista tem trabalhado em duo com Bernardo Sassetti, e igualmente com Pedro Burmester.

Segue-se, no dia 19, o Carolyn Leonhart Quintet, proveniente dos Estados Unidos da América.
Neste espectáculo Carolyn Leonhart, reconhecida cantora de Jazz da actualidade, far-se-á acompanhar por Wayne Escoffery (saxofones tenor e soprano), Orrin Evans (piano), Hans Gladwischnig (contrabaixo) e Donald Edwards (bateria).

Filha de mãe cantora (Donna Leonhart) e pai contrabaixista (Jay Leonhart), Carolyn cedo se mostrou uma talentosa cantora.
Aos 16 anos, já se apresentava no famoso clube Blue Note, de Nova Iorque, no grupo do seu pai.
Diz ela que, hoje em dia, continua a sentir-se inspirada pela música de Miles Davis, John Coltrane, Woody Shaw e Wayne Shorter. O irmão, Michael Leonhart, é trompetista e pianista. Foi ele quem a convenceu a estudar canto e composição na famosa Eastman School of Music, onde viria a formar-se.
Premiada no Concurso Internacional Thelonious Monk, Carolyn apresentou-se pela primeira vez na Europa, com músicos suíços, em 1998, com os quais gravou em 2000. Volta em nova digressão em 2004, desta vez na companhia de Al Jarreau. Nesse ano gravou o seu quinto disco, “New 8th Day”, com o quarteto que a acompanha em Oeiras, que inclui várias composições para as quais escreveu letras originais.

Por último, no dia 30, actuará o Jeremy Pelt Quartet, também dos EUA, constituído por Jeremy Pelt (trompete), Frank Locastro (piano), Vicente Archer (contrabaixo) e Eric McPherson (bateria).

O trompetista Jeremy Pelt foi classificado pelos críticos da revista “Down Beat” na categoria de “rising star” em 2006.


Jeremy chegou a Nova Iorque em 1998, após se formar na Berklee College of Music.
Estreou-se na Mingus Big Band e nos últimos anos tem tocado com inúmeros nomes famosos do jazz como Frank Wess, Jimmy Heath, Frank Foster, Nancy Wilson e Cedar Walton.
Participou em mais de 30 CD, quatro deles como líder. “Identity”, de 2005, é um disco que recebeu elogiosas críticas. Mas já em 2003, no CD “Close to my heart”, Jeremy mostrava ser um inspirado solista e excelente compositor.


Bilhetes à venda na Loja da Câmara Municipal de Oeiras do Oeiras Parque, das 11H00 às 20H00 e no Auditório Ruy de Carvalho nos dias dos espectáculos, a partir das 18H00 e até ao final das actuações, com excepção de dia 30 que encerrará às 22H00.
Outros locais de venda: FNAC, Lojas de viagens ABREU, http://www.ticketline.sapo.pt/ (Reservas/Informações: 707 234 234)

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Ciclo de Cinema Digital "delicatessen"

No seguimento da décima edição do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa, o Goethe-Institut iniciou, no dia 25 de Setembro, o Ciclo de Cinema Digital "delicatessen".

As sessões decorrem nas instalações desta instituição, onde também se podem comprar os bilhetes (1,50€), a partir das 18h30.

Estão programados os seguintes filmes:

26.09. - 19h00

Vizinhas

de Franziska Meletzky, Alemanha, 2004, 88 min., leg. em inglês

A vida monótona e ordenada de Dora Dagmar Manzel descontrola-se quando se vê obrigada a acolher em sua casa Jola, uma vizinha polaca que tem tanto de misteriosa como de fascinante. Jola está convencida de ter cometido um crime passional. Contra sua vontade, Dora esconde-a e acaba por não conseguir defender-se do fascínio de Jola. A confiança de Dora naquela mulher impulsiva e directa cresce - sobretudo porque Jola tem a coragem de se interrogar sobre as questões que, de resto, ninguém parece ousar colocar. É então que Dora vem a saber que todas as acusações de homicídio contra Jola caíram completamente por terra. Mas, em vez de avisar a amiga, Dora chega mesmo a mentir-lhe sobre o estado das investigações da polícia, só para a manter em sua casa.


27.09. - 19h00

Intimidades

de Lukas Schmid, Alemanha, 2003, 71 min., leg. em português

Onde é que ainda ocorrem momentos íntimos num sítio em que a intimidade é exposta com toda a crueza? À procura desses instantes voam para Mallorca elementos da Cazzo-Film - uma firma de produção porno gay - uma equipa da televisão e Lukas Schmid, um realizador de documentários. Este é um filme que, à primeira vista, pode parecer um assalto, um filme que oscila entre as zonas limite da quebra do tabu, mas que, simultaneamente, chega a atingir momentos de uma grandiosa e, por vezes, terna intimidade

28.09. - 19h00

Graffiti Artist

de Jimmy Bolton, EUA 2004, 80 min., versão original (inglês)

Nick deambula durante a noite por Portland, para pintar paragens de autocarros, fachadas de prédios e vagões de caminhos-de-ferro com os seus tags e graffitis. Numa das suas incursões encontra Jesse, por quem se sente imediatamente fascinado. Entre os sprayers desenvolve-se uma curta amizade carregada de conflitos, que rapidamente se desfaz, devido às diferentes expectativas de cada um deles. «Graffiti Artist» é o comovente retrato de um jovem que se afasta conscientemente da sociedade mainstream.

29.09. - 19h00

Horst Buchholz - O meu Papá

de Christopher Buchholz e Sandra Hacker; Alemanha, 2005, 90 min, leg. em inglês

Horst Bucholz era um típico «rapaz de Berlim», de origem humilde mas que, enquanto actor, chegou a adquirir fama mundial. Christopher, o seu filho, iniciou há quatro anos um diálogo filmado com e sobre o pai. Uma tentativa de aproximação a uma pessoa cheia de contradições e cuja principal característica parecia ser não gostar de falar de si próprio. Desenvolveu-se assim um jogo de gato e rato entre um pai que, a pouco e pouco, desiste de viver e um filho que, simplesmente, não quer aceitar isso. Em Março de 2003 Horst Buchholz morreu inesperadamente. Christopher continuou à procura de pistas que conduzissem ao pai. Passou então a colocar as suas perguntas frontais à mãe, Myriam Buchholz Bru, e à irmã Béatrice. O resultado é um documento honesto e, simultaneamente, uma tragicomédia que nos oferece uma visão invulgar da vida de uma estrela mundial.

Goethe-Institut (Instituto Alemão)
Campo dos Mártires da Pátria, 37
1169-016 Lisboa
Tel.: (00351) 218 824 510
Fax (00351) 218 850 003
www.goethe.de/lisboa

70 anos da Guerra Civil de Espanha

Encontro com Khady Koita no ISCTE

O Centro de Estudos de Antropologia Social (CEAS/ISCTE), em colaboração com a

ASA Editores e a Associação para o Planeamento da Família (APF) vai realizar no dia 29 de Setembro (sexta-feira), pelas 18h no auditório B.103 do ISCTE, um debate subordinado ao tema «Direitos Humanos e Tradições: A Mutilação Genital» a propósito da vinda a Portugal da autora senegalense e Presidente da Rede Europeia de Luta Contra a Mutilação Genital, Khady Koita.

O debate contará com a presença da autora Kadhy Koita, de Teresa Cláudia Tavares (representante da Amnistia Internacional, secção portuguesa), de Virgínia Neto (PROSAUDESC e Gabinete de Saúde do ACIME), Yasmina Gonçalves (Psicóloga, APF) e será moderado pela antropóloga Maria Cristina Santinho (Núcleo de Saúde do CEAS).

Centro de Estudos de Antropologia Social (CEAS)
Ed. ISCTE, Av. Forças Armadas
| 1600-083 Lisboa

Mundo Mix Pt












Jazz em Tomdela pelo ACERT

Jazzin'Tondela 2006

Programa de Concertos








Temos boas razões para estar confiantes na adesão do público aos aliciantes concertos que reserva o programa da presente edição:
Mike Westbrook, grande nome do jazz mundial revelando o seu génio num espectáculo que se deseja ímpar pela singularidade e talento de uma carreira de quarenta anos de êxitos e ousadia musical.
Floros Floridis, instrumentista grego de excepção na revelação de um jazz contemporâneo engenhosamente construído num percurso com grandes nomes do jazz internacional.


Ester Andújar, das vozes mais prestigiadas do jazz espanhol da actualidade, num tributo a um dos maiores vultos do jazz, Cole Porter.
E, como não poderia deixar de ser, o jazz nacional a partilhar palco com as presenças internacionais, em concertos especiais carregados de surpresas:

Carlos Bica em espectáculo único, tendo como convidado o guitarrista Mário Delgado. Um reencontro a deixar antever o matar de saudades de quase vinte anos...


O projecto Ficções, apresentando um jazz pleno de sonoridades multiculturais, servido por músicos de eleição.
O Trio de
Ruben Alves num concerto onde se celebra o jazz português com a virtuosidade de três grandes músicos.
O Quarteto de
Carlos Peninha a honrar a persistência de um músico desta região no desenvolvimento de um jazz singular onde a poética também é protagonista.
Drumming - Grupo de Percussão, numa demonstração da importância da abordagem inovadora das distintas estéticas musicais.


Duas exposições de artes plásticas assinalarão esta edição do Festival, prolongando alternativas de fruição ao público.

Todo um programa com sedutoras propostas musicais para o espectador que se deixa contagiar pela boa música...
Reserve, neste início de Outono, um espaço para viver o jazz n'ACERT!

ACERT - Associação Cultural e Recreativa de Tondela
R. Dr. Ricardo Mota, Apartado 118, 3461-909 Tondela T 232 81 44 00, F 232 81 44 09, E
geral@acert.pt, www.acert.pt


apoio Ministério da Cultura | Instituto da Artes | Câmara Municipal de Tondela

Patrocinadores Oficiais ACERT 2006

Patrocínios Oficiais ACERT'06

7ª Festa do Cinema Francês

FESTA DO CINEMA FRANCÊS

De 4 de OUTUBRO a 21 DE NOVEMBRO 2006

EM

LISBOA - PORTO - COIMBRA - FARO - ÉVORA - ALMADA e FUNCHAL




Esta sétima edição da Festa do Cinema Francês decorre entre 4 de Outubro e 21 de Novembro em sete cidades (Lisboa, Porto, Coimbra, Faro, Évora, Almada e Funchal), tendo como parceiros principais as respectivas Câmaras Municipais.

A 7ª Festa do Cinema Francês é:

.32 ante-estreias nacionais e/ou absolutas de filmes recentes de produção francesa

.Presença de uma delegação artística que acompanha os diferentes filmes de abertura

.7 cidades de norte a sul, do litoral ao interior e ainda na ilha da Madeira.

.Homenagem ao canal de televisão a 2:

.A "História dos Cahiers du Cinema em 20 filmes"

.Uma programação especial na RTP1 e na 2:

. Um sítio Internet

.Um Portal Móvel

Onde? : Lisboa - Cinema São Jorge e Instituto Franco-Português

"História dos Cahiers..." - Cinemateca Portuguesa e IFP

Porto : Teatro Municipal Rivoli e Cinemas Cidade do Porto

Coimbra: Teatro Académico Gil Vicente

Faro: Teatro Municipal de Faro e Cinemas SBC

Évora: Auditório da Universidade de Évora

Almada: Auditório Fernando Lopes Graça

Funchal: Teatro Baltazar Dias


Matriz Fashion procura modelos


A Associação Cultural e Recreativa da Matriz (ACR) organiza, com o apoio da Câmara Municipal, o “Matriz Fashion”, um evento de moda que inclui um casting, uma exposição temática e ainda um desfile para a colecção Outono/Inverno.

O casting é dirigido a jovens modelos, com idades compreendidas entre os 14 e os 25 anos, e terá lugar no dia 30 de Setembro e 1 de Outubro, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h00 , na sede da ACR Matriz.

No dia 21 de Outubro, os seleccionados no casting sobem ao palco para um desfile, com hora marcada para as 21h00, no Salão Nobre na ACR Matriz. Paralelamente ao desfile, tem lugar uma exposição temática, onde vão estar presentes criadores profissionais na área do design, da moda e do vestuário.

Segundo a organização, que já se estreou em eventos deste género em Abril, com um concurso de criadores de moda e jovens modelos, Matriz Fashion” surge como um “contributo na orientação dos jovens que sintam interesse em seguir o caminho da moda em termos de estudo ou vida profissional”.

Para mais informações, os interessados podem contactar a organização através do número 96 374 99 66 ou 96 755 82 87.

The Gift no Casino Estoril

Marcado por um expressivo êxito, o álbum “AM-FM” constitui o mote para a actuação dos “The Gift” no Du Arte Lounge do Casino Estoril, no próximo dia 28 de Setembro, pelas 23.30h.

Outro dos pontos altos do concerto será “a apresentação de temas novos, nunca antes editados. Um deles será “Fácil de Entender”, revela Sónia Tavares.

“Music”, “11:33”, “OK! Do You Want Something Simple”, “Driving You Slow” e ”1977” são algumas das composições de “AM-FM”, que preencherão o concerto.

No regresso ao Casino Estoril, Sónia Tavares recupera, ainda, êxitos dos primeiros álbuns da banda. “Nós temos sempre um enorme prazer em tocar no Du Arte Lounge porque os concertos são muito emotivos”, recorda a intérprete.

Com um singular enquadramento musical e cénico, o grupo já conquistou o público no estrangeiro, como foi o caso da Espanha, França, Itália, Alemanha, Brasil ou Estados Unidos. Aliás, a internacionalização dos “The Gift” tem sido uma das suas prioridades, “Queremos que o grupo entre definitivamente no mercado espanhol, uma aposta que fizemos já há algum tempo”, sublinha Sónia Tavares.

“Conseguimos montar um espectáculo total de luz, som e imagem que levamos a todo o lado. As canções, a nossa entrega e as inovações tecnológicas a nível visual, fazem com que todos queiram assistir, pelo menos uma vez, a este concerto”, adianta Sónia Tavares.


A animação no Du Arte Lounge será assegurada, a partir das 21 horas, com a participação de vários grupos musicais. A entrada é gratuita mas, por imperativo legal, é reservada a maiores de 18 anos.

Beckett na Sociedade Portuguêsa de Autores

Ciclo "A Dramaturgia e a Prática Teatral"

A 75ª. sessão do ciclo "A Dramaturgia e a Prática Teatral", evocativa da figura de Samuel Beckett, que se realiza no dia 28 de Setembro (quinta-feira), pelas 18h30, no Auditório Maestro Frederico de Freitas, na Sociedade Portuguêsa de Autores.

O VIII dos "Textos para Nada" de Samuel Beckett será interpretado por Carlos Paniágua Fèteiro, do Teatro Independente de Loures.

O escritor Almeida Faria animará um diálogo sobre a obra de Beckett, prevendo-se também a intervenção de alguns homens de teatro que tiveram contactos com a obra do autor evocado nesta sessão.


Pedro Caldeira Cabral publica composições inéditas


Uma composição para cravo de Carlos Seixas tocada em guitarra portuguesa e uma outra, para este instrumento, da autoria de Pedro Caldeira Cabral integram o CD distribuído na edição deste mês da revista Egoísta.

As duas composições são interpretadas por Caldeira Cabral, que fez a "transcrição literal" para guitarra portuguesa da peça para cravo "Minueto em Fá Maior", daquele compositor setecentista.

A outra composição, "Baile dos carêtos", é da autoria do próprio Caldeira Cabral e surge como "complemento" do texto do compositor inserido na revista, cujo tema central é "o sonho português".

Em declarações à Lusa, Pedro Caldeira Cabral afirmou que a guitarra portuguesa "é um sinal e um símbolo de identidade portuguesa, reconhecidos além fronteiras".
"O som da guitarra é único, específico e original, distinguindo-nos em todo em mundo", sublinhou.

No seu texto, o músico traça o perfil histórico da guitarra portuguesa para concluir que esta "cumpre o sonho de um som português".

Actualmente, Pedro Caldeira Cabral está a trabalhar numa composição encomendada pelo Grupo de Música Contemporânea e a preparar a sua actuação, dia 17 de Outubro, no Festival de Zagreb.

Caldeira Cabral tem-se destacado nos últimos 30 anos como concertista de guitarra portuguesa, procurando alargar o repertório deste instrumento para além do fado, e como intérprete de música antiga, a solo e integrado no conjunto La Batalla.

Além da de Pedro Caldeira Cabral, a Egoísta inclui ainda colaborações de Eduardo Lourenço, José Eduardo Agualusa, Graça Morais e Alice Vieira, entre outros.

Mário Assis Ferreira, director da revista, afirma no editorial que esta edição se inspira "na aventura" que é a "estranha força" que impele os portugueses a ultrapassarem as fronteiras nacionais e a dispersar-se pelas várias partes do mundo onde ainda hoje o português é falado.
Macau, Goa, Cabo Verde, Guiné, Timor, Angola, e Moçambique são referenciados nesta edição em textos de autores como Maria João Seixas, Pedro Rosa Mendes ou Rui Zink.
O espírito desta edição, afirma Assis Ferreira, tem como mote inspirador o verso de Fernando Pessoa "A minha Pátria é a Língua Portuguesa".

A revista Egoísta é editada pelo grupo Estoril-Sol, tem uma periodicidade trimestral e uma tiragem de 10.000 exemplares.

Texto: LUSA