Festival Internacional de Percussão, Música e Dança Volta ao Seixal
Dias 16, 17 e 18 de Junho, a Quinta da Fidalga, na Arrentela - Seixal, recebe o II Festival Internacional de Percussão, Música e Dança “Portugal a Rufar”, onde quatro palcos esperam artistas vindos de quatro continentes, que vão cruzar ritmos e tradições, para públicos de todas as idades.
Três dias, muitos mundos em palco e uma só voz: a percussão. A segunda edição do “Portugal a Rufar” insiste na promoção dos instrumentos e dos estilos desta linhagem musical e na divulgação de novas formações artísticas em seu redor. O objectivo de fazer vibrar consciências e mentalidades, a favor da cidadania, da tolerância e da diversidade étnica e cultural dos povos, é também conservado.
Na majestosa Quinta da Fidalga, na Arrentela, concelho do Seixal, nos dias 16, 17 e 18 de Junho, a animação é constante ao longo das três jornadas e os espectáculos musicais começam com a entrada das tardes e prolongam-se noites dentro. Oficinas artísticas não faltam, nem uma exposição permanente sobre a percussão no mundo.
O projecto artístico e social, Tocá Rufar, criado e conduzido por um dos pioneiros da percussão em Portugal, Rui Júnior, conta com a Câmara Municipal do Seixal na organização do “Portugal a Rufar”. Festival que é uma frenética, estridente e contagiante manifestação artística, cujo furor vai muito mais além dos limites dos pomares da Quinta da Fidalga.
O “Portugal a Rufar” é uma festa para toda a família - bebés, crianças, adolescentes, adultos e idosos - que transporta o visitante através de uma alucinante viagem interplanetária, pelas origens étnicas e culturais de várias regiões e civilizações. O intercâmbio cultural e artístico, a troca de saberes e de experiências musicais, e sociais também, são igualmente exaltados nesta homenagem à percussão.
Espaço Xarilas e Campismo
Trazer bebés e crianças até aos oito anos de idade ao “Portugal a Rufar” não vai impedir qualquer adulto de participar livremente numa oficina ou de assistir descansado a uma actuação. O festival criou este ano o “Espaço Xarilas”, que dispõe de berçário, fraldário, facilidades para aquecimento da alimentação dos petizes e oferece a possibilidade da sua permanência temporária, sem os pais, ao cuidado de amas, para os bebés, e de animadores, para os mais crescidos. Estes últimos podem, inclusive, ser “Artistas por um dia”, escolhendo uma actividade, que aprendem com profissionais de várias áreas, e que no final do dia exibem aos pais.
Ir directamente dos concertos para o local de dormida, sem preocupações com o transporte, também é possível. Este ano vai ser disponibilizado um recinto para campismo, no Parque do Serrado, na Amora, junto ao local onde decorre a “Festa do Avante”. Daqui à Quinta da Fidalga, e no percurso inverso, circulará um autocarro vaivém, gratuito, tal como o acampamento, para portadores de bilhetes do festival. Cada bilhete diário dá direito a uma noite de estadia. A Quinta da Valênciana também disponibiliza excelente alojamento com um custo muito simpático para os visitantes do Fesival.
Palco Principal
Dos três palcos do festival, o Palco Portugal a Rufar é o que acolhe os artistas mais sonantes no mundo da percussão.
Dia 16 de Junho – Sexta-feira
O Quarteto Trans(e)Tambourins, formação internacional de percussão, inaugura este palco, pelas 21h30.
Às 23h00 são esperados os bem humorados e melhor intencionados Gaiteiros de Lisboa, grupo que reúne nomes da música tradicional portuguesa como Carlos Guerreiro, José Manuel David, José Salgueiro, Rui Vaz, Paulo Marinho, Pedro Casaes e Pedro Calado. A Orquestra Tocá Rufar subirá ao palco para, em conjunto, fecharem o espectáculo em apoteose.
A primeira noite finaliza com a performance gótica dos The Dead Poets, um conjunto de rockers portugueses que já são uma referência no underground entre fronteiras. O espaço "Lugar ao Rufina" é mais uma inovação do festival Portugal a Rufar. Todos os anos, o festival passará a contar com um espaço em palco onde os alunos do Tocá Rufar mostram os projectos que têm vindo a desenvolver. Um espaço para dar a conhecer novos talentos das mais variadas vertentes artísticas.
Dia 17 de Junho - Sábado
A jornada intermédia do festival anoitece com o timbre da búlgara Elitsa Todorova, que sempre rendeu homenagem ao Folk do seu país, e com o ritmo indomável do seu parceiro Stoyan Yankoulov. Juntos formam um duo com os seus nomes, e com as suas raízes étnicas.
Uma hora mais tarde, às 22h00, os portugueses Be-dom põem em palco bidões, garrafas, latas ou outros objectos quotidianos numa invulgar actuação.
Os não menos portugueses Terrakota, apesar de muito viajados, em busca de novas aprendizagens e instrumentos exóticos, oferecem ao público as sonoridades afro-mandingas, a partir das 23h45.
Dia 18 de Junho – Domingo
Às 11h00 o Seixal vai acordar com o alvoroço de 700 tambores, em desfile matinal pela baixa do Seixal tem início na Avenida Paiva Coelho e termina na Quinta da Fidalga. Nele participarão centenas de crianças das escolas do ensino básico que, ao longo do ano lectivo, aprendem a tocar os ritmos tradicionais portugueses em oficinas ministradas pelos monitores do Tocá Rufar. É um desfile único e inovador em que as crianças tem a oportunidade de tocar lado a lado com alguns dos melhores grupos de bombos, nomeadamente os Mareantes do Rio Douro (onde Rui Júnior, o director do se iniciou aos 6 anos), os Bombos de Lavacolhos, da Beira Baixa e grupos de Zés-Pereiras, entre outros.
O festival despede-se do Palco Portugal a Rufar em apoteose. Em simultâneo, ali vão estar, a partir das 22h00, muitos dos artistas que integraram a edição 2006 do evento, num total de mais de 60 pessoas, portuguesas e estrangeiras, numa verdadeira fusão musical e cultural. O remate é dado com uma exibição de fogo de artifício sincronizado.
Poderá adquirir o seu bilhete na sede do Tacá Rufar ou no próprio local, na Quinta da Fidalga, nos dias do festival.
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