domingo, 14 de janeiro de 2007

Ópera MEDEIA na Casa da Música




Quarta-feira, 17 de Janeiro
Quinta-feira, 18 de Janeiro



Medea, Ópera
Remix Orquestra
Coro «Les Cris de Paris»
Pascal Dusapin música
Franck Ollu direcção musical
Antoine Gindt encenação
Klaus Grünberg cenário e desenho de luz
Barbara Bui figurinos
19h30 Sala Suggia 15 €

Intérpretes



Piia Komsi soprano [Medea]



Jessica Bacher actriz [Creuza]



Quarteto Vocal



Silvina Sadoly soprano
Ana Moraitis soprano
Raquel Winnica meio-soprano
Pablo Travaglino contratenor


A Casa da Música apresenta, em estreia nacional, a ópera Medea de Pascal Dusapin, um fascinante retrato pós-moderno desta personagem trágica da mitologia grega, nos próximos dias 17 e 18, às 19h30, na Sala Suggia.

Baseada num texto de Heiner Müller, de 1990, esta ópera traça um fascinante retrato pós-moderno de Medea, num espectáculo em que os artistas se apresentam vestidos pela estilista francesa Barbara Bui.
Medea conta a história de uma mulher dominada pelo ciúme e desejo de vingança contra Jasão, o marido que a abandona, que decide matar os próprios filhos, de acordo com a versão que Eurípides apresentou, pela primeira vez, em 431 AC.


Três séculos depois de Marc-Antoine Charpentier ter assinado a primeira ópera dedicada a esta figura mítica, foi a vez de Pascal Dusapin apresentar a sua versão musical de Medea, a partir do texto do dramaturgo alemão Heiner Müller, numa encenação de Antoine Gindt, director do Théâtre et Musique de Paris, desde 1997.


Sob a direcção de Franck Ollu, um dos mais conceituados maestros europeus na área da música contemporânea, a Remix Orquestra executa a partitura da ópera de Dusapin, acompanhada pelo coro «Les Cris de Paris» – agrupamento criado, em 1998, por Geoffroy Jourdain, que interpreta, principalmente, repertórios do fim do século XIX aos nossos dias.

A apresentação desta ópera está a ser feita, a partir de 9 de Janeiro, numa digressão em França que leva a Remix Orquestra a actuar em Orleães, Saint-Quentin-en-Yvelines, Bourges e em Reims.
A apresentação de Medea na Casa da Música resulta de uma co-produção com o Théâtre et Musique de Paris.
A personagem de Medea é interpretada pela soprano coloratura Piia Komsi, que tem actuado com algumas das mais prestigiadas orquestras de todo o mundo e trabalhado, lado a lado, com destacados maestros da actualidade.

onhecida por possuir uma voz excepcionalmente alta e flexível, Piia Komsi domina com grande facilidade os mais exigentes repertórios modernos, o que faz com que muitos compositores escrevam músicas propositadamente para a sua voz.


O papel de Medea não é um desafio novo para Piia Komsi, uma vez que já o desempenhara, no ano passado, no Teatro San Martin, em Buenos Aires, num espectáculo que constituiu a estreia da peça na América do Sul.


Pascal Dusapin


Aos 51 anos, Pascal Dusapin, natural de Nancy, é uma das principais personalidades da música francesa contemporânea.

O seu percurso pouco convencional tem sido construído de forma essencialmente autodidacta, desde que, entre 1974 e 1978, frequentou os seminários de Iannis Xenakis.

Foi pensionista da Villa Medicis, em Roma, de 1981 a 1983, e compositor residente na Orquestra Nacional de Lyon, em 1993 e 1994.
Detentor de inúmeros prémios (Laureado com o prémio de vocação, em 1977, prémio Hervé-Dugardin, em 1979, prémio da Academia das Belas-Artes, do Sindicato da Crítica e Grande Prémio da Música pelo Ministério da Cultura francês em 1993), Dusapin agrega no seu currículo mais de 70 obras.
Na temporada de 2006-2007, a sua quinta ópera, “Faustus, The Last Night” é levada à cena no Théâtre du Châtelet, em Paris, e publicada em DVD, pela Naïve.

Pascal Dusapin é professor da cadeira de criação artística no Collège de France.
A sua concepção musical da ópera Medea baseou-se no texto de Heiner Müller (1929-1995), figura emblemática da cena teatral europeia da segunda metade do século XX que construiu a sua obra dramática sobre as ruínas do pós-guerra.


Figurinos de Barbara Bui


A concepção dos figurinos constitui a primeira participação de Barbara Bui numa produção lírica.
Esta estilista, nascida em Paris, em 1956, de pai vietnamita e mãe francesa, é reconhecida pelas suas linhas simultaneamente simples e extravagantes combinadas com influências culturais e étnicas.

Sem comentários: