" Singing in the Rain " na Casa da Música
Sexta-feira, 9 de Março
ONP
Olaris Elts direcção musical
Juho Pohjonen piano
21h30 Sala Suggia 15 €
Prokofiev, Beethoven e Rachmaninov preenchem o programa do concerto da ONP à Sexta que a Casa da Música apresenta no dia 9 de Março, às 21h30, na Sala Suggia.
Uma hora antes, às 20h30, a Sala Renascença abre ao público para mostrar mais uma instalação que acompanha estes concertos: “Singing in the Rain”.
Da autoria do arquitecto Pedro Bandeira, “Singing in the Rain” é uma instalação que pretende provocar uma reflexão em torno da cultura Pop afecta à música e, também, à arquitectura.
Da autoria do arquitecto Pedro Bandeira, “Singing in the Rain” é uma instalação que pretende provocar uma reflexão em torno da cultura Pop afecta à música e, também, à arquitectura.
A partir da popularidade que é reconhecida ao Karaoke, a obra de Pedro Bandeira pretende questionar as fronteiras da criação artística, os limites da democratização cultural, a relação entre actor e espectador e, por último, o papel da arquitectura.
“O Karaoke é como a favela”, considera o crítico Pedro Gadanho. “Pode acontecer em qualquer lado, a qualquer momento. Basta ter um kit. E um espaço. E pessoas. Alguém imagina gastar milhões num edifício para poder usufruir a experiência do Karaoke? Em última instância, basta um chuveiro e alguma imaginação. O Karaoke implode a necessidade de uma arquitectura especial para uma experiência musical especial. Como tal, diz-nos ironicamente que a Casa da Música pode, felizmente, servir para outra coisa qualquer”.
O autor de “Singing in the Rain”, Pedro Bandeira, nasceu em 1970 e licenciou-se em arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. O seu trabalho centrado em projectos teóricos foi apresentado na exposição Metaflux para a Bienal de Veneza em 2004. A Convite do Instituto das Artes e do Ministério da Cultura, representou Portugal na Bienal de Arquitectura de São Paulo em 2005.
Mais recentemente, publicou uma antologia dos seus trabalhos sob o título: “Projectos Específicos para um Cliente Genérico” (Dafne Editora, Porto, 2006).
A instalação é inaugurada com uma performance da bailarina Mariana Tengner Barros que se repete às 20h00 dos dias 24 e 25 de Março.
A instalação é inaugurada com uma performance da bailarina Mariana Tengner Barros que se repete às 20h00 dos dias 24 e 25 de Março.
A bailarina frequentou a Northern School of Contemporary Dance (NSCD) em Inglaterra e integrou a Retina Dance Company (Bélgica/Inglaterra), Companhia Instável – Rui Horta e, recentemente, o Balleteatro Companhia com Né Barros. É co-directora artística e coreógrafa da companhia The Resistance Movement (Leeds, Inglaterra).
O concerto da ONP
São da Abertura Russa de Sergei Prokofiev (1891-1953) os primeiros acordes deste concerto da ONP À Sexta, dirigido pelo maestro Olaris Elts, natural da Estónia, vencedor em 2000 do prémio Sibelius.
Escrita no primeiro ano do regresso definitivo de Prokofiev à Rússia, a Abertura Russa está envolta num episódio pitoresco ocorrido durante o primeiro ensaio da sua apresentação que era presenciado pelo compositor, a sua mulher e o pequeno Scottish Terrier (o “Blackie”) do maestro húngaro Eugen Szenkar.
“Blackie”, que de acordo com o dono, “tinha um ouvido fantástico para a música”, certamente treinado pela audição de muitas obras de Bach e Beethoven, ladrou com veemência aos trombones e trompetes que tocavam, nos últimos compassos, uma passagem um pouco “atonal” para os seus ouvidos.
O concerto da ONP
São da Abertura Russa de Sergei Prokofiev (1891-1953) os primeiros acordes deste concerto da ONP À Sexta, dirigido pelo maestro Olaris Elts, natural da Estónia, vencedor em 2000 do prémio Sibelius.
Escrita no primeiro ano do regresso definitivo de Prokofiev à Rússia, a Abertura Russa está envolta num episódio pitoresco ocorrido durante o primeiro ensaio da sua apresentação que era presenciado pelo compositor, a sua mulher e o pequeno Scottish Terrier (o “Blackie”) do maestro húngaro Eugen Szenkar.
“Blackie”, que de acordo com o dono, “tinha um ouvido fantástico para a música”, certamente treinado pela audição de muitas obras de Bach e Beethoven, ladrou com veemência aos trombones e trompetes que tocavam, nos últimos compassos, uma passagem um pouco “atonal” para os seus ouvidos.
Reza a história que Prokofiev, o maestro e toda a orquestra se riram e que o compositor teria prometido alterar o final.
Não se sabe se o chegou a fazer mas a estreia da obra, na Grande Sala do Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, foi entusiasticamente aplaudida pelo público.
A ONP executa, de seguida, o Concerto para piano e orquestra nº. 1, em Dó maior, de Beethoven (1770-1827), uma das primeiras obras do compositor, escrita já em Viena, onde se tinha instalado para se afirmar como compositor.
A ONP executa, de seguida, o Concerto para piano e orquestra nº. 1, em Dó maior, de Beethoven (1770-1827), uma das primeiras obras do compositor, escrita já em Viena, onde se tinha instalado para se afirmar como compositor.
O Concerto nº 1 terá sido escrito apressadamente, já que tinha a sua estreia marcada ainda antes de estar concluído.
Por isso, o compositor, apesar de adoentado, teve que escrever, em apenas dois dias, o extraordinário rondo que termina a obra.
Dizem os biógrafos de Beethoven que conforme escrevia a partitura a ia passando a um grupo de quatro copistas para estes prepararem as partes para os diversos instrumentos.
Sobrou apenas um dia para ensaios e, assim, quando Beethoven se sentou ao piano para executar a obra, este estava afinado meio-tom abaixo, obrigando o compositor a tocar a sua parte em Dó sustenido para poder acertar com a orquestra.
Sobrou apenas um dia para ensaios e, assim, quando Beethoven se sentou ao piano para executar a obra, este estava afinado meio-tom abaixo, obrigando o compositor a tocar a sua parte em Dó sustenido para poder acertar com a orquestra.
Nesta execução pela ONP, o piano é assegurado por Juho Pohjonen, um dos mais brilhantes jovens instrumentistas a emergir actualmente da Finlândia, depois de ter iniciado os seus estudos em 1989, em Helsínquia.
Toda a segunda parte do concerto da ONP é preenchida pela execução das Danças Sinfónicas, op.45 de Sergei Rachmaninov (1873-1943), obra escrita três anos antes da sua morte e considerada a sua última grande criação.
Toda a segunda parte do concerto da ONP é preenchida pela execução das Danças Sinfónicas, op.45 de Sergei Rachmaninov (1873-1943), obra escrita três anos antes da sua morte e considerada a sua última grande criação.
Divididas em três andamentos, aos quais Rachmaninov chegou a atribuir os títulos de Dia, Crepúsculo e Meia-Noite, estas Danças traduzem a conhecida linguagem do compositor, extremamente melódica, para um contexto ligeiramente mais modernista do que é habitual.
As portas da Sala Suggia abrem às 20h45 para uma breve introdução ao programa do concerto por Rui Pedro Pereira.
Programa
Sergei Prokofiev Abertura Russa, op.72
Ludwig van Beethoven Concerto para piano e orquestra nº 1, em Dó maior, op.15
Sergei Rachmaninov Danças Sinfónicas, op.45
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