" Raizes Ibéricas" Música em Diálogo
O primeiro realiza-se no próximo domingo, 5 de Novembro, às 11 horas, com entrada livre.
Elisabeth Davis, co-fundadora, há quatro anos, do Ensemble Improviso XXI, grupo especialmente vocacionado para a improvisação e repertório percutivo, concentra-se, desta vez, na sua espectacular faceta de instrumentista que chefia o respectivo naipe na Sinfónica Portuguesa.
Neste rápido olhar sobre a música dos nossos dias e de todos os géneros, Elisabeth reaparece, em palco, mas a solo, rodeada de material mais propício, para tocar mas , desta vez, na companhia de quatro dos seus mais queridos autores, os habituais Roberto Sierra, Ney Rosauro, Paul Smadlbeck , Keiko Abe.
Pedro Faro propõe-nos as suas novíssimas "Variações sobre a guitarra portuguesa", dado o êxito alcançado pelas anteriores.
Segue-se-lhe Vasco Alves que sai , nesse domingo da primeira estante da Orquestra Raízes Ibéricas (onde actua ao lado de seu mestre Jed Barahal) para nos oferecer peças de raiz elecro-acústica, reflexos da sua habitual meditação violoncelística, fazendo questão de repetir a generosa homenagem de compositor a um músico que o precedeu nos meandros da electro-acústica.
António Feio, esse (fundador do grupo) estará quase sempre no palco, nessa manhã dominical, porque continua a assumir a complexa responsabilidade de gerir as estruturas informáticas adjacentes.
Em dado momento, vai revelar-nos a sua mais recente composição - "Génesis".
Ouvir-se-ão, ainda, as "Variantes rítmicas sobre quatro sons sinusoidais" , de José Atalaya, estreadas há cerca de 40 anos em Itália pelo Estúdio de Folonogia de Florença, dirigido por Pietro Grossi (introdutor da música informatizada naquele país, antes de se fixar nos Estados Unidos) - peça realizada em Maio de 1968, e que, 14 anos depois, quando se estreou no nosso país (Lisboa, 1982, Sociedade Portuguesa de Autores) foi considerada a primeira obra de música electrónica de autor português.
Em homenagem a Mozart, ouvir-se-á uma brevíssima peça - Trazom - gerada em computador e que evoca, com a máxima simplicidade, o encantador melodismo que o genial austríaco desenhou através do maravilhoso "andante" dedicado à sua última sonata em dó maior, K 545 - sonata "para principiantes" (segundo ele) escrita quase no fim da vida.
No concerto seguinte, domingo 19 de Novembro, à mesma hora e no mesmo local, reaparece ao piano João Vasco de Almeida para interpretar obras do séculos XIX, XX e XXI, escritas por Liszt, Erik Satie, Eurico Carrapatoso, José Atalaya e dois mais jovens compositores - Vasco Mendonça e .Jaime Madureira.
A entrada é também livre e, conjuntamente com os dois concertos seguintes, de 2 e 3 Dezembro, encerram o ciclo anual de 24 concertos quinzenais promovidos, desde há 20 anos, sem interrupção pela Câmara Municipal de Oeiras, integrados na "Música em Diálogo" e no Festival anual "Raízes Ibéricas" .
Poder-se-á ainda confirmar que, conforme foi anunciado no folheto anual sempre distribuído em Janeiro, estes dois últimos, com orquestra, são dedicados especialmente a Mozart, estando presentes, com orquestra, dois notáveis: Jorge Moyano (concerto em lá maior, de Mozart) e Rui Paiva - para nos brindar com música sacra daquele autor, seguida de concerto de órgão de Haendel, na Igreja Matriz de Oeiras.
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