quarta-feira, 1 de março de 2006

Reabertura do Aqueduto das Águas Livres

Na próxima Sexta-feira dia 3, o Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, abre uma vez mais as suas portas para uma nova temporada de visitas.
No sentido de assinalar condignamente esta importante data, o Museu da Água organiza uma visita guiada, sob o tema "A Rainha Refresca-se".

O percurso "A Rainha Refresca-se" recria o espírito barroco e proporciona a visita a locais de inédita beleza ao longo das nascentes, de Caneças ao Vale de Alcântara, refazendo o percurso pelo Aqueduto das Águas Livres que a família real, a corte e o povo faziam ao deslocar-se de Caneças a Lisboa.

A proposta que fazemos é conhecer o Aqueduto das Águas Livres com um envolvimento, um compromisso e uma cumplicidade, que vai muito além das palavras que nos falam da sua construção.

Em 12 de Maio de 1731, foi autorizada, por alvará régio de D. João V, a construção do Aqueduto das Águas Livres.
As obras de construção foram iniciadas em Agosto de 1732 e em 1748 o Aqueduto entra em funcionamento, abastecendo de água a cidade de Lisboa. A extensão do Aqueduto, incluindo todos os seus ramais, é de 58 135 metros.
A arcaria sobre o Vale de Alcântara, constituída por 35 arcos – 14 ogivais e os restantes em volta perfeita – tem 941 metros de comprimento e 65 metros de altura.Retirado do sistema de abastecimento em 1967, o Aqueduto é não só um dos "ex-libris" de Lisboa, mas também uma das mais notáveis obras de sempre da engenharia hidráulica.

O Aqueduto das Águas Livres foi talvez a maior oferenda da arte do séc. XVIII, local onde a arte se inscreve na sua condição de matéria de forma exemplar conseguindo aliar à matéria, o Espírito e a Inteligência Portuguesa da época que aí se manifestam de forma tão especial, através do que há de mais imaterial: A LUZ.

Para mais informações contacte o Museu da Água

2 comentários:

Anónimo disse...

Qual a Rainha que se refrescava no Aqueduto ou antes nos vários aquedutos que constituem essa grande obra da arquitectura portuguesa de setecentos só possível graças ao ouro e pedras preciosas vindas do Brasil.
O que se devia dizer é que o Aqueduto que já devia ter merecido uma candidatura a património mundial, corre risco em alguns partes - pois não é só aa rcaria que vemos "entrar" no Monsanto - corre o risco de ser destruído, nomeadamente na zona entre Amadora e Lisboa, algures para a Buraca. O que hoje é entendido como grande miradouro de lisboa, foi outrora uma das portas de entrada da cidade de Lisboa, calcule-se!
Nuno Almeida Coelho

Anónimo disse...

Lamentavelmente continua-se a dizer que foi o ouro e as pedras preciosas do Brasil que suportaram os custos da construção deste aqueduto.
De salientar que todas as riquezas vindas do Brasil foram enterradas em Mafra.
Também deve ser tido em consideração que nesta fase do reinado de D. João V Portugal entra numa fase de dificuldades económicas, devidas ao contrabando do ouro do Brasil e às dificuldades do império do Oriente.
D. João V fez pagar a construção do Aqueduto das Águas Livres através da criação de três impostos: lançou um imposto de seis réis por cada canada de vinho, de 10 réis pela de azeite e de 5 réis por cada arratel de carne.