Raquel Tavares Estreia-se em Disco
Raquel Tavares iniciou-se no fado aos 5 anos: depois de cantar “Tudo Isto é Fado” numa festa da escola diz à mãe “Quero mais desta música” e continua no «fado vadio». Mas aos 14 anos, depois de vencer a Grande Noite do Fado, zanga-se; com as pessoas, não com o fado. Contudo, o “bichinho” continua lá e aos 17 volta a cantar. Com 21 anos lança o seu disco homónimo.
A jovem fadista diz que quer mostrar o que é o fado para ela. Confrontada com a questão, não se compromete: cada pessoa interpreta-o de um modo diferente, é a tradição, a emoção, acabando por admitir no decurso da conversa com o hardmusica.com que é como um refúgio.
Educada no ambiente do fado; crescendo e aprendendo da experiência dos antigos como Fernando Maurício, Raquel Tavares menciona como suas principais referências Lucília do Carmo e Beatriz da Conceição, «porque o fado não é só Amália» afirma como quem deixa escapar a frustração quanto à falta de reconhecimento dos fadistas entre o público.
Defensora do fado tradicional, o fado da viola, da guitarra portuguesa e do baixo, diz que não há um novo fado, mas novas formas de o interpretar. Pelo contrário, a imagem “foge” da fadista tradicional, alega o hardmusica.com. Refuta. Que não. Que é tradicional. Tem as rendas. Tem o xaile. Apenas a gravata vermelha inova: introduz cor e fá-la destacar de entre o grande número de fadistas que existem. Fala com orgulho do visual criado à sua medida por Carlos Gonçalves.
Apesar da ausência de formação musical, considera-se afortunada por se fazer acompanhar por amigos que, conhecendo-a bem, tocam «para a emoção e não para a voz».
“Raquel Tavares” é o primeiro álbum fruto da proveitosa colaboração com o “padrinho” Jorge Fernando e o jovem Diogo Clemente; fica-se na expectativa do que o futuro reserva para a jovem fadista e os amantes do fado.
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