" Guerras de Alecrim e Manjerona" de António José da Silva, " O Judeu" estreiam no D.Maria II
A fechar o ciclo dedicado a António José da Silva o Teatro Nacional D. Maria II apresenta Guerras de Alecrim e Manjerona.
Ópera Joco-Séria, foi inicialmente levada à cena em 1737.
Considerada a sua obra-prima, nela, o autor faz uma sátira a diversos aspectos da sociedade portuguesa da época: a rivalidade entre dois ranchos (alecrim e manjerona), os exageros barrocos, a medicina retórica e balofa, e a decadência moral dos fidalgos.
Estreada originalmente no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2000, e posteriormente reposta, no Teatro da Trindade, “Guerras de Alecrim e Manjerona” alia o interesse histórico-literário ao puro prazer teatral.
A ópera é levada à cena na sua versão integral, numa reconstituição cuidada ao pormenor.
À música original de António Teixeira, cujas partituras chegaram incompletas até nós, o compositor e maestro Stephen Bull acrescentou música da sua própria lavra, concebida dentro do espírito da época e interpretada pela Orquestra da Capela Real (a única orquestra barroca existente em Portugal).
A peça Guerras de Alecrim e Manjerona vai passar a fazer parte do repertório do Teatro Nacional.
Sinopse
Os jovens D. Fuas e D. Gilvaz reconhecem D. Nise e D. Clóris, sobrinhas do avarento D. Lançarote.
As meninas andam disfarçadas, mas revelam a sua identidade por levarem uma um ramo de alecrim, outra um ramo de manjerona.
Os galantes conseguem conquistar os favores das damas, mas sobre o romance paira esta ameaça: D. Lançarote já tem intenções de casar as raparigas com D. Tibúrcio, seu sobrinho e pede-lhe que escolha uma das duas para sua esposa.
Ajudadas pelo gracioso Semicúpio, um criador cheio de genica, as meninas conseguem porém, encontrar os seus amantes e acabarão por casar-se com eles.
Semicúpio casará com a criada Sevadilha, e tudo terminará em felicidade.
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