domingo, 30 de abril de 2006

Festival de Teatro Académico de Lisboa

2 e 3 Maio Ter. e Qua.

crónico, criação colectiva
Encenação de Ricardo Gageiro
2º A circular – Tearte Instituto Politécnico de Lisboa
Hospital Júlio de Matos – Pavilhão 28

4 e 5 Maio Qui. e Sex.

Tesouros da sombra, a partir de Alejandro Jodorowsky
Encenação de Nicolau Antunes
dISPArteatro Instituto Superior de Psicologia Aplicada
Instituto Superior de Psicologia Aplicada

6 e 7 Maio Sáb. e Dom.

com conforme consoante contra, a partir de Peter Handke
Encenação de Diogo Bento
GTN Universidade Nova de Lisboa
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Piso -4



Espectáculos no Teatro da Politécnica
Às 21h30
Seguido de Tertúlia às 23h

8 Maio Seg.

Jacques O Fatalista, a partir de Diderot
GTL Encenação de Ávila Costa
Universidade de Lisboa Fac. Letras
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

9 Maio Ter.

Terrorismo, dos Irmãos Presniakov
FC-Acto Encenação de A. Branco
Universidade de Lisboa Fac. Ciências
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

10 Maio Qua.

Pinóquio & Capuchinho, de David Silva
Rastilho Encenação de David Silva
Universidade Técnica de Lisboa Fac. Arquitectura
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

11 Maio Qui.

Doze em Fúria, a partir de Sidney Lumet
Cénico de Direito Encenação de Pedro Wilson
Universidade de Lisboa Fac. Direito
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

12 Maio Sex.

Os Sete Gatinhos, de Nelson Rodrigues
Teatro do Ser Encenação de Jorge Almeida
Universidade Nova de Lisboa Fac. Ciências Sociais e Humanas
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

13 Maio Sáb.

km 526, a partir de Claúdio Rodríguez Fer
Aula de Lugo Encenação de Paloma Lugilde
Universidade de Santiago de Compostela
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

14 Maio Dom.

Antígona, a partir de Sófocles
TEUC Encenação de André Kovalski
Universidade de Coimbra
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

15 Maio Seg.

Cerejal, de Tchekov
NNT Encenação de Bruno Bravo
Universidade Nova de Lisboa Fac. Ciência e Tecnologia
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

16 Maio Ter.

O Gato, de Joaquim Paulo Nogueira
Teatro Andamento Encenação de Joaquim Paulo Nogueira
Escola Superior de Enfermagem de Calouste Gulbenkian
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)


17 Maio Qua.

have no fear pp is here, a partir de Perrault
ARTEC Encenação de Marcantónio d´El Carlo
Universidade de Lisboa Fac. Letras
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

18 Maio Qui.

EL BARÓN RAMPANTE, a partir de Ítalo Calvino
Aula de Teatro Universitaria de Ourense “MARICASTAÑA Encenação de Fernando Dacosta
Universidade de Vigo
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

19 Maio Sex.

Escândalo, a partir de Pasolini
GTIST Encenação de Susana Vidal
Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

20 Maio Sáb.

15 Minutos de Glória, de Jaime Rocha
Sin-cera Encenação de Pedro Wilson
Universidade do Algarve
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)

21 Maio Dom.

Retratos Comuns, de Rui Spranger
Sótão Encenação de Rui Spranger
Universidade do Porto Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar
Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica – Príncipe Real)



Performances no Bairro Alto
Das 23h às 02h

4 a 6 Maio Qui., Sex., e Sab.

Monómadas, criação colectiva
Encenação de Vvoitek Ziemilski
Performaria Universidade Técnica de Lisboa

11 a 13 Maio Qui., Sex., e Sab.

Fragmentos crónico(s), criação colectiva
Encenação de Ricardo Gageiro
2º A Circular - Tearte Instituto Politécnico de Lisboa

18 a 20 Maio Qui., Sex., e Sab.

sem título, criação colectiva
Encenação de Diogo Bento
GTN Universidade Nova de Lisboa




Instalações Urbanas
11 Abril a 31 Maio

Álvaros & chairs, criação colectiva
Coordenação do Escultor João Duarte
Faculdade de Belas da Universidade de Lisboa
Cidade Universitária – Fachada da Aula Magna da Universidade de Lisboa



Conferências na Culturgest
Às 18h

Ciclo de Conferências: O trabalho da cena (em volta de Harold Pinter)*
Por Jorge Silva Melo

03 Maio O Serviço (The Dumb-Waiter): dois homens e umas ordens
10 Maio Feliz aniversário: um homem acossado
17 Maio Paisagem: a memória esquiva
24 Maio Língua de Montanha: o poder da linguagem

* Em complemento ao Workshop de Direcção de Actores



Masterclass e Workshop

8 Maio Seg.

15h-18h Masterclass de Encenação
Por Luís Miguel Cintra
Reitoria da Universidade de Lisboa – Sala de Conferências

9 a 13 e 16 a 20 Maio Ter. a Sáb. (sábados: 10h-16h)

14h-17h30 Workshop de Direcção de Actores*
Por Pedro Marques e João Meireles
Culturgest

* Complementado pelo Ciclo de Conferências: O Trabalho da Cena (em volta de Harold Pinter), por Jorge Silva Melo

sábado, 29 de abril de 2006

Rav'Ormance no Teatro S. Luiz



Hoje pelas 23h30 no Jardim de Inverno do Teatro de São Luiz, em celebração do Dia Mundial da Dança, Rav'Ormance, reunindo A Invisível Comunidade da Dança Portuguesa (AICDP).

Pela primeira vez este ano Rav’Ormance em parceria com o Teatro São Luiz, voltam a convidar criadores e intérpretes, das áreas da dança e do teatro, a apresentar números musicais.

Estarão presentes membros da AICDP nomeadamente, Bruno Cochat, Félix Lozano, Amélia Bentes, Carlota Lagido, Marta Silva, Margarida Mestre, Pedro Ramos, Sérgio Lucas, Filipa Peraltinha, Ruben Santos, Rita Cruz, Judite Dias, Maria Ana Filipe, Ruben Garcia.



Programa:

Baile Cigano das 23.30h à 1h da madrugada com o poli-instrumentista Alberto

Cowboy - vídeo de Rosa Varrejon

Performances

Amálio
Aranhito
Caladotti
Claire de Lune e Fernand Mignon
Dionisius
El Paella
Electrospeed
Il Sugar Diva
Jesus Prozac
Las Hermanas Cantero - Mimiana e MariCarmen Flores
Mariquinhas e Jai Li
Miss Stress or Dance
Nick Name
O Tom e a Tona
Sharika


DJs

The Hooker
Vítor Alves
Gonçalo Siopa

VJ

Hana Bi

sexta-feira, 28 de abril de 2006

Concurso Internacional de Bandas em Vila Franca de Xira

O Ateneu Artístico Vilafranquense, com os apoios da Câmara e da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira promove, no seu Auditório, de 28 de Abril a 1 de Maio, um Concurso de Bandas, com a participação de 37 Bandas (34 portuguesas, duas espanholas e uma italiana), num total de mais de 2000 executantes, e cujo programa é o seguinte:

28 de Abril
21.30 Horas – Concerto de Abertura, pela Banda Sinfónica da GNR

29 de Abril
14.30 Horas – Concurso, seguido de animação no Salão de Festas
21.00 Horas – Concurso

30 de Abril
10.30 Horas – Concurso
15.00 Horas – Concurso, seguido de animação no Salão de Festas
21.00 Horas – Concurso

1 de Maio
10.30 Horas – Concurso
15.00 Horas – Concurso, seguido de animação no Salão de Festas
21.30 Horas – Entrega de Prémios, seguida de Concerto de Encerramento pela Orquestra Ligeira do Exército

António Rosado com a ONP na Casa da Música

O pianista António Rosado toca com a Orquestra Nacional do Porto, hoje, num concerto em que, sob a direcção do maestro Marc Tardue, se assinala o centenário do nascimento de Fernando Lopes-Graça.
A Sala Guilhermina Suggia é o palco escolhido para este espectáculo, que se inicia às 21h .

O programa deste concerto homenageia o reputado compositor português Fernando Lopes-Graça, no ano em que se celebram os 100 anos desde o seu nascimento, com a interpretação da obra Três Danças Portuguesas.
Esta obra estreou em Marselha em 1941, sob a direcção de Pedro de Freitas Branco, que dirigiu também a estreia portuguesa, no ano seguinte, em Lisboa.

O Fandango, a Dança dos Pauliteiros e o Malhão revelam a influência que a música popular teve na produção deste compositor.

A transposição para o contexto erudito e sinfónico de elementos de origem folclórica reflecte-se também nas outras duas obras interpretadas, Concerto para Piano e Orquestra de George Gershwin, e Sinfonia nr. 3, de Aaron Copland.

O pianista António Rosado iniciou os estudos musicais aos três anos de idade, tendo frequentado o Conservatório de Lisboa e estudado em Paris, sob a orientação do consagrado pianista Aldo Ciccolini.
Do seu currículo, destacam-se actuações regulares em recitais e concertos, sob a direcção de prestigiados maestros, e a participação em vários festivais.
Vencedor do Concurso Internacional Alfredo Casella de Nápoles, António Rosado foi também distinguido pela Academia Internacional Maurice Ravel e pelo Concurso Internacional Vianna da Motta.

Programa:

I
Fernando Lopes-Graça: Três Danças Portuguesas
1. Fandango
2. Dança dos Pauliteiros
3. Malhão
George Gershwin: Concerto para Piano e Orquestra em Fá Maior
II
Aaron Copland: Sinfonia nr. 3

Humberto Delgado comemorado em Vila Franca de Xira

A Sessão Evocativa do Centenário do Nascimento do General Humberto Delgado, a ter lugar hoje, pelas 21.30 Horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho deVila Franca de Xira.

Humberto Delgado chegou ao mundo no dia 15 de Maio de 1906, em S. Simão da Brogueira, Torres Novas, e foi, no seu tempo, o mais novo dos generais das Forças Armadas Portuguesas.

No seu percurso militar teve uma carreira cheia de incidentes e de glória.
Conviveu, quer com a chefia de Sidónio Pais, quer com a ditadura salazarista que, mais tarde, o demitira das Forças Armadas.

Foi militar, político e escritor.

Frequentou o Colégio Militar, cujo curso concluiu em 1922, ingressando na Escola Militar, onde tirou os cursos de Artilharia de Campanha, em 1925;de Piloto-Aviador, em 1928 e de Estado-Maior, em 1936.

Foi promovido ao posto de brigadeiro em 1946 e ao de general em 1947.

Foi um escritor, dentro da sua convicção e no gosto da verdade e no cumprimento dos deveres como cidadão e como político.

De entre os seus escritos, destacam-se os livros tão polémicos "Dapulhice do Homo Sapiens" e o "Manual da Legião Portuguesa".

Embora tivesse servido a Ditadura em alguns cargos, vindo da América, onde desempenhou o lugar de adido militar, opôs-se à Ditadura e a Salazar, já que pela vivência e pelas fortes convicções se converteu à Democracia política e, nas eleições presidenciais de 1958, sendo general da aeronáutica se candidatou, pela oposição, tendo contestado os resultados eleitorais que, fraudulentamente, deram a vitória ao almirante Américo Thomaz.

Demitido das Forças Armadas encabeçou, no estrangeiro, o movimento de oposição ao governo português.
Trabalhou muito no estrangeiro, no campo político e na tentativa de modificar as coisas no seu País.

O exílio, porém, é do mais dramático que se pode viver e foi uma vítima de privações, de intolerâncias, de perseguições e, finalmente, de uma armadilha sabiamente montada pela PIDE, que o conduziu à fronteira portuguesa, perto de Badajoz, em Villanueva del Fresno, onde, em 1965, foi assassinado, por ordem da Ditadura, assim como a sua fiel secretária, a brasileira Arajaryr Moreira Campos.

A sessão, integrada nas Comemorações do Município para o 32.º Aniversário do 25 de Abril de 1974, é promovida, em parceria, pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e a Fundação Humberto Delgado, e contará com a presença do Deputado Manuel Alegre.

Espectáculo Grátis no Olga Cadaval

Amanhã, Dia Mundial da Dança sobe ao palco do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, pelas 22h, o espectáculo de dança contemporânea intitulado “Dois Tempos” – três coreografias intituladas “Dois Tempos”, “Eurídice e o Instante” e “A Família Tavares” –, pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo.

“Dois Tempos” e “Eurídice e o Instante” são da autoria do reconhecido coreógrafo Vasco Wellenkamp – a primeira coreografia com música de Tabula Rasa-Arvö Part e a segunda com música de Phillip Glass. Jan Linkens assina a terceira coreografia – “A Família Tavares” – com música de Jacques Offenbach (excertos de Gaité Parisienne).

De acordo com Vasco Wellenkamp, “’Dois Tempos’ e ‘Eurídice e o Instante’ trabalham sobre o tempo e o espaço. Há, portanto, uma relação que se transfere do primeiro para o segundo bailado (...) ‘A Família Tavares’, de Jan Linkens, tem como princípio narrativo as reuniões anuais de uma família para construir uma paródia a partir da música de Offenbach”.

A entrada é gratuita, mediante levantamento de convites na bilheteira do Centro Cultural Olga Cadaval.

quinta-feira, 27 de abril de 2006

Fundação Mário Soares comemora 25 de Abril

«Liberdade Número 800 250 474» é o nome da exposição de pintura que inaugura hoje pelas 18.30h, da autoria do artista plástico Manuel Carmo, que a Fundação Mário Soares acolhe este ano para comemorar o 25 de Abril.

No total são 18 telas, representando simbolicamente outras tantas ideias e caminhos abertos pela madrugada de 24 para 25 de Abril, inspiradas nos textos dos comunicados e intervenções do Movimento das Forças Armadas (MFA). Na mesma sessão será ainda apresentado um catálogo da exposição, com textos do autor e introdução de Mário Soares.

A exposição de Manuel Carmo com que se assinala a passagem do 32.º aniversário do 25 de Abril de 1974 e, simultaneamente, o início do ciclo comemorativo dos 10 anos de actividade da Fundação Mário Soares, poderá ser visitada nas suas instalações a partir do próximo dia 27 de Abril, nos dias úteis, entre as 14.30 e as 19.00 horas.


Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas...

...Anuncia-se aos portugueses que a sociedade estática e negra do Estado Novo foi substituída por uma sociedade democrática e viva.
Viva Portugal!.

A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa. A devolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais.

Neste Quadro, os dois triângulos invertidos a 24, de costas voltadas e a desenharem um caminho impossível de ser continuado, dão lugar, a 25, a dois triângulos em que as bases estão em baixo, harmonizando perfeitamente a relação entre governantes e governados, legitimada em eleições livres. E, sobretudo, dando origem a uma terceira forma, de contornos ainda por definir (será rectângulo? será quadrado?), mas já formada por um angulo de absoluta rectidão


O fim do salazarismo determinou a substituição da tranquilidade amorfa da ditadura pela mobilidade necessária à experiência democrática. Os portugueses exilados políticos, espalhados pelo mundo, reunem-se rapidamente e regressam a Lisboa para fazerem parte da reestruturação do País.

Surgem os partidos políticos à luz do dia, uns saídos da clandestinidade, outros a nascerem na madrugada de Abril. Mas todo livres. Livres e empenhados na defesa dos seus projectos, dando ao nosso destino o sentido da escolha que é indispensável à vida.
Neste quadro, as linhas rectas e sem consequências de 24 representam simbolicamente os exilados políticos portugueses espalhados por vários cantos do mundo, de onde regressaram para refazer o sonho de uma Pátria livre da ditadura. A 25, esses mesmos traços já têm acção, dando lugar ao aparecimento dos partidos políticos, alguns dos quais ainda com linhas a trazerem consigo reminiscências do 24, outros claramente inspirados nos valores nascidos do 24 para o 25 de Abril.

Mas todos a viver em harmonia democrática no mesmo espaço rosa-lilás de uma sociedade em busca do seu desenvolvimento mas a viver o seu sonho de liberdade.


A sociedade portuguesa, impedida de se manifestar livremente e incapaz de produzir no seu seio uma classe média com força suficiente para assumir decididamente a rebelião, empurra o exército para a situação última de árbitro, como corporização abstracta da Nação. Uma espécie de reserva moral de todos os que, sem armas, nada conseguem contra a força do regime. Os militares da Revolução de Abril apareceram assim como salvadores que deveriam protagonizar a mudança por que todos ansiavam.

Do lado dos heróis assim nascidos, o orgulho de uma farda foi o estandarte vivido por quem, até aí, era o símbolo da guerra e do entorpecimento do País.
Esta mudança - tanto por parte da população como por parte dos militares - enforma um novo relacionamento da sociedade consigo mesma, num processo de auto-expiação purificador e emocionalmente redentor.

Neste quadro, procurei estilizar uma divisa militar na qual as estrelas - que só numa segunda fase e após ponderação aderiram ao MFA - se representam por pontos, simples como os jovens entre os 25 e os 40 anos de idade que tiveram a ousadia e a coragem de desafiar e vencer o medo, derrubando um regime que a todos oprimia.

Uma divisa feita de três traços e três pontos por isso simples e abertos, como janelas que se abriram nas fardas dos militares de Abril.

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Ming a Gap nas Semanas Académicas


A carreira dos Mind da Gap é um caso raro de persistência e sucesso.
Desde o seu nascimento em 1993, ainda como Da Wreckas, a banda não parou nunca de crescer, sem nunca ter deixado de ser fiel aos seus princípios, evitando os caminhos mais fáceis e as mais vãs tentações.

Foi sempre o amor ao Hip Hop que os moveu, e o acreditar que havia espaço para a afirmação do género entre nós que determinou a forma decidida como estruturaram a sua carreira.
Considerados por muitos como o melhor colectivo de Hip Hop nacional, estreiam-se no ano de 1995 com o E.P. ‘Mind Da Gap’ e em 1997 assinam o álbum de estreia ‘Sem Cerimónias’ que obteve excelentes críticas.

Em 2000 o seu álbum ‘A Verdade’ comprova definitivamente o talento e o empenho de todo o trabalho desenvolvido pela banda. Chega 2002 e “Suspeitos do Costume”.
A maturidade da banda é inquestionável, a sua segurança impressionante, a sua coesão impar.
A fasquia volta a subir e este novo registo afirma-se como uma obra maior, o momento de maior génio do Hip Hop nacional. Um álbum que ultrapassa os limites naturais do movimento e que duma vez por todas coloca a banda como uma das referências fundamentais da mais jovem geração nacional.

Isso leva “Suspeitos do Costume” a alcançar o galardão de disco de prata...um feito pioneiro no Hip Hop nacional. A banda desdobra-se em concertos, corre o país de norte a sul e a vizinha Espanha, angaria cada vez mais militantes, consolida como nunca o género por todo o território nacional e prova duma vez por todas, apesar de inúmeras resistências, que existe espaço para o movimento no mercado discográfico português.

Depois de 4 anos, de sucesso, na “estrada”, os MDG voltam em Abril de 2006 com um novo e entusiasmante álbum, onde se reforça e aumenta toda a maturidade e crescimento artístico dos seus elementos.
Produzido, como sempre, por DJ Serial e acompanhado pelas rimas de Ace e Presto, as canções de “Edição Ilimitada”, o nome dado a este novo registo, edição NorteSul, tiveram o “toque” de Troy Hightower que misturou o álbum e que volta assim a colaborar com os MDG.


  29 / 04 / 06
  23.00
  Mind Da Gap
  Ponta Delgada (Açores)
  Semana Académica


  04 / 05 / 06
  22.30
  Mind Da Gap
  Lisboa
  Semana Académica


  05 / 05 / 06
  23.00
  Mind Da Gap
  Angra do Heroísmo (Açores)
  Semana Académica


  13 / 05 / 06
  22.30
  Mind Da Gap
  Oliveira de Azeméis
  Semana Académica da Escola de Enfermagem


  19 / 05 / 06
  23.00
  Mind Da Gap
  Covilhã
  Semana Académica



  20 / 05 / 06
  22.00
  Mind Da Gap
  Évora
  Semana Académica

Gargalhada de Yorick no Trindade


Hoje em reprise, no Estúdio do Teatro Trindade, em Lisboa, e durante cerca de 95 minutos, André Gago e Joaquim Nicolau irão, uma vez mais, abordar de uma forma original aquela que é a peça de teatro mais emblemática de toda a literatura ocidental.
Involuntariamente didáctico, o espectáculo acaba por familiarizar de uma forma extremamente eficaz o público com a trama e a essência da obra.
Combinando o cómico e o trágico (como, aliás, é recorrente em Shakespeare), este espectáculo representa também uma oportunidade rara para ouvir, em português, alguns dos solilóquios mais belos da peça original: “Ser ou não Ser...”, “Que Reles e Velhaco Escravo...”, “Como Todas as Ocasiões Parecem Dar Má Informação de Mim”.

Não é por isso de estranhar que Hamlet - Príncipe da Dinamarca, suba novamente a palco.
Desta vez, pela mão de André Gago, com produção do Teatro Instável e co- encenação de André Gago e Joaquim Nicolau, Hamlet será levado a cena em Fevereiro do próximo ano.

Com o elenco praticamente escolhido, o actor André Gago, a quem também coube traduzir a peça, afirma: “O elenco não é seguramente o mais difícil.
Fazer esta peça, é, já por si, um grande desafio como o foi para tantos outros encenadores, eu e o Joaquim estamos, por isso, bastante animados”.


Não são muitos, porém, aqueles que se aventuraram, em Portugal, na tradução do texto que apresenta as várias faces do talento literário de Shakespeare, em que drama histórico, tragédia, sátira e romance se mesclam ao longo da apaixonante trajectória de Hamlet.

A escritora Sophia de Mello Breyner, António Feijó e José Blanc de Portugal são os autores das traduções e adaptações que actualmente se encontram disponiveis no mercado.

“Foi um longo percurso de quase dois anos e meio, iniciado com a Gargalhada de Yorick”, comenta o actor que acrescenta “porque com o Yorick sempre tive como objectivo oculto vir a fazer o verdadeiro Hamlet”.

Gargalhada de Yorick (reprise).
De/Enc: André Gago
Prod. Teatro Instável; uma versão de Hamlet para dois actores
com André Gago e Joaquim Nicolau
Teatro da Trindade, Estúdio Tel. 21 342 00 00
26 de Abril a 21 de Maio 95 minutos; 4ª a Sábado às 21h30 - Domingo 17h

terça-feira, 25 de abril de 2006

Ciclo de Cinema Efluviano chega ao fim


Um projecto de João Maria Gusmão e Pedro Paiva na Galeria Zé dos Bois no edifício da galeria Zdb, a segunda parte do projecto Eflúvio Magnético, que incluí novos trabalhos da dupla, João Maria Gusmão e Pedro Paiva.A trabalhar em meios tão diversificados como fotografia, filmes em 16mm e instalação, os autores ocupão o edifício na sua totalidade. No dia 25 de Março foi lançado em simultâneo o numero 2 da revista O Eflúvio Magnético e a Revista Nada com um artigo de 20 páginas relativo à exposição .

No âmbito desta exposição continua a ser apresentado um Ciclo de Cinema Efluviano, com obras de Fritz Lang, Andrei Tarkovsky, Chris Marker, Andrei Tarkovsky, Peter Greenaway, Werner Herzog, Luís Buñuel, Alexandro Jodorowsky e Georges Méliès. Projecção de Filmes em 35mm, 16mm e Dvd.

Dia 26 de Abril, Quarta - 22h00 L'Age d'Or de Luís Buñuel

Dia 27 de Abril, Quinta - 22h00 El Topo de Alexandro Jodorowsky

Dia 29 de Abril, Sábado - 22h00 Selecção de Curtas-Metragens de Georges Méliès (1989-1909), projecção em Betacam SP



Agradecimentos: Instituto Franco-Português e Goethe Institut.

Orquestra do Bife na ZDB


UM DIA LEVANTO-ME E MATO TODOS OS GAJOS QUE NÃO PENSAM UM ESPECTÁCULO DA ORQUESTRA DRAMÁTICA "O BIFE"

Depois de alguns tempos de interregno, a Orquestra Dramática "O Bife ", em co-produção com a ZDB (Zé dos Bois), volta a apresentar um novo "objecto cénico" concebidopor Adelino Tavares: "Um dia Levanto-me e Mato todos os Gajos que não Pensam", com estreia marcada para dia 26 pelas 21.30h, em Lisboa.

A Orquestra Dramática “O Bife” é um projecto que se iniciou em 1991 sob a égide (direcção) de Adelino Tavares que tem vindo a desenvolver e a experimentar as múltiplas potencialidades da linguagem das artes cénicas, apresentando, no início dos anos 90, a sua maior produção com algumas propostas que contribuíram para a diversidade no panorama performativo.

Dessas produções destacam-se, La Cromagnoma + 1 extracto d’uma Peça para um Colchão (estreada no Jonnhy Guitar); O Meu Carro é Mais Dramático que o Teu I, II, III (espectáculo de rua onde numa das versões o espaço cénico era o interior de um automóvel). Bugatti Trip, O Fim do Xeltox e A Verdadeira História do có-có do chi-chi e do Motorista (espectáculos de apresentação única); A Lei dos 3 Tomates; A Peça mais rápida do mundo ou onde é que estão os meus 400 paus e, no ano 2000, (último trabalho apresentado a público) o Bif’s Remix #01 na montra da galeria ZDB.

O humor mordaz e pitadas de alguma crueza são denominadores comuns aos objectos cénicos concebidos por Adelino Tavares e produzidos pela “Orquestra” (“Buster Keaton meets Natural Born Killers”, sintetizou Rui Zink numa alusão ao trabalho do Bife).


Sobre o Espectáculo

Se fosse uma história com princípio, meio e fim poderia ser:

Um gajo e uma gaja fazem do seu dia-a-dia uma “caça” à “espécie improdutiva”, por exemplo, ao tipo de homenzinhos (humanóides), alegoria aos “zé-ninguém” de Willeim Reich? Não!

Hulk enamora-se por Bonnie? Não.

Uma revisitação contemporânea de Bonnie and Clyde? Não. Também não. Não é uma história de amor, e muito menos uma história.

É mais um levantar de questões sobre o “indivíduo”, a “individualidade do indivíduo” (Ser pensante activo ou amorfo) num ambiente irónico e cru que por momentos nos reporta ao espírito do “Film Noir”.

Ficha Técnica

Concepção, Direcção, Diálogos e para-textos: Adelino Tavares
Actores: Adelino Tavares, David Almeida, Joana Bárcia, Tiago Barbosa
Vídeo: João Pinto
Adereços: Edgar Massul
Som: Hugo Novo
Desenho de Luzes: Pedro Domingos


NEGÓCIO
Rua de O Século nº 9 porta 5 Lisboa
De 26 de Abril a 6 de Maio
4as, 5as, 6as, e sábados às 21:30h

Ensaio sobre envelhecimento chega a Portugal

Após muitas semanas nos tops franceses, chega finalmente a Portugal o ensaio “Viver Mais e Melhor – Uma Longevidade Activa na Sociedade Actual”. Escrito por quatro especialistas, este livro apresenta um olhar pioneiro sobre uma das questões que mais afecta as sociedades actuais – o envelhecimento da população.

Com o crescente envelhecimento da população torna-se urgente o planeamento de medidas de prevenção que conduzam a uma vida em pleno, com saúde e energia. Neste ensaio são apresentados pressupostos para uma longevidade activa onde se privilegia o corpo, o espírito e a sociedade e a sua decorrente interligação e interpretação.

A realização de tarefas até ao final da vida é o principal móbil dos autores.
A ocupação permanente originará bem-estar, lucidez e agilidade, tornando aptos todos os seniores para a concretização de actividades físicas e intelectuais. A selecção criteriosa dos alimentos, de forma a evitar doenças cardiovasculares e a prática indispensável de exercício físico, adequado a cada pessoa, são algumas das práticas defendidas pelos autores.

Sustentado cientificamente, “Viver Mais e Melhor – Uma Longevidade Activa na Sociedade Actual” é uma leitura inovadora, de extrema utilidade que auxiliará todos os que pretendem preparar a fase da terceira idade

Dominique Simonnet é chefe de redacção da revista L’ Express e autor de diversos romances e ensaios. Joël de Rosnay é bioquímico, escritor científico e Conselheiro da Cidade das Ciências em Paris. Jean-Louis Servant-Schreiber é escritor e director da Psychologies Magazine. François de Closets é ensaísta, jornalista e produtor de televisão, e considerado um dos grandes analistas da sociedade francesa.


Viver Mais e Melhor - Uma Longevidade Activa na Sociedade Actual
Jöel de Rosnay, Jean-Louis Servan-Schreiber, François de Closets e Dominique Simonnet
Título Original: Une Vie En Plus
Tradução: Filipe Guerra

TECHNOSHAMAN no Museu do Chiado


No próximo dia 26 de Abril pelas 19h, no Museu do Chiado em Lisboa terá lugar o espectáculo "Technoshaman - Der Geleb Klang", com Vitor Gama e Pedro Almeida.

As raízes da musicalidade (instrumentos inventados de inspiração africana) em contexto electronicamente assistido, buscando a colisão da ancestralidade pagã e tribal com as visões do futuro tecnológico.
O "sonho" cyber-punk, mediante a associação dos Pangeia Instrumentos de Victor Gama com a electrónica digital e de cunho particularmente performativo de PedroAlmeida, dois músicos de formações e percursos bem distintos nascidos em África, um em Angola e o outro em Moçambique.
Victor Gama explora novas sonoridades e novos processos de criação através da construção de instrumentos musicais, dispositivos sonoros e instalações,usando um método de experimentação em que design, som, música, imagem eperformance são conjugados, tanto recorrendo a tecnologias de ponta comoinvestigando a evolução dos instrumentos desde a pré-história.
Pedro Almeida, também conhecido por PAL, escolheu o computador como instrumento depois de ter utilizado a percussão e a guitarra, baseando o seu trabalho no sampling, com o qual explora a voz até ao limite enquanto ferramenta sonora.
Tem por lema "art4fun" (leia-se "art for fun"), sendo esse o seu principal conceito de criação artística.

segunda-feira, 17 de abril de 2006

João Queiroz na Gulbenkian

De 12 de Abril a 18 de Junho será possível visitar a exposição de pintura de João Queiroz no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian.
Esta exposição é constituida por seis pinturas inéditas de grandes dimensões representando paisagens onde se explora a relação entre a natureza e a pintura. A pincelada longa, expressiva e rápida predomina ao longo do conjunto como símbolo da constante mutação e efemeridade da natureza: a linha do horizonte dissimula-se nas interrupções do traço e é denunciada nas subtis ou bruscas mudanças cromáticas.



Saber que estas grandes pinturas têm como ponto de partida estudos e que o carácter espontâneo imediatamente encontrado faz parte do modo como o artista as criou não pode constituir surpresa, se as observarmos com alguma demora. O seu tamanho não deixa lugar para dúvidas e a aproximação do olhar deixa ler as marcas da construção, na sabedoria das formas e no uso das cores e dos modos dos seus usos, nos seus desvios e das suas acumulações e velaturas.

Jorge Molder


João Queiroz nasceu em Lisboa em 1957.
Licenciou-se em Filosofia pela Universidade Clássica de Lisboa em 1984. Entre 1989 e 2002 leccionou Desenho, Pintura e Teoria da Arte no Ar.Co, em Lisboa, onde foi também um dos responsáveis pelo Curso Avançado de Artes Plásticas.
Expõe desenho e pintura regularmente desde 1985. Está representado em diversas colecções privadas e institucionais.
Foi o vencedor da primeira edição do prémio EDP em 2000, na disciplina de Desenho.

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Caixa de Sapatos na Fnac do Chiado

Hoje pelas 18.30h na Fnac do Chiado será o lançamento do livro de Fabricio Carpinejar. A apresentação será feita por Maria Teresa Horta e Ana Marques Gastão.

Fabricio Carpinejar é poeta brasileiro nasceu em Caxias do Sul, a 23 de Outubro de 1972.

Tem o titulo, académico, de Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, exerce funções de jornalista e professor.

Recebeu os Prémios: Olavo Bilac (Acad. Bras. de Letras); Cecília Meireles (União Bras. de Escritores - UBE); Marengo D’Oro (Itália); Açorianos da Literatura (por duas vezes); destaque literário Júri Oficial como melhor livro de poesia da 46ª Feira do Livro de Porto Alegre; e Fernando Pessoa (UBE).

Foi traduzido para alemão por Curt Meyer-Clason e assinou contrato com Terre de Mezzo (Itália) e Éditions Eulina Carvalho (França).
Participou em antologias no México, na Colômbia, na Índia e em Espanha.

1º Centenário do Nacimento de Samuel Beckett

No dia 13 de Abril de 2006, o São Luiz assinala o centenário do nascimento do escritor e dramaturgo Samuel Beckett (13 de Abril de 1906) com a coordenação geral da actriz Graça Lobo e o apoio da Embaixada da Irlanda e Instituto Franco-Português.


Jardim de Inverno

18h00 às 20h00

CONVERSA SOBRE A VIDA E OBRA DE SAMUEL BECKETT

Com Graça Lobo (actriz), Pedro Mexia (crítico literário, poeta e jornalista), Pierre Chabert ( actor, encenador, director artístico do Paris Beckett 2006 e amigo de Samuel Beckett), e Derval Tubridy (professora do Goldsmiths College de Londres especialista em linguagem Beckettiana).

21h00

LEITURAS
Passadas (Footfalls) por Graça Lobo e Sara Graça
À Espera de Godot - Monólogo de Lucky por Diogo Dória
Eu não (Not I) por Sara Graça

Sala Principal

BECKETT ON FILM
Versões originais não legendadas

17h30

Dias Felizes - Happy Days, 79' de Patricia Rozema
Personagens: Winnie, Willie
Elenco: Rosaleen Linehan, Richard Johnson

18h50

Endgame, 84' de Conor McPherson
Personagens: Hamm, Clov, Nagg, Nell
Elenco: Michael Gambon, David Thewlis, Charles Simon, Jean Anderson

19h40

Passadas - Footfalls, 28' de Walter Asmus
Personagens: May, Voice,
Elenco: Susan FitGerald, Joan O'Hara

21h00

Catástrofe - Catastrophe, 7' de David Mamet
Personagens: Director, Director´s female assistant, Protagonist
Elenco: Harold Pinter, Rebecca Pidgeon, Sir John Gielgud

21h10

Sopro - Breath, 45'' de Damien Hirst

21h15

À Espera de Godot - Waiting for Godot, 120' de Michael Lindsay-Hogg
Personagens: Vladimir, Estragon, Pozzo, Lucky, Boy
Elenco: Barry McGovern, Johnny Murphy, Alan Stanford, Stephen Brennan, Sam McGovern

23h20

Embalada - Rockaby, 14' de Richard Eyre
Personagens: Woman
Elenco: Penelope Wilton

23h35

Ohio Impromptu, 12' de Charles Sturridge
Personagens: reader/listener
Elenco: Jeremy Irons


Incontestável é o prestígio de Beckett, por toda parte, conforme atestam constantes encenações e publicações a ele dedicadas e que proliferam sobretudo por ocasião de seus aniversários - são os 70 anos, os 80 anos, os 90 anos e agora os 100 do seu nascimento.

Muito já foi dito e redito sobre o seu teatro, iniciado com a nunca suficientemente elogiada peça "Á Espera de Godot" (composta entre Outubro de 1948 e Janeiro de 1949), aquela farsa trágica ou tragédia farsesca do homem, o herói que expia o pecado de haver nascido ou, como diz textualmente o Beckett ensaísta, em Proust (1930): "A figura trágica representa a expiação do pecado original", e ainda "o maior delito do homem é o de haver nascido".

Neste marco da história do teatro é responsável por uma série imensa de peças que lhe seguiram ou seguem as pegadas, nem sempre declaradas ou confessadas, os clochards Vladimir e Estragon representam o homem eternamente à espera de algo ou de alguém que satisfaça às suas aspirações, em meio ao absurdo da existência.

Se Camus ou Montherlant, entre outros, já vinham expressando o absurdo existencial, de maneira tradicional, já Beckett, muito originalmente, unindo a sua visão metafísica à estética, associando o trágido ao cómico, criou a farsa metafísica.

Vivia Beckett, pelos anos 1946-1948, em meio a agudos problemas não apenas de sobrevivência, afeito ao alcoolismo e vítima de fortes depressões.

Como chegou a confessar, em 1972, compôs a peça para fugir da "horrível prosa" e da vida, pois "estava demasiado infeliz"; era uma maravilhosa "diversão" liberadora para "sair da depressão negra em que (o) mergulhava o romance" (Deirdre Bair, Samuel Beckett, Paris, Fayard, 1979).

Palhaços - De facto, divertidos são os diálogos, os lazzi dos dois já famosos protagonistas-palhaços e a intenção beckettiana de "divertir" está associada ao cansaço por não ser lido nem reconhecido como romancista, quando o seu desejo era justamente cultivar o romance.
É possível, porém, pensar por outro lado numa evolução formal de sua obra: tendo já composto, além de poemas, ensaios, novelas, e sobretudo romances - Murphy (1935), Watt (1942/1944), Primeiro Amor (1945), Molloy (1948), Malone Morre (1948) e, em particular, Mercier e Camier (1946), prefiguração de "Á Espera de Godot", com seus personagens, dois velhos amigos que dão título à obra, e que se entregam a abundantes diálogos, aliás quase literalmente retomados na peça -, era natural que se dirigisse para o teatro, um género novo, diferente e que o consagrou, definitivamente.

A transposição para o teatro dos temas constantes no romance contribuiu para enriquece-los e fortalece-los. Por exemplo, nos romances, tem-se a impressão de locais de enclausuramento ou encurralamento, mesmo quando se trata de um espaço amplo e indeterminado, pois as suas personagens assim o sentem. Ora, nada melhor que o teatro para materializar tal impressão, já que o actor está pressionado entre o pano de fundo e o público, além de que o cenário cria, visualmente, o clima desejado.

Pense-se nos cenários enclausuradores de "Fim de Jogo" (1954-1956), com seu "interior sem móveis", iluminado por uma "luz cinzenta" sem vida, comunicando-se com o exterior, onde tudo está "mortibus", apenas "duas pequenas janelas altas", ou de "Oh os Belos Dias" (1960-1961), com seu deserto escaldante e inóspito, onde se eleva o montículo-prisão de Winnie, lá enterrada até a cintura (Acto I) e depois até o pescoço (Acto II), no seu inelutável deslizar para a morte; ou também de "A Última Gravação" (1958-1960), com a "toca" imensa em trevas, onde o velho Krapp é prisioneiro do passado, vítima da irreversibilidade do tempo, da inexorável marcha da vida...
Cenários despojados que acentuam, cada vez mais, a impressão de encurralamento, seja em "Comédia" (1963), com suas personagens-jarras, seja em "Vaivém" (1965), para citarmos apenas algumas peças curtas, que são aliás inúmeras.
É a expressão visual do encarceramento, da ausência de horizontes da condição humana - óptica beckettiana que encontra no teatro a sua melhor manifestação.

Irreverência - Mas vejamos uma juvenil experiência teatral de Beckett.
Na década de 30, então professor assistente de literatura francesa no Trinity College de Dublin, por ocasião da festa anual do Departamento de Francês, apresentou, com um amigo, uma paródia do heróico Cid, de Corneille.
Numa total irreverência, brincava não só com o heroísmo inspirado na história espanhola, como também com a elevada expressão literária do famoso texto clássico francês.
Na pele do velho fidalgo espanhol D. Diego, pai de D. Rodrigo - o Cid, o legendário herói espanhol -, que, ultrajado, se vê na impossibilidade de defesa da própria honra, apela para a bravura do filho, o jovem Beckett, caractrizado com uma austera barba branca, entregou-se a uma cómica tirada, tirada que foi se tornando cada vez mais e mais rápida, na sua luta contra um anacrónico despertador que ele segurava, enquanto o amigo Pelorson, no fundo do palco, girava velozmente os ponteiros de um relógio.

As frases de Beckett autor-actor, iniciadas num ritmo regular, pouco a pouco se atropelavam, se encavalgavam com ritmo de velocidade crescente, degenerando em sílabas disparatadas, até chegarem ao absurdo total, provocando a hilariedade incontida do público, que afinal não mais ouvia senão a campainha estridente do despertador.

Aquela primeira incursão teatral, longe ainda do tom sério que caracterizaria a obra do autor, em geral, já anunciava porém a fala bastante estapafúrdia de Lucky, o pobre carregador de bagagens do tirânico Pozzo, em "Á Espera de Godot".
O longo discurso de Lucky - nome irónico, pois ele nada tem de "felizardo", no seu ofício de knouk, neologismo que deve ser entendido menos conceptualmente que contextualmente - constitui o melhor exemplo de uma linguagem absurda, numa enxurrada de palavras, com a repetição de certos termos regulares ou anómalos pelo tartamudeio, associados à elipse, ao jogo de palavras, à ausência de pontuação ou de pausa e também à conotação escatológica.

É o puro domínio do absurdo, do irracional: um "discurso" que está, porém, ao serviço da expressão do absurdo do homem num universo ilógico, sem sentido.
É a derrisão - sob o aspecto da incoerência - dos fundamentos das convicções religiosas, intelectuais e científicas que, tendo dado a sensação de segurança e estabilidade eterna ao homem do passado, já não o eram para o homem moderno, atingido pelo horror do pós-guerra.

Está assim expressa a irreverência do desiludido e perturbado homem do pós-guerra em relação a Deus, a quem são atribuídas características inusitadas: a atambia (total indiferença diante das atrocidades cometidas), a afasia (traumatismo mental que provoca a perda da fala ou da compreensão da linguagem, pois Deus não ouve nem compreende o apelo dos homens e a apatia desinteresse e insensibilidade diante dos problemas sociais) -, características que estão longe de constituir qualidades (sugeridas pelo emprego reiterado do termo "divina", principalmente por estar anteposto).

É a ironia de Beckett /Lucky em relação à ajuda divina que não vem e que é reforçada pela associação com "Deus pessoal", e ainda com "quaqua", sendo que este último elemento apresenta dois significados simultâneos: quoi? quoi? (isto é, em francês; o quê? o quê? depreciando o anterior; e o escatológico caca, ridicularizando a noção de religião antropomórfica. Dirão ainda com respeito ao intelecto e à ciência, mediante, entre outros, o tartamudeio na articulação dos vocábulos Academia e Antropometria, com suas conotações escatológicas.

Tal discurso, absurdo, expressa portanto também as derrisórias intenções de Beckett quanto à criatura humana e suas pretensões e limitações no que dizem respeito à compreensão do universo.

Diz tudo o que a sua obra posterior ilustra: a ineludível caminhada do homem para a sepultura, uma existência vazia, sem sentido.

Enfim, a angústia metafísica.

A fala de Lucky, verdadeira página antológica por sua criatividade, engenhosidade linguística, tem sem dúvida origem naquela cómica paródia da personagem de Corneille, criação imortal que constitui também um texto antológico do clássico do século 17 francês.
Mas, se antes o jovem Beckett só visava ao riso, depois com Lucky, anos mais tarde, outras eram suas preocupações.

Amadurecera para a vida e na literatura.

É um "prelúdio" grotesco que reforça retrospectivamente a interrogação de Vladimir, no fim da peça, quando o mensageiro, pela segunda vez, anuncia que Godot não virá:
- Ele tem uma barba, o senhor Godot?
- Sim, senhor.
- Loira ou ... ou negra?
- Creio que é branca, senhor.
- Misericórdia!
Exclamação que foi traduzida para o inglês, pelo próprio Beckett, como "Christ have mercy on us", numa retomada bem directa do Kyrie eleison litúrgico (Waiting for Godot, publicada em 1954).

A primeira experiência teatral de Beckett, antes de Godot, foi realmente "Eleutheria" (Liberdade), composta em francês, em 1946, com seus três actos (três tardes consecutivas) e 17 personagens; não parecia, porém, anunciar o teatro a vir, com seus textos diferentes, que foram se tornando cada vez mais e mais nobres, reduzidos ao mínimo.

A sua amplitude explica o seu insucesso, a sua não-montagem, pois Jean Vilar, do TNP (Théâtre National Populaire) a teria aceite sob a condição de que fosse reduzida a um único acto, o que foi rejeitado.
Trata-se de peça interessante sob vários aspectos, e que mereceria uma detida análise, que já vem sendo feita pela crítica, sempre esmiuçadora.

Preferimos, no entanto, determo-nos no romance Mercier e Camier, também de 1946, e que pode ser considerado, por suas peculiaridades, um antecedente próximo daquela obra-prima de teatro.
De facto, ele abre o caminho para o palco, não só pela abundância dos diálogos entre os dois protagonistas, clochards com Vladimir e Estragon.
Ambos, romance e peça de teatro, foram escritos em francês e os seus protagonistas se assemelham sob vários aspectos: os do primeiro procuram e os do segundo esperam algo (ou alguém) e seus diálogos, muitas vezes desconexos, à bâtons rompus (expressão empregada na "Ed. Minuit", 1970 e 1952), mais parecem monólogos, pela sua falta de comunicação.
Leia-se: "Falaram disto e daquilo, de maneira desconexa, segundo seu hábito.
Falavam, calavam-se, escutavam-se, não mais se escutavam, cada um a seu bel prazer."

Solidão - É bem o diálogo de Vladimir e Estragon (representado directamente), mas narrado agora por um observador que expõe as tentativas de viagem dos dois velhos amigos - Mercier e Camier, nomes simétricos -, que marcaram um encontro para a realização de uma viagem; mas seu encontro, sempre frustrado, já a situa sob o signo do insucesso: ou esquecem algo, ou retornam à cidade, como se não pudessem deixá-la; tentam novamente partir e, uma vez mais, retornam, até que no final se separam, sob a chuva suave que cai, tal como durante sua primeira tentativa de viagem e mesmo ao longo do romance.
Mas se Vladimir e Estragon continuarão lado a lado, na sua eterna espera de Godot, já Mercier e Camier se separam para viverem na total solidão, pois no início ainda eram duas solidões que, apesar das diferenças, se uniam para planear uma viagem que não passa de uma série de vaivéns entre a cidade e o campo.

Imprecisão, hesitação, instabilidade - são as características da atmosfera ficcional.
Mercier e Camier falam de suas decisões, mas logo depois se esquecem, tateando entre palavras e pensamentos.

Vacuidade das palavras e vacuidade mental.

Evasão - Falam-se sem se escutarem ou enquanto Mercier é obcecado pela idéia de narrar os seus sonhos ou pesadelos, o outro repete tais relatos, levando-nos a recordar Vladimir e Estragon: a mesma incompreensão, a mesma incomunicabilidade; mas também a mesma dependência caracterizam as quatro personagens.
Mercier, como Estragon e tantos outros seres beckettianos, vive pendente de seus sonhos, como que se evadindo do presente insatisfatório.
E pensam na separação, como quando Camier confessa tal vontade: "Eu me pergunto frequentemente, bastante frequentemente, se não faríamos melhor se nos separássemos sem demora" .
Mas, só o farão no final; diferentes, pois, dos irmãos no teatro.
Enquanto isso não acontece, continuam falando, em conversas, em "debate entrecortado de largos silêncios".
É a típica atitude dos personagens de Á Espera de Godot, ora falantes, ora silenciosos, como também ora se aprumando, ora cambaleando, tais palhaços à procura de equilíbrio, e as escorregadelas e quedas sugerem, derrisoriamente, a instabilidade do homem no universo.
São semelhanças nas posturas grotescas; são as semelhanças nas falas, em que sobressaem reiteração de termos e também correções ou insistências, dando ao leitor a impressão de estar vendo e ouvindo Vladimir e Estragon.
A discordância é frequente, provocando o riso, como em Á Espera de Godot.

É o cómico, que porém não suprime o trágico, tal como na peça.

Em ambos, irrompe o horror da existência, como também a mesma atração da morte liberadora: "Quanto mais depressa a gente morrer, melhor será", diz Camier que não sente fome nem vê utilidade em alimentar-se expressando ainda sua intenção ou vontade de se matar - obsessão dos dois vagabundos que esperam Godot, numa espera que se arrasta penosamente, procurando todos preencher o tempo com gestos e palavras.

Adotou Beckett a técnica de resumos sistemáticos, a cada três capítulos (3, 6, 9, 12) para por justamente em relevo a presença do Nada; se não há intriga complexa nem excesso de matéria, nada os justifica, senão o intuito de ampliar, de reforçar a sensação do Nada.
Nada de especial se passa; e as personagens apenas se locomovem, sem nenhuma acção relevante.

Limitam-se ao projecto de viajar.
Querem partir.
Para onde?
Para quê?
É a imprecisão.
O importante é partir: "O que eles procuravam existia? Que procuravam? Uma única coisa contava: partir".

Mercier e Camier estão à procura de algo, da mesma forma que Estragon e Vladimir estão à espera de algo ou de alguém.
Tanto nos primeiros como nos segundos há uma busca.
De quê?
De Deus?
Se Godot é Deus, como querem tantos críticos, poderemos imaginar que Vladimir e Estragon antes se chamavam Mercier e Camier e se locomoviam, mas depois, cansados, não fazem mais tentativas de partir; ao contrário, permancem estagnados, à espera, numa peça de estrutura em espiral, circular, em que tudo se repete, indefinidamente, numa existência vazia, num mundo sem sentido, absurdo.

É a angústia metafísica que encontrou em Beckett sua maior e melhor expressão, justificando a atribuição do Prémio Nobel, em 1969.

Texto baseado no livro " A Linguagem de Beckett" de Célia Brrentini

Todos os eventos têm entrada livre.

Para mais informações: 21 325 76 40

terça-feira, 11 de abril de 2006

"Como se Faz um Santo"


No passado dia 11 de Abril, a Aletheia Editores apresentou, na Biblioteca João Paulo II da Universidade Católica, o livro Como se Faz um Santo de José Saraiva Martins.
A apresentação contou com a presença do autor e as intervenções de Peter Stillwell e de António Bagão Félix; o primeiro de um modo mais neutro e fiel ao conteúdo do livro, fazendo uma breve incursão pela vida do Cardeal, o segundo de uma forma bastante subjectiva fundamentando-se na sua leitura pessoal.

Esta obra é o resultado de uma extensa entrevista concedida pelo Prefeito para as Causas dos Santos a Saverio Gaeta, jornalista e chefe de redação do semanário Famiglia Cristiana, na qual o autor desvenda o processo de elevação de uma pessoa a beato e a santo, no passado e no presente, empreendendo uma reflexão sobre o aumento exponencial de beatificações e canonizações durante o papado de João Paulo II e a inevitabilidade de todas as diligências que tornam o processo longo e moroso.

José Saraiva Martins nasceu a 6 de Janeiro de 1932 em Gagos de Jarmelo, Guarda. Em 16 de Março de 1957 é ordenado sacerdote e durante a sua actividade como docente de Teologia e Reitor da Pontíficia Universidade Urbiniana publica extensa obra de teologia. Em 1988 é nomeado arcebispo Secretário da Congregação para a Educação Católica e, dez anos depois, a 30 de Maio inicia a sua acção como Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. A 21 de Fevereiro, João Paulo II atribui-lhe o título da basílica de Nossa Senhora do Sagrado Coração, tornando-o cardeal.

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Unicer-Laboratório Criativo- uma iniciativa a premiar

A Unicer, Bebidas de Portugal fez ontem 6 de Abril na Gare Marítima de Alcântara a apresentação da 2ª edição do seu Laboratório Criativo.

Este ano e subordinado ao tema " Travessias" foram convidados artistas de sectores diferentes de nome Miguel Palma, Nuno Rebelo, António Caramelo, João Bonito, Luis Alegre e Miguel Cabral, que deram forma a um projecto inédito e magnífico.

Durante quase três meses estes homens dedicaram-se a re-criar um automóvel e a obrigá-lo a contar outra história- a história de uma travessia que nos leva ao mundo da fantasia e do quase impossivel por absurdo.
Os artefactos utilizados e a imaginação prodigiosa de cada um dos artistas colocam-nos perante um automóvel com rodas que emite música, que tem luzes que fazem inveja a qualquer discoteca, e situado onde está nos faz sonhar com "travessias" por mares e ares "nunca dantes navegados".

Este Laboratório Criativo insere-se num projecto mais vasto que a Unicer pretende dinamizar e que passa pelo impulsionamento das indústrias criativas portuguesas.

Dado que é uma empresa lider na área das bebidas sente responsabilidades acrescidas para o desenvolvimento de Portugal. Tem ainda negócios na área do Turismo e tem também uma forte componente de Responsabilidade Social Empresarial.

Assim sendo as Indústrias Criativas, e tal como acontece em muitos paises da Europa, são um projecto que a Unicer pretende promover, apoiar, acompanhar e ajudar a implementar.
Uma vez que estas indústrias não têm hipótese de vingar em Portugal a Unicer pretende mudar esta situação e daí o projecto cuja concretização foi ontem apresentada.

O grande objectivo desta empresa é juntar um conjunto de parceiros a nivel bancário, empresarial e cultural que tornem possivel a realização de projectos de artistas criativos.

Sendo a Unicer a referência a que os artistas recorrem para a realização dos seus projectos, estes depois de concretizados, poderão levar à criação de postos de trabalho e fomentarão sem dúvida a produção intelectual.

Uma idéia a acarinhar e um projecto a seguir por outras empresas também elas com responsabilidades no desenvolvimento de Portugal.

"Travessias" está patente ao público dias 7 e 8 na Gare Marítima de Alcântara.

Reabertura da Casa da Cerca

Na reabertura ao público da Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea, inauguram amanhã pelas 18.00 horas, as seguintes exposições :



Cisterna da Casa da Cerca:


Da Vida Subterrânea (Instalação), de Susanne Themlitz


Salão Nobre da Casa da Cerca:


Desenhos do Acervo da Casa da Cerca


As exposições estarão patentes até 4 de Junho de 2006


O Serviço Educativo da Casa da Cerca organiza visita guiadas e ateliês de expressão plástica, quer sobre as exposições patentes, quer sobre o Chão das Artes - Jardim Botânico.

Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea Rua da Cerca, em Almada

Horário: Terça a Sexta das 10h. às 18h. , Sábado e Domingo das 13h. às 18h.

Comemorações do 32º Aniversário do 25 de Abril na Moita

O dia da liberdade vai ser comemorado ao longo de todo o mês de Abril no Município da Moita.

Do programa das comemorações destaca-se a realização de um Ciclo de Conferências sobre “Álvaro Cunhal, uma referência de Abril”, entre 7 e 29 de Abril, que reunirá nomes como José Casanova para apresentar o “Rumo à Vitória”, Filipe Dinis para se debruçar sobre o tema “A Arte e o Artista e a Sociedade”, Catarina Pires com “Cinco Conversas com Álvaro Cunhal” e João Céu e Silva para falar sobre “Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal”.

Destaque também para o Concerto Acústico com Xutos & Pontapés, no dia 22 de Abril, espectáculo que vai assinalar também o 1º aniversário do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, bem como para o espectáculo comemorativo concelhio, que se realizará no dia 24 de Abril, com Tito Paris, no Largo dos Cravos, no Vale da Amoreira.

As comemorações não esquecem os mais novos propondo, entre 8 e 29 de Abril, a iniciativa “Quem Conta um Conto...Abril é História e é Futuro” dedicada ao 25 de Abril, com convidados como Jorge Fatia, Américo Leal, Manuel Madeira, José Manuel Fernandes e Alberto Morgado.

O programa reúne ainda exposições, cinema e diversas actividades desportivas, entre as quais a VI Milha Ribeirinha da Baixa da Banheira, a 15 de Abril, e o 25 Horas a Nadar, nos dias 24 e 25 de Abril.

No dia 25 de Abril, dia da Revolução dos Cravos, sai à rua mais um Desfile da Liberdade, com a participação do Movimento Associativo e Autarquias do Concelho.

Para uma melhor consulta do programa completo das Comemorações do 32º Aniversário do 25 de Abril, no concelho da Moita, clique aqui.

Sara Tavares no Maria Matos

Rui Veloso no Auditório Olga Cadaval

Hoje, dia 7 de Abril no Centro Cultural Olga Cadaval, pelas 22 horas, Rui Veloso canta e encanta todos os espectadores com o magnífico espectáculo que marca o início da sua tournée .

A tournée, intitulada A Espuma das Canções, e conta com 17 músicas provenientes do album homónimo.

O hardmusica esteve presente na ante-estreia do espectáculo que contou não só com a presença de vários amigos pessoais de Rui Veloso, como também de algumas figuras importantes do mundo do espectáculo. Nesta apresentação criou-se um ambiente espectacular de um ensaio assistido, com muita interacção com o público.

Assim destacamos não só a magnífica banda de Rui Veloso, como também a minuciosa e excelente contextualização luminosa existente no espetaculo, que nos fazia sentir com muito mais intensidade a letra das musicas o que contribuiu para a cumplicidade entre o artista e o público.





O alinhamento da tournée é o seguinte: