quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Michael Nyman em Portugal para 3 concertos



Michael Nyman volta a Portugal, em Novembro para mais uma série de espectáculos imperdíveis!

Após o sucesso da primeira tour, Michael Nyman visita Portugal para três espectáculos numa viagem de norte para sul: Sta. Maria da Feira e Coimbra onde se apresenta a Solo ao piano e em Lisboa para um Grand Final com uma banda de 11 elementos - a Michael Nyman Band.

Lisboa, Centro Cultural de Belém a 16 Novembro 21h00 - Michael Nyman Band
Coimbra, Teatro Gil Vicente, a 15 de Novembro 21h30 - Solo
St.Maria da Feira, Europarque a 14 De Novembro 21h30 - Solo

Todos os espectáculos tem uma belíssima e criteriosa projecção de imagens vídeo em simultâneo que em muito contribuem para a valorização dos espectáculos.



Minimalista e sofisticado são palavras que ocorrem quando se fala de Michael Nyman.

Outra pode ser "Piano", o seu instrumento de eleição, mas também o nome do filme cuja inesquecível partitura assinou e mediatizou o nome de Michael Nyman.

Londrino de nascença, Nyman teve como mestres Alan Bush e Thurston Dart.

À complexidade da música clássica juntou uma forte paixão pela folk e pela incursão por outras áreas de trabalho.

Em Outubro de 1976 é feita a primeira apresentação da banda que viria a dar o nome à Michael Nyman Band.

Uma encomenda de Birtwistle, então director musical do National Theatre, Londres, para que Nyman compusesse os arranjos para canções venezianas do século XVIII para uma produção de Carlo Goldoni, II Campiello, para o qual Michael Nyman reuniu o que descreveu como "a mais barulhenta banda de rua sem amplificação" que poderia imaginar.

Esta banda de rua veneziana imaginária do século XVIII aliou de forma única instrumentos renascentistas e populares, tais como arrabil e a charamela, com instrumentos modernos como o banjo e os saxofones, de forma a produzir um som que fosse o maior e menos trabalhado possível sem recorrer à amplificação.

Este grupo serviu de base para a Campiello Band, um grupo para concertos que se iniciou no foyer do National Theatre em 1977 com arranjos de Verdi, Satie, Gottschalk e Weill, lado a lado com novas composições – tais como e How to Measure a Song – que marcaram o nascer do estilo pelo qual Nyman é conhecido.

Quando os primeiros instrumentos musicais foram substituídos e complementados por equivalentes modernos, a então alargada Michael Nyman Band viu a luz do dia, com o seu já conhecido alinhamento de quarteto de cordas, trio de saxofones, trompete, trompa e trombone, guitarra eléctrica e piano, de onde o compositor dirige.

Michael Nyman sempre se mostrou aberto a colaborações, demonstrou um apurado sentido de humor, imaginação literária e uma habilidade instintiva para atrair grandes e diversos públicos. O seu nome aparece associado a sinfonias e orquestras, mas também à crítica de música, coreografias, desfiles de moda e até jogos de computador.

Como compor para outros objectos tem sido a marca de Nyman, não admira que o passo para o “estrelato” tenha sido dado através de bandas sonoras, que o tornaram um "ìcone" na música da Sétima Arte.

Além de '"O Piano", escreveu para filmes de Peter Greenaway e colaborou com vários outros realizadores, como Volker Schlõndorff (The Ogre, 1996), Neil Jordan (The End af the Affair, 1999), Michael Winterbottom (Wonderland, 1999 e The Claim, 2000) Laurence Dunmore (The Líbertine, 2005) e Dorota Kedzierzawska (Jestem 2005). Colaborou igualmente com Damon Albarn na música para Ravenous (1998) de Antonia Bird.

The Piano Sings constitui uma bela introdução às bandas-sonoras do compositor, com gravações de piano a solo de temas compostos para o cinema entre 1993 e 2003.

Porque Nyman compõe a sua música ao piano, este espectáculo apresenta-nos uma desconstrução de muitos dos seus temas mais conhecidos, aliando-os às melodias que foram subsequentemente transpostas para orquestra.
É deslumbrante como a expressão máxima destas peças musicais ainda é tão proeminente com um só piano, mesmo para aqueles que estão acostumados a ouvir as versões com vários instrumentos.

Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de viver a experiência de ver Michael Nyman ao vivo e ao piano esta é a perfeita oportunidade para ver e partilhar do entusiasmo com que o compositor toca.

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