I Festival de Músicas e Dança do mundo em Portalegre
O Cherno More Quartet, formado pormúsicos da Bulgária, Síria e Sudão, abre quarta-feira à noite o Festival Internacional de Música e Danças do Mundo, no novo Centro deArtes do Espectáculo de Portalegre.
O Cherno More Quartet aposta na fusão de temas tradicionaisdos três países e também em temas de criação própria, interpretados com instrumentos tão diversos como o clarinete búlgaro, o bongós sudanês de três caixas, o alaúde árabe, a darbouka, o acordeão e oskarakeb gnawas.
Primeiro evento do género que se realiza em Portalegre, o festival, aberto até sábado, conta com a participação de artistas desete países: Marrocos, Bulgária, Sudão, Síria, Madagáscar, Bélgica e Congo.
O certame pretende "divulgar outras músicas menos ouvidas na região e conquistar públicos diferentes", disse à Agência Lusa o vereador do município de Portalegre José Polainas. "Sabemos que existe público para este tipo de músicas equeremos atrair essas pessoas para este género de espectáculos, a quevamos dar continuidade no futuro", adiantou.
Além do Cherno More Quartet, que actua na abertura do festival, no segundo dia do evento sobe ao palco o grupo "ALMAKAM",acompanhado de uma bailarina de dança oriental (dança do ventre) que reflecte através das suas danças o testemunho da herança de Al-Andaluz.
A música tradicional de Madagáscar vai ouvir-se no terceiro dia com a actuação de Kilema, um músico da cidade de Toliary, situadano sudoeste da ilha.
Em 1997, Kilema criou a banda que adopta o seu nome e depoisde vários espectáculos em França, Itália e Espanha apresentou em Maio de 1999 o seu primeiro disco, intitulado "Ka Malisa".
Desde então, participou em muitos eventos relacionados com a World Music: Enmas Festival (Milão), Festival Espantapitas (Almeria), Intermusic (Parla), Etnimálaga (Málaga), Semana da World Music (SãoMarino) e Festival Womad de Las Palmas.
No último dia do festival actua o grupo "Zap Mama", criado em 1990 e liderado por Marie Daulne, nascida no Congo, mas que viveu grande parte da sua juventude na Bélgica.
O grupo "Zap Mama" editou cinco álbuns, o primeiro no ano de 1993, intitulado "Adventures in Afropea", é estritamente vocal.
Com o segundo álbum "Sabsylma" (1994) foi nomeado para o Grammy de melhor álbum na categoria de World Music.
"Ancestry in Progress", editado em 2004, é o mais recenteálbum do grupo, que foi criado, na maior parte, nos Estados Unidos eque traz o reflexo da "Urban Music" norte-americana, contando com participações de Erykah Badu, Common, Bahamadia, Questlove, TalibKweli e Jazzyfatnastees.
O programa do festival prevê também a realização de"workshops" de dança oriental egípcia e de percussões árabes.
Dia 13 de Setembro – CHERNO MORE QUARTET (Bulgária, Sudão e siria) + Workshop
Fusão de ritmos balcânicos com música afro-árabe
Grande Auditório
Inicio 21.30h
Plateia 10 € / Balcão 5 €
Não parece casual que quatro grandes músicos como Ivo Hristov, Nasko Hristov (Bulgária), Sallah Sabbagh (Siria) e Wafir Sheik (Sudão) se unam com a inquietude de buscar e criar um novo estlilo dentro da música de fusão. Neste caso concreto, a música tradicional sudanesa caracterizada pela sua influência afro-árabe e a música da Siria de rasgos puramente árabes com a música balcânica da Bulgária que se destaca pela sua influência otomana e pela música jazz que teve uma forte implantação no país após a queda do comunismo (folk jazz dos Balcãs).
O resultado sonoro deste projecto é uma brilhante fusão de temas tradicionais dos três países e também temas de criação própria, magistralmente interpretados com instrumentos tão diversos como: o clarinete búlgaro, o bongós sudanês de três caixas, o alaúde árabe, a darbouka, o acordeão e os karakeb gnawas.
IVO HRISTOV: clarinete búlgaro
NASKO HRISTOV: acordeão
WAFIR SHEIK: acordeão, nay, bongós e alaúde árabe
SALAH SABBAGH: darbouka, karakeb gnawas e pandeiros
Dia 14 de Setembro - Almakam (Marrocos) + Worshop
Música e dança do Magrebe e Médio Oriente
Grande Auditório
Inicio 21.30h
Plateia 10 € / Balcão 5 €
Al-Andaluz desenvolveu uma música complexa e delicada que se inspirava nas culturas do Magrebe, da Espanha e do Médio Oriente.
O refinamento persa - através de Ziryab -, a sobriedade árabe e a jovialidade berbere fundiram-se com a herança hispano-visigoda e a Hebreia para criar no califato e nos reinos taifas uma arte autóctona.
O grupo ALMAKAM faz-se acompanhar de uma bailarina de dança oriental (dança do ventre) que reflecte através das suas danças o testemunho da herança de Al-Andaluz. Os movimentos inspirados por ritmos hipnóticos da música desenham formas com um sentido cénico muito subtil e digno de apreciar. Danças de poder e autoridade e de origem sagrada recriadas com elementos étnicos de estilo árabe são apenas alguns dos géneros de dança que este grupo representa em palco. Com este espectáculo, o espectador é transportado à época das Zambras (do árabe Samar), onde os mouriscos adornavam as suas veladas, nas quais se bailava e cantava ao som de instrumentos como o alaúde, a kamanya, a xababa, a darbouka ou as castanholas.
Aziz Samsaoui: kanún
Fathi Yakoub: violino
Ahmed Ahnin: voz, alaúde árabe e percussões
Muhsen Kourach: darbouka
Shakti: bailarina de dança oriental egipcia (dança do ventre)
Dia 15 de Setembro - Kilema (Madagáscar) + Worshop
Música tradicional de Madagáscar
Grande Auditório
Inicio 21.30h
Plateia 10 € / Balcão 5 €
Kilema é originário da cidade de Toliary situada ao Sudoeste da ilha de Madagascar. Em 1993 foi viver para Paris, onde alcançou uma projecção internacional na sua carreira artística. Nesse mesmo ano integra o grupo
“Justin Vali Trio”, no qual interpreta o Kabosy (bandolina do Madagascar) e o Katsá. Cenários como o Japão, Nova Zelândia e a participação no mitico Woodstock do ano 1994, para citar apenas alguns, permitiram dar a conhecer as tradições e cultura da Grande Ilha “Madagascar”, e o seu reconhecimento entre as principais músicas africanas.
Em 1997 Kilema cria a banda que adopta o seu nome. Depois de vários espectáculos em França, Itália e Espanha, Kilema apresenta em Maio de 1999 o seu primeiro disco, intitulado Ka Malisa.
Desde então, Kilema participou em inúmeros eventos relacionados com a World Music: Enmas Festival (Milão), Festival Espantapitas (Almeria), Intermusic (Parla), Etnimálaga (Málaga), FIG (Pinhal Novo), ETNOSUR (Jaén), Semana da World Music (San Marino), Festival Womad de Las Palmas, etc...
Kilema: marovany, katsá, guitarra acústica e voz
Telesphore Ernest: katsá e coros
Pedro Delgado: baixo e contrabaixo
De la Vera: percussões
Dia 16 de Setembro - Zap Mama (Bélgica/Congo) - Ancestry in Progress
Grande Auditório
Inicio 21.30h
Plateia 10 € / Balcão 5 €
http://www.zapmama.be/
Filha de pai Belga e mãe Congolense, Marie Daulne mudou-se para Bruxelas aos 3 anos de idade, tendo sido aí onde começou a sua odisseia musical. Enquanto as outras crianças aprendiam na escola a tocar instrumentos clássicos, a mãe de Marie preferiu ensinar-lhe as polifonias dos pigmeus africanos. Foi então aos 18 anos que Daulne regressou ao Congo, onde deu origem ao grupo Zap Mama no ano de 1990. Ao todo editaram são 5 álbuns. O primeiro álbum do Zap Mama - Adventures in Afropea (1993) - é estritamente vocal. Com o segundo álbum - Sabsylma ( 1994) - recebeu indicação ao Grammy de melhor álbum na categoria de World music. Estes foram os álbuns onde o Zap Mama desenvolveu realmente o poder e as possibilidades da voz feminina como instrumento musical. Em 1997 com o álbum - Seven, Zap Mama começaram a trabalhar com instrumentistas, contando com a colaboração de lendas do Reggae e do Dub U-Roy e Michael Franti (Spearhead). No seu quarto álbum - A Ma Zone (1999) - as Zap Mama operaram uma verdadeira transformação musical. O single "Rafiki", com a participação de Black Thought, do The Roots, foi o primeiro passo para uma nova direção no grupo.
Entretanto, Ancestry in Progress (2004) é o mais novo álbum deste colectivo. Nele, praticamente todos os temas foram co-produzidos e compostos pela própria Daulne - um disco a piscar o olho ao mercado norte-americano e que bebe várias influencias da música americana, não perdendo, contudo, a originalidade que adquiriu no começo da carreira. Este álbum conta com participações de Erykah Badu, Common, Bahamadia, Questlove, Talib Kweli, Jazzyfatnastees entre outros. Ancestry in Progress foi criado na maior parte nos Estados Unidos e traz o reflexo da "Urban Music" americana. Anthony Tidd e Richard Nichols (The Roots) produziram "Show Me the Way" e "Ca Varie Varie" . O produtor belga Phillippe Allaert assina a produção de "Sweet Melody" e "Yaku" - que incorpora, naturalmente, sonoridades mais europeias. Outro ponto marcante é o dueto de Marie Daulne e beat-boxer Scratch em "Wadidyusay?"
Neste disco é surpreendente a forma com que se explora o universo vocal em tons de jazz, blues, funk, r&b, rap e música africana.
Fonte: http://attambur.com/Noticias/20052t/zapmama.htm
Oficinas durante o Festival de Musicas do Mundo
DIA 13 de SETEMBRO (Quarta-Feira)
17h00 - Oficina de percussões árabes com WAFIR SHEIK (90 minutos de duração) máximo 10 alunos – inscrição – 15 euros
DIA 14 de SETEMBRO (Quinta-Feira)
11h00 - Continuação da oficina de percussões árabes com WAFIR SHEIK (90 minutos) máximo 10 alunos
17h30 - Oficina de dança oriental egipcia - dança do ventre com a bailarina SHAKTI (60 minutos) máximo 15 alunos – inscrição 10 euros
Actividades Paralelas
- Feira do disco (musicas do mundo) – De 13 a 16 de Setembro - Foyer CAEP
- Animação após os concertos na Praça da República
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