segunda-feira, 24 de julho de 2006

Museu da Música comemora 12 anos


O Museu da Música comemora 12 anos no dia 26 de Julho.

Nesta altura o que nos apetece dizer é que venha outra dúzia.

Tal como Hércules, cá estaremos para enfrentar outros 12 trabalhos.

Geralmente fazem-se balanços com números mais “redondos”, mas o que temos para celebrar é este 12 que por acaso até tem um papel importante na música.

Afinal 12 é o número de tons numa oitava, já para não falar do dodecafonismo, modelo composicional que utiliza exactamente esses doze tons.

O balanço é obviamente positivo.

Os mais atentos com certeza repararam que o Museu da Música não tem estado parado.

Ao longo dos anos temos trabalhado para divulgar as nossas colecções e a música da forma mais abrangente possível.

Os resultados têm vindo a surgir de várias formas, até no n.º de visitantes (em pouco mais de meio 2006 já ultrapassámos o n.º total de 2005).

Mas não chega.
Há muito trabalho por fazer e nem sempre a ajuda necessária.

Os 12 meses do ano acabam sempre por passar sem que tenhamos atingido alguns objectivos tão essenciais a um museu.

Depois há sempre o crónico desconhecimento a que estamos votados.

Em tom de brincadeira, diríamos que certamente será mais fácil encontrar os descendentes das 12 tribos de Israel ou até mesmo o 13.º apóstolo de Jesus do que saber que o Museu existe.

Vamos mais longe e dizemos que 1 em cada 12 lisboetas nunca ouviu falar no Museu, mas façam a experiência.
Perguntem a 12 amigos vossos se já visitaram o Museu da Música e depois registem as respostas.
Certamente ouvirão algo do género: “Museu da Música?! Isso existe?”, “Tenho a impressão que já ouvi falar. Isso fica onde?” ou “É aquele Museu que fica no Metro, não é?! Nunca lá fui”.

Pois o que vos queríamos dizer é que esta pode ser uma boa oportunidade para contrariar a estatística e finalmente passar pelo Museu da Música para nos desejarem os Parabéns.

Logo à partida, dia 26 a entrada será gratuita e além do bolo com 12 velinhas, haverá ainda um concerto do Coro da CMVM, dirigido pelo Maestro Nuno Lopes, e uma visita guiada em forma de passeio pela Lisboa de Michel’angelo Lambertini, personalidade que esteve na origem do Museu.

Deixando de lado a numerologia, despedimo-nos em futebolês, agradecendo a todos os 12.ºs jogadores que nos têm apoiado e apelando aos 13.ºs, aos 14.ºs, aos 15.ºs... O Museu da Música quer ser vosso.

O Museu da Música, em conjunto com a Associação dos Amigos do Museu da Música (AAMM), proporciona a todos os interessados uma visita guiada pela área geográfica da cidade de Lisboa que ficou associada a Michel’angelo Lambertini, fundador do primeiro museu instrumental português.
Este passeio será orientado pelas investigadoras Ana Paula Tudela e Carla Capelo Machado com o objectivo de dar a conhecer a localização das casas onde Lambertini viveu, das lojas e armazéns de música, que foram o negócio familiar e do qual foi o único herdeiro, e dos locais que dinamizou com a Arte Musical.
Os participantes serão guiados pela Rua da Misericórdia, antiga Rua Larga de S. Roque, zona de
estabelecimento da antiga colónia italiana e lugar de botequins e livreiros, pelo Chiado Elegante, pela Baixa Burguesa e pelos Restauradores e Avenida da Liberdade, Boulevard que no final do século XIX substituiu o antigo e romântico Passeio Público.

Michel’angelo Lambertini foi uma personagem fundamental da cultura portuguesa de finais do século XIX, princípios do século XX. No domínio da música foi executante, maestro, compositor, musicólogo e organólogo, além de editor e comerciante. Num âmbito cultural mais alargado, não podemos deixar de referir a sua actividade como organizador e animador de eventos musicais e literários.
Foi também o responsável pela reunião de uma parte considerável do actual acervo do Museu da Música.

Ana Paula Tudela e Carla Capelo Machado foram as comissárias e investigadoras da exposição
evocativa de Michel’angelo Lambertini que esteve patente no Museu da Música em 2002.
Neste momento, entre outros trabalhos de investigação, encontram-se a desenvolver um estudo sobre a actividade musical do meio lisboeta do final do século XIX, princípio do século XX, que tem como ponto de partida o epistolário de Lambertini e que será publicado oportunamente.

Ponto de encontro: Museu da Música, 15:00 h.
Ponto de partida: Largo Trindade Coelho (ao pé da estátua do cauteleiro)
Fim do percurso: Em frente ao Palacete Lambertini, na Avenida da Liberdade N.º 166.
Duração do passeio: aprox. 2 horas.
Inscrição: Sócios da AAMM - € 5,00 / Não sócios - € 8,00
As inscrições são consideradas por ordem de chegada, sendo o número de participantes limitado a um máximo de 20.
O Museu da Música reserva-se o direito de adiar ou cancelar o passeio caso não exista um
mínimo de 5 inscrições.

Para mais informações e inscrições:
Victor Palma
Tel. 21 771 09 90 / Fax. 21 771 09 99
email: mmusica.vpalma@ipmuseus.pt

Concerto do Coro da CMVM
Quarta-Feira, 26 de Julho / 18:00 h
O Coro da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), dirigido pelo Maestro Nuno Lopes, estará no Museu da Música para participar na celebração do 12.º aniversário do Museu da Música.

No ano em que se comemora o centenário do nascimento de Fernando Lopes Graça, em vez dos tradicionais parabéns, serão interpretadas obras daquele compositor.

Nuno Lopes nasceu em 1975 em Vila Franca de Xira. Estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Profissional de Arcos do Estoril, onde fez a sua formação em composição e piano.
Em 1997, começa a colaborar com o Teatro Nacional de São Carlos e com a Orquestra Sinfónica Portuguesa onde se fixou e exerce actualmente funções de maestro correpetidor e pianista.

Dirige o coro de câmara da CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários) e o coro do Sekai Kussei Kyo.
É Presidente da mesa da Assembleia da Associação dos Amigos do Museu da Música (AAMM).

O MUSEU DA MÚSICA é uma instituição tutelada pelo Instituto Português de Museus (IPM) onde se encontra uma das mais ricas colecções instrumentais da Europa, além de vários espólios documentais e os acervos sonoro e iconográfico.

Com mais de mil instrumentos musicais dos séculos XVI a XX, sobretudo europeus, mas também africanos e asiáticos, de tradição erudita e popular, o museu possui instrumentos raros e de incalculável valor histórico e organológico, de que são exemplo os corne ingleses de Grenser e de Grundman & Floth, o oboé de Eichentopf, o cravo de Pascal Taskin ou o violoncelo de António Stradivari, que pertenceu e foi tocado pelo rei D. Luís.
O museu é ainda particularmente notável pela quantidade e qualidade de instrumentos de factura portuguesa, espécimes pouco abundantes em museus congéneres.

Está aberto ao público desde 26 de Julho de 1994 na estação do metropolitano Alto dos Moinhos.

Para mais informações contactar:
Museu da Música
Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco
1500-359 LISBOA (Portugal)
Tel. 21 771 09 90 - 8 / Fax. 21 771 09 99
e-mail: mmusica@ipmuseus.pt / site: http://www.museudamusica-ipmuseus.pt/

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