Na Solidão dos Campos de Algodão na Culturgeste
Na terça-feira, dia 11 de Julho, às 21h30, no Palco do Grande Auditório da Culturgest, terá lugar a estreia de Na Solidão dos Campos de Algodão de Bernard-Marie Koltès, com encenação de Philip Boulay, um espectáculo integrado no Festival Almada 2006.
Esta é terceira vez (a primeira em português) que Boulay encena este clássico contemporâneo - os actores são Diogo Dória e Victor de Oliveira, que trabalha com Boulay em França há vários anos.
A peça estará em cena até domingo, terça a sábado às 21h30 e domingo às 17h00.
Os bilhetes para jovens até aos 30 anos têm o preço único de 5 euros; para o restante público de 12 euros.
"A minha relação com a peça Na Solidão dos Campos de Algodão existe desde que comecei a trabalhar.
Foi com ela que fiz a minha primeira encenação, no Conservatório (1994).
Uma segunda versão foi criada, dez anos mais tarde, com o mesmo elenco (Victor de Oliveira / O Cliente e Vincent Ozanon / O Dealer), no Forum / Blanc-Mesnil.
O projecto de voltar a trabalhar A Solidão, desta vez em versão portuguesa, prende-se com este percurso em comum com o texto ao longo do tempo e com os dois actores lusófonos que são Victor de Oliveira e Diogo Dória.
As minhas idas e vindas a África também contaram.
Koltès revela de forma perturbante algumas realidades urbanas africanas.
De modo que iremos também explorar as ressonâncias e deflagrações de sentido da língua koltesiana em Moçambique (representações em Maputo e na Beira): provavelmente, algumas palavras do Dealer, sejam elas ditas em Lisboa ou na antiga colónia portuguesa - e claro, ou mesmo sobretudo, as respostas do Cliente - serão ouvidas em toda a sua dimensão de uma troca (ou de um desejo) Norte / Sul.
A menos que se trate do contrário: uma linha Sul / Norte que não seja forçosamente a do arame farpado como os de Mellila ou Ceuta."
Philip Boulay
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