Lopes Graça homenageado em Cascais
No passado dia 3, no Museu da Música - Casa Verdades de Faria, em Cascais, teve lugar uma homenagem a Fernando Lopes Graça, cujo centenário do nascimento se comemora este ano.
Fernando Lopes Graça nasceu em Tomar a 17 de Dezembro de 1906 de uma família de limitada herança musical. Mas em sua casa existia um piano o que despertou o seu espírito irrequieto.
Em 1923 matriculou-se no Conservatório Nacional onde estudou com Viana da Mota, Luís de Freitas Branco e Tomás Borba.
Em 1928 toca pela primeira vez em público, no Conservatório, as suas Variações sobre um tema popular português.
Em 1931 acaba o curso mas quando concorre para professor daquela instituição é preso por razões políticas e, consequentemente, impedido de ocupar o cargo que tinha ganho por concurso.
Fernando Lopes Graça, figura cosmopolita das Artes, foi sobretudo um grande divulgador da arte musical e promotor da música contemporânea.
Deixou-nos um espólio musical imenso e diversificado. Num longo percurso em que experimentou diferentes linguagens, a sua música pode ser caracterizada basicamente por uma exímia condução rítmica e harmónica, por uma clara estruturação frásica e seccional, pelo rebuscado manejo temático e pela rica e criativa paleta tímbrica, resultante da aplicação das mais variadas técnicas de composição, de bases tradicionais.
E esta homenagem a Lopes Graça surge na sequência da tese de Doutoramente de Patrícia Lopes que com o apoio da Universidade de Aveiro e da Câmara Municipal de Cascais fez a revisão e edição das sonatas e sonatinas de Lopes Graça.
Numa cerimónia que contou com a presença de António d Orey Capucho, Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Manuel Assunção, Vice reitor da Universidade de Aveiro e da autora Patrícia Lopes Bastos, tivemos a oportunidade de ouvir alguns episódios da vida de Lopes Graça contados pelas pianistas a quem dedicou algumas das suas sonatas: Nella Maissa e Maria Elvira Barroso.
Uma iniciativa que, segundo a vereadora da Cultura disse ao Hardmusica.com, se impunha dado que Lopes Graça escolheu Cascais para viver os últimos anos da sua vida.
Pena que as obras interpretadas o não tenham sido ao vivo.
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