sexta-feira, 16 de junho de 2006
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1 comentário:
Talvez de referir que neste espaço na próxima quinta-feira serrá lançado umlivro sobre uma das infantas portuguesas mais esquecidas.
Literatura: Editado o relato da viagem da infanta portuguesa "Bela Chica"
Lisboa, 13 Mai (Lusa) - O diário de viagem da infanta portuguesa "Bela Chica", filha do Rei D. Pedro IV, do Brasil para França para se encontrar com o marido, o Príncipe de Joinville, vai ser lançado na próxima semana.
"O Diário da Viagem de D. Francisca de Bragança" é de autoria de Victorine Émilie, baronesa de Langsdorff e que acompanhou Francisca de Bragança, filha do primeiro Imperador do Brasil (D. Pedro IV de Portugal) e irmã da Rainha D. Maria II e do Imperador D. Pedro II.
A viagem da infanta portuguesa, a quem a família tratava por "Bela Chica" dada a sua elegante aparência e "modos gentis", é relatada a par e passo por Victorine Émilie e surge agora editada em Portugal pela Alêtheia Editores.
Émile adquiu o hábito de escrever um "diário" aos 15 anos, por conselho do pai, o conde de Sainte Aulaire, e desde então até ao final da sua vida sempre o escreveu.
A baronesa acompanha a Princesa Imperial brasileira e Infanta de Portugal na qualidade de mulher do Barão de Langsdorff, embaixador plenipotenciário da Casa Real de França para negociar o casamento do Príncipe Francisco de Orléans, filho do Rei Luís Filipe.
A "Bela Chica" vive um período de grandes tumultos quer no Brasil, quer em Portugal e até em França, onde conhecerá o exílio, derrubada a monarquia, em 1848.
O relato desta viagem do Brasil, passando pelas costas africanas até França, tem como pano de fundo as conturbações políticas e sociais da segunda metade do século XIX, a que a infanta portuguesa nunca esteve alheia.
A princesa aconselhou o irmão, D. Pedro II do Brasil, a "combater vigorosamente" os republicanos, aliás depois de exilada no Reino Unido, trocou com ele, intensa correspondência.
Coube também à princesa negociar com os republicanos a saída da sua família.
Fonte da editora disse à Lusa que a edição deste "documento histórico é um bom motivo para os portugueses conhecerem uma infanta portuguesa que é tão desconhecida".
NL.
Lusa/Fim
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